A forma chanceler está também a ser aplicada a uma mulher, como se pode ler nos jornais portugueses. Considero que este uso não está incorrecto: dadas as características morfológicas da palavra, é possível utilizá-la no género feminino, à semelhança do nome repórter, que tem uma terminação semelhante (em -er) e pertence aos dois géneros. Além disso, o uso de presidente no género feminino é actualmente aceite, reservando-se presidenta para contextos mais populares (cf. Edite Estrela e outras, Saber Escrever, Saber Falar, 2003, p. 65). Podemos, pois, dizer que chanceler se está a tornar em português um nome uniforme (ou nome comum de dois, na nova terminologia linguística adoptada em Portugal).