Correio - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Pedro F. Múrias Portugal 2K

Quero sinceramente agradecer a resposta de José Mário Costa à minha «discordância» quanto a uma sua resposta anterior. Discordância que, no fundo, versava apenas o uso de certa palavra. Acrescento que também sou muito crítico (no meu «amadorismo») quanto a várias opções do Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, especialmente as indicadas por José Mário Costa, embora me pareça que, noutros pontos, o Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa também merece elogios. E aproveito para felicitar de novo o Ciberdúvidas pelo excelente trabalho realizado.

Bárbara Pereira Fernandes Brasil 1K

   Gostaria muito de saber da vida, as obras, os fatos de Mário de Andrade, pois estou fazendo um trabalho de português sobre ele. Se puderem por favor me mandem as imformações que souberem sobre ele (textos).

Marta Silva Moreira Advogada Brasil 1K

Não é bem uma pergunta que vou fazer, mas um comentário.

Este site (Ciberdúvidas...) foi-me recomendado por um amigo português, com quem converso diariamente, e apesar de nossas conversas serem bastante produtivas e divertidas, às vezes algumas expressões que uso ou que ele usa são desconhecidas, embora eu seja filha de portugueses e tenha inclusive dupla nacionalidade, às vezes não entendo (ou não "percebo" como vocês diriam) o que ele diz, no primeiro momento.

Mas, esse meu amigo está sempre contestando o que eu digo, por exemplo, diz que nós brasileiros inventamos coisas, como por exemplo, diz que não podemos dizer que uma pessoa que nasce na Polônia é um polonês; tem que ser um polaco. Não posso dizer também que uma cidade à beira mar é uma cidade litorânea e uma porção de outras coisas que ele implica comigo e contesta. E vive dizendo que nós aqui no Brasil não podemos dizer que nossa lingua é o Português, deveríamos inventar outro nome para nosso idioma. E eu vivo dizendo a ele que isso é uma besteira.

Aí, que surpresa a minha, abri o Ciberdúvidas e descobri uma correspondência enviada pelo Marcus, do Brasil, que dizia exatamente o que meu amigo português me diz quase todos os dias, e para minha surpresa encontrei a resposta de D´Silvas Filho, dizendo exatamente o que eu digo a ele todos os dias.

Quero parabenizar a pessoa que elaborou aquela resposta e juntar-me a ela sobre o que pensa da Língua Portuguesa.

E digo mais, tenho muito orgulho de ser brasileira, modéstia à parte sou conhecedora da nossa gramática e por ser advogada tenho que primar pela boa linguagem, tanto escrita quanto falada. E o mesmo orgulho que sinto em ser brasileira, sinto também em ser portuguesa, e que nossa língua seja a mesma. Até acho engraçado quando escuto alguma palavra que tem aqui outro significado, e muitas vezes passo a empregá-la com o significado daí.

Aliás, comecei o último parágrafo com a palavra "parabenizar". Esse verbo foi objeto de discussão de dias com meu amigo, que diz que essa palavra não existe. Veja se pode...

Outra coisa ainda: mandei que ele veja a correspondência mencionada, com a observação que no Brasil existem pessoas que pensam como ele e em Portugal pessoas que pensam como eu.

Agradeço desde já a atenção e vou continuar a consultar este site.

Luciane Vasconcellos 1K

Eu descobri esta página e a li. Assuntos superinteressantes, mas um pouco preocupantes em minha opinião. Lendo sobre o assunto de os dicionários em Portugal transmitirem termos em português, em vez de inglês, me satisfez. Mas quando li sobre o governo brasileiro fazendo com que as escolas públicas ensinassem a língua espanhola e sobre tudo aquilo de um dia o Brasil falar uma outra língua, o "portunhol" (que no caso creio que seria correto ser galego), me deixou chateada.

Sou brasileira e moro nos Estados Unidos, e como não tenho muito acesso à língua portuguesa, sempre tento entrar em bate-papos de língua portuguesa e ler notícias na internet em português. Como brasileira, não quero que no Brasil se fale outra língua, e por mais que no Brasil haja diferentes formas de linguagem, não creio que sejam tão diferentes das do português europeu.

O que realmente estou querendo expressar é que deveríamos nós, falantes de língua portuguesa, tentar conservar esta língua como está, e não mudá-la muito. Já são poucos países que falam esta língua, portanto, é muito fácil perder esta linguagem. A língua portuguesa, de qualquer forma usada, tanto formal como informal, como no uso de dialetos brasileiros ou africanos, é a língua portuguesa. Sendo nós portugueses, brasileiros, africanos ou estando em qualquer parte do mundo, devemos manter esta língua eficiente dentro de nossos países e também para usos maiores. Tentando evitar grandes intrusões de outras línguas no português do dia-a-dia falado, seria maravilhoso, mas todos nós sabemos que não é tão fácil assim. Entretanto, já comecei a fazer minha parte falando para meus irmãos que, ao invés de visitar um "site", que visitem um sítio.

