Recomenda-se, no caso de compostos de terminologias especializadas, como a linguagem médica, que não haja hifenização, pelo que os dicionários registam escapuloumeral, «relativo à escápula e à clavícula» (cf. Dicionário Houaiss e Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora). Seguindo este modelo, deve também escrever-se glenoumeral.
Nos termos médicos em que intervêm radicais de origem grega, o novo Acordo Ortográfico nada altera. Trata-se, portanto, de saber se nestes compostos se tem usado hífen ou não, por exemplo, no contexto da anterior norma ortográfica, ou seja, ao abrigo do Acordo de 1945. No seu Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (1947), Rebelo Gonçalves recomendava a escrita destes compostos sempre sem hífen, apesar de na tradição lexicográfica posterior se encontrarem muitos casos em que esta regra não foi seguida e de as regras postuladas pelo referido filólogo não permitirem dar conta de elementos deste tipo que não tenham origem grega ou latina. Os instrumentos oficiais de determinação da ortografia em Portugal e no Brasil seguem em geral esse conselho, registando aglutinadas as formas com cardiorrespiratório, neurodegenerativa, cardioversão, neurocirurgião, psicomotor, psicossociologia, vertebromuscular.