Aberturas - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Depois da moda dos títulos de cargos de chefia nas empresas portuguesas em inglês, que teve novos episódios aqui, e dos cursos de gestão da Universidade Nova de Lisboa só para quem tem domínio certificado de inglês, agora também as reuniões de trabalho da área económica são só para anglófonos. Contra isso se insurgiu o presidente do BPI, Fernando Ulrich (na foto), a propósito das reuniões dos banqueiros portugueses com o Governo e o Banco de Portugal: «Ter reuniões com o Governo [português] em inglês é incompreensível. Nunca me tinha acontecido tal coisa.» A «coisa» explica-se: a presença nessas reuniões de consultores estrangeiros, cujos custos, refere-se na notícia do jornal Público, correm por conta dos bancos... portugueses. 

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As línguas namoram-se, fazem alambamento, lobolo, estipulam algum dote? Ou só comerceiam impiedosamente? O secular convívio entre o português e as línguas africanas dos países da CPLP, com as suas múltiplas influências entre si, sobretudo a nível lexical, é o tema do programa Língua de Todos, do dia 27/07 [às 13h15*, na RDP África (com repetição no dia seguinte, às 9h15*)]. Uma conversa com o linguista angolano Alexandre Chicuna.

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Em Angola, está a decorrer até 20 de julho a primeira edição do Seminário Nacional de Língua Gestual Angolana e Comunicação Bilateral, organizado pelo Instituto Nacional para a Educação Especial. Objetivo: dotar os professores de conhecimentos para a eliminação das barreiras na comunicação com os alunos portadores de deficiência auditiva.

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Na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, no Anfiteatro II, em 25 de julho, decorre o seminário «Português (PLE/PL2): uma abordagem interdisciplinar», com a participação de docentes e doutorandos da FLUL e do Instituto Politécnico de Macau, sobre a didática aplicada ao ensino de português a falantes para quem a língua portuguesa não é língua materna.

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Continuamos a colocar respostas a perguntas que ainda não tinham sido analisadas, desta vez sobre a utilização do verbo integrar  para descrever atividades num currículo profissional, no Brasil e em Portugal. E fica também em linha este texto, da autoria da jornalista Alexandra Carita, no semanário Expresso, sobre os números mais recentes de falantes e de utilizadores do português na Internet, pelo mundo fora.

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Os erros de português têm uma geografia própria, acompanhando a variação linguística.

Isso mesmo está retratado em Ensaboado & Enxaguado – Língua Portuguesa & Etiqueta, de José Carlos de Almeida, a primeira contribuição de Angola na abrangente bibliografia sobre os erros mais frequentes da língua portuguesa, onde se pode tirar a dúvida sobre «suar ou assoar o nariz» ou «lagrimar e lacrimejar».


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Teolinda Gersão, na réplica a Maria Helena Mira Mateus, insurge-se contra o saber e o poder dos linguistas: «Vivemos há décadas no enorme equívoco de que "os linguistas é que sabem, por isso o poder é deles." (O que te deve parecer tão óbvio, que nem dás conta da imensa arrogância do teu artigo). Mas é altura de o país – se assim quiser – dizer basta.»

Talvez poucas áreas científicas tenham ganhado tanta antipatia em Portugal como a linguística – o que só por si daria um estudo linguístico. Vale a pena, por isso, antes de avançar para arena, procurar saber um pouco, ainda que superficialmente, sobre o que andam a fazer os linguistas. (Apresenta-se abaixo a tradução livre dos slides principais.)

So you know a linguist
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Sabes, há dois tipos de linguistas

Tipo 1: Os linguistas que falam muitas línguas

e que adquirem frequentemente protagonismo na ficção científica.

Tipo 2: O cientista da língua.

Nós estudamos a pronúncia,

estudamos a escrita,

estudamos palavras e histórias de palavras,

estudamos línguas antigas,

estudamos novas formas de comunicação,

estudamos o discurso do professor,

e a escrita dos alunos,

estudamos a comunicação bem sucedida,

e a menos bem sucedida.

A maioria dos linguistas

não é composta por nazis da língua.

Pensem em nós mais como hippies da língua.

Nós somos aqueles que ficam mesmo excitados quando nos debruçamos sobre um p aspirado, ou sobre a história de uma palavra, ou sobre o uso de "Dude" (no inglês) como uma forma neutra usada em cumprimentos.

MESMO EXCITADOS

Portanto, dê um abraço ao linguista.

Ele, provavelmente, vai precisar.


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A classificação da estrutura «como sendo» é uma nova resposta que fica em linha desde esta data, reformulada entretanto em relação a uma sua anterior versão. Oportunidade para o seguinte esclarecimento a quantos consultam o Ciberdúvidas e a ele recorrem, regularmente, para elucidação das mais variadas questões à volta da língua portuguesa e aqui encontram, não raro, diferentes análises e perspetivas gramaticais.

Sempre que tem sido caso disso – em temas não só gramaticais, como é a continuada querela à volta do Acordo Ortográfico –, acolhemos esses diferentes pontos de vistas na área especificamente sinalizada para esse tipo de abordagem, as Controvérsias. Com uma única ressalva: sendo também um espaço de debate – acolhendo por isso, também, a polémica, quando necessária e na “dose” q. b. –, o Ciberdúvidas não é propriamente um fórum de litigância linguística. Muito menos em termos deselegantes entre as partes e no confronto de ideias.

No caso de algumas mais recentes controvérsias, em que se defrontam diferentes análises da gramática da língua portuguesa, o pressuposto foi só um: o estudo dos factos da língua não é imutável. Terminologia e conceitos têm sofrido natural evolução ao longo dos tempos, e os estudos linguísticos refletem essa evolução. Acresce que sobre o mesmo assunto pode haver diferentes perspetivas, apresentadas em gramáticas e obras de outras línguas românicas.

A verdade, porém, é que quem, maioritariamente, recorre ao consultório do Ciberdúvidas para um melhor esclarecimento destes temas mais específicos – alunos e docentes de vários graus do ensino, especialmente de Portugal e do Brasil – quer e precisa de respostas consonantes com a terminologia e os conceitos seguidos nos atuais programas de ensino nos países de língua oficial portuguesa. Daí a referência, obrigatória, e incontornável, das principais gramáticas, manuais, programas oficiais e demais obras portuguesas e brasileiras por parte de quem responde no consultório do Ciberdúvidas.

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Encontram-se já disponíveis as histórias produzidas pelos alunos de educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico, em Portugal, realizadas no âmbito da terceira edição do concurso Conta-nos uma história! – Podcast na Educação. As histórias, em formato áudio e vídeo, encontram-se disponíveis aqui.


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O Ciberdúvidas está de férias e reabrirá o seu consultório em setembro, conforme se verifiquem as condições necessárias para o efeito. Não deixaremos, no entanto, de colocar em linha o que for considerado relevante sobre a língua portuguesa. É o caso desta nova resposta, atrasada, sobre a palavra performatividade, não atestada nos dicionários, nem nos vocabulários da língua portuguesa. Ou desta  polémica, iniciada com um  artigo sarcástico, no jornal "Público", da escritora Teolinda Gersão sobre a nova terminologia linguística nos ensinos básico e secundário, em Portugal.