Anushka Reino Unido 2K

Gostaria de aproveitar esta ocasião para dizer que estou completamente de acordo com a opinião do nosso perito que diz: "Contrariando opiniões que recolhi e atribuem o fenómeno às telenovelas brasileiras, não cometerei grande erro se disser que já existia em certas camadas da sociedade portuguesa um preconceito sexista em relação a esta palavra. Um preconceito muito mais ténue do que no Brasil, mas lembro-me de uma «tia» me corrigir, na minha adolescência, por haver utilizado a sonora expressão «bicha do eléctrico». As telenovelas brasileiras não criaram, pois, o preconceito. Tê-lo-ão difundido um pouco mais. "Eu também me lembro perfeitamente de que, já na minha infância (tenho agora 50 anos), se dizia bicha para indicar uma fila (bicha de espera, etc.) e um homossexual (fulano é bicha). Portanto não temos que dizer que hoje não se pode usar bicha por causa da confusão com a palavra em português do Brasil.

Obrigada por esta fantástica oportunidade de trocar impressões e colher ensinamentos sobre a nossa língua maravilhosa.

Cf. : Bichas ou filas?

Duílio de Almeida Brasil 997

Sou brasileiro, gosto muito da língua da nossa gente (assim gosto de falar), pois sou mazombo! Concordo com as Vossas Mercês, quando dizem que falamos a mesma língua. Cá mesmo, no aquém-mar, um falante do Rio muitas vezes não compreende um paulista e um nordestino não compreende um paulista!!! Pronúncias regionais são muito diferentes! Vocábulário, construção de frases! O nordestino (e.g.) diz: "Mas num é que é que aconteceu assim mexmu?"!! "Agora foi é que danou tudo mexmu!" "tu extá mais é lascado". O inglês americano e britânico são muito diferentes e ninguém fala de duas línguas! Este também é o caso do alemão falado na Áustria, Alemanha, Suiça e Luxemburgo; do francês... Acho sómente que, deveria ser maior a influência lusa no Brasil e palavras diferentes também deveriam ser aprendidas aqui. Talvez somente quando o Brasil voltar a interessar-se por nossa boa literatura, isto dar-se-á! Mas, por enquanto, obrigado pelas vossas "ciber-respostas"!

Alexandre Cunha Portugal 2K

   Peço desculpa pela minha presunção de que tal polémica tivesse atingido tão grandes proporções. Naturalmente exagerei quando lhe chamei polémica. Foi apenas uma troca de opiniões entre leitores do referido jornal (e também um colaborador habitual) que se prolongou por uma ou duas semanas e que foi despoletada por um cartaz de propaganda do PSD aquando das eleições legislativas de 95. Não me recordo da frase presente no referido cartaz, mas tenho perfeitamente presente a questão e as dúvidas que suscitou. Tratava-se de saber se o porque interrogativo se deveria escrever junto ou separado, isto é, se se deveria escrever, por exemplo, "Porque foi ele a Lisboa?" ou "Por que foi ele a Lisboa?". No decorrer da polémica (aqui, sim, posso utilizar o termo) que se instalou no meu local de trabalho, quando me foi pedida uma opinião, e sem previamente me ter documentado sobre o assunto, afirmei simplesmente que nos meus textos sempre me lembrava de ter utilizado a forma separada, explicando que a expressão tinha implícita a ideia de "por que razão/motivo", isto é, "qual a razão/o motivo pela(o) qual". Posteriormente, consultei alguns autores (romancistas e poetas clássicos, românticos e contemporâneos e para meu espanto verifiquei que quase todos grafavam "porque"; se bem me lembro, apenas Saramago escrevia "por que". Por outro lado, Lindley Cintra na sua Nova Gramática do Português Contemporâneo apenas menciona a forma "por que?" quando se refere aos advérbios interrogativos de causa (pág. 539), exemplificando com as frases: "Por que não vieste à festa?" e "Não sei por que não vieste à festa".
   O problema não é crucial, nem mesmo em termos linguísticos se poderá dizer que é uma questão importante, mas já agora gostava de ter mais uma opinião, que desde já agradeço!

Luís A. P. Varela Pinto
Portugal

   Na frase "Porque foi ele a Lisboa?", o porque é uma só palavra por ser um advérbio. É advérbio interrogativo. Não se separa.
   Antigamente, ensinava-se que, em frases como esta, havia duas palavras (por que), visto que se subentendiam palavras como razão, motivo ou qualquer outra. Depende da frase. Portanto: "Por que (razão) foi ele a Lisboa?"
   Esta grafia data do acordo entre Portugal e Brasil em 1945. Os brasileiros, porém, continuaram a escrever por que. Não admira, pois, que a gramática de Lindley Cintra ensine por que, visto ela ser fundamentalmente a do brasileiro Celso Cunha com alguns acrescentos de Lindley Cintra.

Cf. Porque/por que, mais uma vez + Porque, por que e porquê

José Neves Henriques

Jorge Paz Portugal 3K

Gostaria de saber se existe alguma recolha, em livro, de provérbios e ditados populares madeirenses.

Mónica Marques Professora Brasil 5K

Gostaria de saber se existem dicionários de aumentativo e diminutivo masculino e feminino.

Maria Lurdes Pereira Portugal 1K

Gostaria, apenas, de felicitar todos os que contribuem para manter este serviço, de qualidade e verdadeiramente público!

Bem hajam!