Nessa construção concessiva, não se costuma considerar que o adjetivo se encontre num grau particular – cf. Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, pág. 601/602, e Evanildo Bechara, Moderna Gramática Portuguesa, 2002, p. 497 – neste até se prevê a eliminação dos advérbios mais e muito: «Por bela que seja cada coisa». De qualquer modo, se ocorrer com mais é legítimo analisar «mais bela» como comparativo de superioridade, subentendendo-se o termo de comparação («Por mais bela que seja cada coisa do que outra realidade»). Com muito («Por muito bela que seja...»), a construção corresponde ao superlativo absoluto analítico.