DÚVIDAS

Ainda a grafia dos nomes próprios estrangeiros

Antes de mais, muito obrigada pelo vosso trabalho, que tanto me ajuda a fazer o meu!

A minha questão prende-se com a necessidade de utilização de aspas ou itálico com estrangeirismos, quando estes são nomes próprios. Aqui ficam alguns exemplos que me causam dúvida:

— A Grand-Place de Bruxelas, ou A "Grand-Place" de Bruxelas?

— O Schloss Hohenschwangau, ou O "Schloss Hohenschwangau"?

— De Stonehenge a Tower Bridge, ou De "Stonehenge" a "Tower Bridge"?

Já li vossa resposta à questão "Como grafar estrangeirismos?", mas não fiquei totalmente esclarecida.

Muito obrigada pela vossa atenção.

Resposta

Com nomes próprios estrangeiros, o critério é (relativamente) simples: se não há expressão portuguesa consagrada, usa-se o nome estrangeiro sem aspas nem itálico. Nos casos apresentados, escreve-se (o negrito apenas se usa aqui para destaque; noutras circunstâncias não se emprega):

1. Grand-Place de Bruxelas, porque não se usa "Praça Grande de Bruxelas".

2. Palácio de Hohenschangau, porque Schloss significa «castelo» em alemão; não vale a pena traduzir o topónimo Hohenschawangau, embora este seja decomponível em elementos e traduzível: grande (= hoen) condado (= gau) do cisne (= schwan).

3. Escreve-se Stonehenge, uma vez que não há adaptação portuguesa, e Tower Bridge, porque "Ponte da Torre" não está consagrado; contudo, diz-se e escreve-se Torre de Londres, e não "Tower of London".

ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa