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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Seis novas respostas ficam disponíveis na presente atualização do consultório do Ciberdúvidas*. Delas destacamos um esclarecimento sobre a divisão de sílabas métricas do verso «Ó que lindo, os navios», do poema Bartolomeu Marinheiro, de Afonso Lopes Vieira; e dois outros que remetem para registos dicionarizados (ou não): quanto ao adjetivo «destitutivo» e à volta de uma pergunta relacionada com o uso do hífen em palavras com o elemento prefixal não-

* Conforme o já exposto anteriormente: o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques que vão sendo renovados neste período. 

2.Culturas, línguas, globalização: Que rumo doravante?” é o tema do 103.º Congresso Universal de Esperanto, marcado para Lisboa, entre 28 de julho e o dia 4 de agosto próximos. Pela primeira vez em Portugal – como se regista na rubrica Notícias –, são esperados 2500 participantes de 100 nacionalidades com este propósito: «Discutir a possibilidade de o mundo poder ter acesso a uma língua neutra, fácil, que promove os outros idiomas». Com a particularidade de o português estar entre as sete línguas que mais semelhanças têm com o esperanto, no plano lexical, semântico, morfossintático e fonético.

3. «Cada língua humana possui a sua própria entoação para exprimir as emoções que Diderot compara com as cores do arco-íris», escreve a jornalista Ana Sousa Dias, citando o escritor Antonio Tabucchi, a propósito de uma viagem com o recurso ao GPS – com as respetivas indicações ora numa voz brasileira ora noutra, em castelhano. A crónica, publicada originariamente no "Diário de Notícias" de 9 de junho de 2018, fica transcrita, com a devida vénia, na rubrica O Nosso Idioma.

4. A já considerada reunião histórica entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-unrealizou-se em Singapura (forma adotada no português europeu)/Cingapura (a preferida no Brasil). A verdade é que esta última, com C, até é a mais antiga na língua portuguesa – como se conta aqui**. 

** Cf. ainda: Dialeto português de mais de 500 anos (re)aprende-se em Singapura/Cingapura + Singapurenses + Pionguiangue + Estados Unidos: plural, ou singular? + Estados Unidos e Estados Unidos da América + Estado-unidense, estadunidense, norte-americano + Estados Unidos da América do Norte/ianque 

 

5. Junho e julho ficam assinalados pelo Campeonato Mundial de Futebol na Rússia – acontecimento mediático-desportivo à escala planetária que vai pôr na ordem do dia o chamado futebolês e toda a panóplia desta linguagem tão característica, ora plena de criatividade e... o seu contrário. Uma resenha do que pode ser (re)lido no arquivo do Ciberdúvidas (em baixo ***). E, ainda, no Pelourinho, o apontamento Música oficial da seleção de Portugal... em inglês?! 

*** Viva o «futebolês» + «Incidências do futebolês» +«Amarrar a bola» + «A sorte do jogo podia ter ficado decidida…» + Péssimo futebol falado + A origem e o significado do anglicismo derby (dérbi em português) + Contrapé Flash interview + O futebol falado diferentemente no Brasil e em Portugal + Já sabe o que é um "zagueiro"? + Ninguém corre atrás do prejuízo + A origem da palavra escrete

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1. Haverá sinonímia perfeita entre as locuções temporais? E como substituir o itálico e o negrito num texto manuscrito? Terceiro esclarecimento do conjunto de sete novas respostas da presente atualização do consultório do Ciberdúvidas*: juíza, Luís e Luíza/Luísa escrevem-se com acento, ao contrário de juizPorquê?

¹ Conforme o já exposto anteriormente: o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques que vão sendo renovados neste período.  

2. «Se é em português que nos entendemos – do Brasil, a África, passando pela Índia, Timor-Leste ou Macau serão mais de 260 milhões de falantes, idioma oficial de oito países, marcante em mais de uma centena de línguas e dialetos –, que estratégia existe para a língua e a sua afirmação no futuro? E que património cultural arrasta? Que poder tem e quanto vale hoje falar português?». Este é o tema do quinto programa, da nova temporada, Fronteiras XXI, na RTP 3². Tem como convidados, em estúdio, o escritor cabo-verdiano e Prémio Camões 2018 Germano Almeida, o músico e compositor brasileiro Ivan Lins e o poeta e cronista português Pedro Mexia

² Emitido em direto no dia 6 de junho, às 22h00, na RTP3, este e outros programas ficam permanentemente acessíveis aqui. 

3. "Em português é que nos entendemos" conta ainda com um vídeo original do ator, humorista e escritor brasileiro Gregório Duvivier, um dos criadores da série Porta dos Fundos. E, também, com o artigo “Que língua é esta?”, da autoria da jornalista Francisca Gorjão Henriques – que, com a devida vénia, deixamos transcrito na rubrica O Nosso Idioma

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1. É o tema da conferência¹ que assinala130.º aniversário do Jornal de Notícias: o «importante ativo estratégico, de interesse geopolítico, património cultural inalienável e com um enorme potencial económico» da língua portuguesa» – idioma oficial em oito Estados soberanos, falado por mais de 250 milhões de pessoas em todos os continentes. Jorge Carlos Fonseca, Presidente da República de Cabo Verde, Fernando Henrique Cardoso, antigo Presidente do Brasil, José Ramos-Horta, Nobel da Paz e ex-Presidente de Timor-Leste, João Melo, ministro da Comunicação Social de Angola, e Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, entre outros convidados, são os oradores desta iniciativa centrada na língua mais falada no hemisfério sul, terceira no hemisfério ocidental e quinta no mundo. Conta com o alto patrocínio da Presidência da República Portuguesa.

¹ conferência  assinalando os 130 anos do  Jornal de Noticias, "A Falar Nos Entendemos: A Língua Como Ativo Estratégico", pode ser vista, na íntegra, aqui.

2. Um esclarecimento sobre frases optativas, o verbo ocorrer com uma oração completiva, a ocorrência de duas funções sintáticas coordenadas na mesma frase e a obrigatoriedade da duplicação das consoantes r e s nas formações por prefixação,  segundo as novas regras do uso do hífen, são as  quatro  novas respostas da presente atualização do consultório do Ciberdúvidas². 

² Conforme o já exposto anteriormente: o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques que vão sendo renovados neste período.  

3. A propósito do feriado religioso do Dia do Corpo de Deus e do seu significado preciso, sugerimos uma (re)leitura do que, do tema, temos em arquivo: Por exemplo: As palavras Deus, Anjo e Alma + Sobre o provérbio «Ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo» +  Razão do uso de Deus sem artigo + «A bênção de Deus» = «a graça de Deus». 

4. Nota final, de pesar, pelo falecimento do jornalista e escritor português António Loja Neves (1955-2018), um cultor da língua portuguesa, na sua vida profissional e literária³. 

³ Ao lado,  a capa do último livro publicado em vida por António Loja NevesArménia: Povo e Identidade (em coautoria com Margarida Neves Pereira, ed. Tinta-da-China, 2018).

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1. Do Brasil, vêm duas interessantes questões de seis novas respostas do consultório do Ciberdúvidas da presente atualização1: a do uso do adjetivo noético no outro lado do Atlântico e o caso de um provável pleonasmo vicioso. Outros esclarecimentos: indecisões acerca de uma função sintática, de um caso de coesão e da classificação das palavras primeiro e último. Terminamos com uma nova elucidação sobre a origem do topónimo Castanheira de Pera

1 Conforme o já exposto anteriormente: o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques que vão sendo renovados neste período.  

2. Prémio Camões 2018 foi atribuído ao escritor cabo-verdiano, Germano Almeida – romancista com obras já traduzidas em Itália, França, Alemanha, Suécia, Noruega e Dinamarca. O seu estilo caracteriza-se pelo uso do humor e da sátira, para retratar a sociedade do seu país, e de que se destacam as obras O Meu Poeta, de 1989, O testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo, de 1991, Os Dois Irmãos, de 1995, estes últimos adaptados ao cinema. Fiel Defunto foi a sua última obra, publicada neste ano de 2018. Da sua autoria – e especialmente escrito para o Ciberdúvidas, em 30 de maio de 1997 –, lembramos um apontamento na rubrica Antologia referindo-se nestes termos à (nossa) língua portuguesa: «Adoro-a sobretudo com esse delicioso sabor a crioulo, quando as palavras adquirem significações muitas vezes tortuosas mas tão verdadeiras que é impossível não reconhecer uma ainda que inconsciente sabedoria na sua adulteração (…) Gosto desta língua que me permitiu ler no original as deliciosas prosas de Eça de Queirós ou Jorge Amado, entender e apreciar o «vem cá!» e nunca me impediu de sentir e afirmar a minha identidade de homem cabo-verdiano».

3. Uma ação de formação com creditação para professores do Ensino Básico e Secundário vai ter lugar na FCSH (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas), de 27 a 31 de agosto. O tema versa a «Análise e redação de textos de opinião» e a formação será ministrada pela Professora Ana Sousa Martins, coordenadora da Ciberescola da Língua Portuguesa, e Helena Valentim, Professora responsável pelo curso.

4. A exposição Língua Portuguesa: pontos que nos unem foi recentemente inaugurada nas estações de metro, em Salvador, no Brasil. A mostra estará patente ao público até dia 31 deste mês. Curiosidades sobre a gramática e citações de escritores como Mia CoutoFernando Pessoa são alguns dos itens da exposição.

5. Junho vai ser "o mês de Portugal", em Macau, pelo terceiro ano consecutivo, com o dia 10, Dia de Portugal, celebrado em língua portuguesa. O programa é vasto e inclui concertos – um deles com o músico Pedro Abrunhosa –, exposições e cinema, com mostras de filmes do relizador António-Pedro Vasconcelos, num total de 25 eventos. "Junho, mês de Portugal" é uma organização conjunta de diversos organismos, entre os quais, o Consulado Geral português em Macau e Hong Kong, a Casa de Portugal em Macau e a Fundação Oriente.

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1. O termo antigo prusso e o mapa da dialetologia brasileira são duas respostas que fazem parte do conjunto de nove do consultório da atualização do Ciberdúvidas da presente semana¹. Além disso, espaço para esclarecimentos diversos: a dúvida sobre o que explicativo ou causal, bem como a conjunção pois de natureza conclusiva; a regência do verbo acordar (estar de acordo), a transitividade do verbo tratar, uma construção com ser de e ainda a frase complexa com coordenação e subordinação. Para terminar, a interessante explicação sobre o transmitido não genético.

1 Lembramos o já exposto anteriormente: o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques que vão sendo renovados neste período.   

2. Na rubrica Pelourinho, deixamos um novo apontamento crítico, da autoria do jurista Miguel Faria de Bastos, sobre o uso dos anglicismos counsel e corporate services providers nas sociedades de advogados, em Portugal. 

3. «A promoção da língua é central na CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa] e o IILP [Instituto Internacional de Língua Portuguesa], é um instrumento por excelência da CPLP nesse domínio», defendeu na Cidade da Praia o presidente do Instituto Camões – Instituto da CooperaçãoLuís Faro Ramos

Na capital cabo-verdiana, decorreu entre 8 e 10 de maio a reunião ordinária do Conselho Científico do IILP, onde foram discutidos vários assuntos, como a aplicação do Acordo Ortográfico e planos de ação para promoção da língua portuguesa. 

Este encontro culminou numa conferência sobre a língua portuguesa, no dia 10, e teve a participação do Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, e dos embaixadores dos países da CPLP acreditados em Cabo Verde. O chefe de Estado cabo-verdiano disse que é preciso «acarinhar e preservar» o português, uma língua que considera ter uma «riqueza singular», em «franca expansão», e ganhando cada vez mais «importância estratégica».

4. Ainda no âmbito desta reunião, foi inaugurada uma exposição itinerante do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, que, em junho, passará também por Angola e, em agosto, por Moçambique.

5.XII cimeira da CPLP foi marcada para 17 e 18 de julho, na ilha do Sal, em Cabo Verde. A data coincide com o aniversário da CPLP, que assinala 22 anos de existência, no dia 17.

6. Em alusão ao 5 de Maio, Dia Internacional da Língua Portuguesa, realiza-se em Luanda, de 15 a 18 de maio, a 2.ª edição do Festlab, Festival Literário Luso-Afro-Brasileiro, com a curadoria do escritor angolano José Luís Mendonça.

Os painéis de debate terão a participação de escritores portugueses, africanos e brasileiros. Portugal estará representado pela poetisa, crítica e ensaísta Maria João Cantinho.   

7. Foi instituído o Prémio Ibero-Americano de Ensaio na Polónia para falantes de português, com os objetivos de promover o conhecimento das línguas e culturas portuguesa e espanhola na Polónia e intensificar as relações entre a comunidade ibero-americana de nações, o mundo eslavo e a Europa Central. Os trabalhos a concurso devem ser ensaios originais de investigação ou reflexão sobre qualquer assunto relacionado com a Argentina, o Brasil, o Chile, a Colômbia, Cuba, o México, o Panamá, o Peru, o Uruguai, a Venezuela, bem como Portugal ou Espanha. Mais informações aqui.  

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1. Do Brasil, vem a dúvida sobre o uso coloquial da locução «Ah, tá!» e, de Portugal, a estranheza do uso do substantivo porquê, bem como o efeito do pleonasmo na dupla adjetival «inadmissível e inaceitável». Na presente atualização do consultório1, responde-se ainda a estas duas perguntas: «"Quaisquer tipos de dúvidas” ou “Quaisquer tipo de dúvidas”?» e «"Ele deve continuar essa tarefa”, “Ele deve continuar com essa tarefa” ou “Ele deve continuar a fazer essa tarefa”?» 

1 Lembramos o já exposto anteriormente: o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques que vão sendo renovados neste período.   

2. Na rubrica Controvérsias, fica disponível um artigo publicado no Diário de Notícias pela jornalista e investigadora brasileira Juliana Iorio com a seguinte perplexidade: falar português, em Portugal, afinal, não basta aos estudantes brasileiros que optaram pelas universidades portuguesas… precisamente por causa da língua comum.

3. E, em O Nosso Idioma, transcreve-se um novo texto de Sandra Duarte Tavares – publicado originariamente na edição digital da revista Visão de 7/05/2018 – com 10 questões "traiçoeiras” para o falante menos avisado.

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1. O neologismo coquetelaria – formado de coquetel, aportuguesamento do anglicismo cocktail –, ainda a locução «descargo de consciência», um esclarecimento sobre a construção frásica «é que» e outra à volta  de uma oração subordinada substantiva relativa sem antecedente são quatro de um conjunto das seis novas respostas do consultório, respeitante à presente atualização do Ciberdúvidas1.  

1 Conforme o já exposto anteriormente, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques que vão sendo renovados neste período.   

2. Nos meios de comunicação social portugueses corre uma polémica sobre a designação de um museu temático das navegações do país, no século XVI, anunciado pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina: Museu das Descobertas versus Museu da Interculturalidade 2

2 Cf.  Celebrar os Descobrimentos com uma nau para a Ribeira delas + Museu  da  Interculturalidade de Origem Portuguesa, e não Museu das Descobertas + Acerca da criação de um Museus dos Descobrimentos +  A palavra Descobrimentos não está proscrita nem tem peçonha + O esplendor do politicamente idiota + E que tal “Museu da Arrogância Convicta”? + O Museu dos Filetes de Cavala

3. Não entrando nesta querela – sem cabimento num espaço circunscrito às questões da língua portuguesa como é o Ciberdúvidas –, importa lembrar que: 

♦ A língua portuguesa é das línguas mais importantes do mundo, pela dimensão demográfica dos seus falantes (quarta mais falada no mundo e a mais falada no hemisfério sul), mas também pela sua policentralidade global (falada em todos os continentes) e a criação artística e cultural induzida.

♦ Por ser língua oficial de oito países, é propriedade de quem a fala – múltipla, portanto.

♦ As particularidades (lexicais, semânticas, sintáticas e fonéticas) que cada povo lhe imprime não a diminuem; pelo contrário, enriquecem-na. Estas diferenças são particularmente visíveis na literatura.

♦ Expoente máximo da interculturalidade, a língua portuguesa influenciou diversos outros idiomas. Da Índia ao suaíli; do malaio ao indonésio; do bengalês ao japonês e às várias línguas do Ceilão; do tétum de Timor-Leste às línguas bantas da África Austral e aos crioulos de Cabo Verde3Guiné-Bissau ou  Singapura. 

3 Cf. A quarta língua mais falada no mundo vive bem com as outras + Aumenta o número de falantes da língua portuguesa +  «O português é primordial para a afirmação externa» + Diversidade da língua portuguesa + Variedades do português + Variedades do Português Variedades do português no mundo e no Brasil + Variações linguísticas + Variação linguística, uma realidade da nossa línguaVariação linguística – o que é, tipos, características e livros indicados A variação linguística e o papel dos fatores linguísticosA variação linguística no ensino da língua portuguesaVariação SocioculturalNorma e variação + Norma culta e variedades linguísticas + Fatores de adequação linguísticaVariação e Mudança no Português + As variedades de uma língua plural + Tipos e variação linguística

4. Dois registos finais, noticiosos: 

♦ Em 5 de maio, assinala-se o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP, com 180 iniciativas em 57 países.4

4 Vide  Quantas línguas cabem na língua portuguesa? António Guterres diz que o mundo está farto da ditadura da língua única

♦ O lançamento em Lisboa do Desdicionário da Língua Portuguesa, obra do copywriter e jornalista português Luís Leal Miranda, reunindo 218 verbetes com palavras inventadas e glosadas divertidamente por ele próprio, inicialmente no Facebook. 

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1. O uso do feminino mordoma causou estranheza pela sua inovação, a que o consultório procura dar resposta. Ainda, no domínio da semântica, um caso de ambiguidade polissémica na expressão «futuros desertos» leva a uma evidência sobre troca de classes de palavras. Também o pronome que volta ao terreiro, com diferentes classificações. O mesmo sucede com uma regência nominal, assim como um questão antiga e controversa sobre colocação do verbo no singular ou no plural em frases com a partícula se. Todas elas completam o rol das respostas desta semana*. 

* Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques que vão sendo renovados neste período.  

2. Na rubrica O Nosso Idioma assinalamos dois textos publicados no jornal digital Observador e no Público: um aprofundado trabalho de Rui Passos Rocha sobre os nomes e marcas históricas da toponímia portuguesa – são ao todo 276 mil artérias com 82 mil nomes analisados à lupa com base nos códigos postais do continente e dos arquipélagos da Madeira e dos Açores –, no primeiro caso; e, no segundo, crónica de Rui Tavares sobre o filósofo muçulmano Al Farabi (872-945), de cujo nome derivou o termo alfarrabista – sebo no Brasil.  

3. Na presente capicua do 25 de Abril em Portugal – que assinala neste ano o seu 44.º aniversário –, deixamos a sugestão de uma viagem por algumas das palavras e expressões mais marcantes entradas no léxico corrente** no país, depois da ditadura do Estado Novo

** O 25 de Abril no léxico portuguêsPalavras do 25 de Abril (1974-2014) + O 25 de Abril e a afirmação da língua portuguesa em África 

4. Lembrando, ainda, que esta e demais datas históricas, festas ou festividades – tal como prescreve a e) do ponto 2 da Base XIX do Acordo Ortográfico de 1990 – se escrevem com a maiúscula inicial no mês correspondente. Fora deste contexto específico já se empregaria a minúscula inicial. Portanto: o 25 de Abril, o 10 de Junho, 5 de Outubro, o 1.º de Dezembro, etc.; mas: no dia 25 de abril, a 10 de junho, em 5 de outubro, na data de 1 de dezembro, etc.

Cf. Com o Acordo Ortográfico, escreve-se 25 de Abril ou 25 de abril? 

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1. As questões semânticas têm o seu predomínio na presente atualização do consultório do Ciberdúvidas*. Começamos com duas figuras de retórica: um eufemismo, numa frase retirada da Odisseia, de Homero, em que o narrador conta a morte de Argos, o cão fiel de Ulisses; e uma sinestesia, esta remetendo para Os Maias, de Eça de Queirós. E, ainda, à volta da locução «assalto à mão armada» e do género do nome Fanta. Lugar, também, para um esclarecimento a propósito da regência do verbo posar e para um outro a respeito do uso do hífen com o prefixo auto- antes do Acordo Ortográfico de 1990. Última questão: uma análise sintática com o verbo inspirar-se.

* Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques que vão sendo renovados neste período. 

2. A rubrica Antologia ficou enriquecida com um poema do brasileiro Manuel Bandeira à volta de um delicioso neologismo por ele próprio inventado: o verbo teadorar.  

3. Registo final, na rubrica Lusofonias, para uma reportagem publicada no semanário macaense Ponto Final sobre o bairro português Kampung Portugis, em Malaca. Nele vive uma comunidade de descendentes dos navegadores portugueses, de há 500 anos.

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1. No regresso do consultório, após a pausa pascal, clarifica-se a classificação de orações que apresentam alguma ambiguidade: o caso de um verso da Mensagem de  Fernando Pessoa, no poema D. Dinis, e a incerteza sobre a classificação de uma oração causal ou consecutiva. Ainda no domínio da sintaxe, duas respostas sobre o complemento do nome: aquiaqui.

Cf.: Fernando Pessoa: 10 das melhores frases do génio

2. Noutro âmbito, damos respostas a uma questão pertinente sobre a flexibilidade do uso de diferentes artigos definidos para um mesmo nome e ainda a uma dúvida clássica: a classificação de um que. Finalmente, estará em curso uma evolução semântica do verbo reagir, tão em voga pela influência das redes sociais?

3. Na rubrica Pelourinho, deixamos dois novos apontamentos críticos, da autoria das professoras Maria Eugénia Alves e Arlinda Mártires, respetivamente. «De como o vintage atropelou o vernáculo antigo ou clássico», no primeiro caso; e, no segundo, «a propósito da mulher que diz ser “barbeiro”, porque “barbeira é a mulher do barbeiro”.»

4. Último registo da presente atualização do Ciberdúvidas*: em O Nosso Idioma, fica disponível uma divertida ilustração, da BBC Brasil, com um apanhado de 16 insultos eruditos, pouco conhecidos pelo comum dos falantes da língua portuguesa.

Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques que vão sendo renovados neste período.