A palavra eis, um guia do bem-escrever, o português na Indonésia e a criação do Dia Mundial da Língua Portuguesa
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A palavra eis, um guia do bem-escrever, o português na Indonésia e a criação do Dia Mundial da Língua Portuguesa
1. Eis uma nova pergunta cujo tópico é exatamente o monossílabo à cabeça desta mesma sequência introdutória: como se analisa um enunciado começado pelo advérbio eis? Mas há mais questões: como se usam corretamente as construções de particípio, do tipo «chegado a casa, o João fez o jantar»? E que dizer do emprego de julgar numa instrução como «julgue as seguintes opções como verdadeiras ou falsas»? Os temas de sintaxe estão, portanto, em maioria na presente atualização do...
As vírgulas, a palavra homem, uma frase de Machado de Assis, a «urgência do galego» e o português em Timor-Leste
1. Que há de errado com a frase «a medida que, causou mais impacto foi anunciada no final»? A vírgula, que está mal colocada... Para sabermos porquê, a rubrica O nosso idioma regressa ao tema das vírgulas, ilustrando-o com seis casos de uso incorreto, explicados e corrigidos num utilíssimo apontamento da autoria de Carla Marques, consultora permanente do Ciberdúvidas.
2. O Pelourinho também se centra noutra incorreção, esta devida ao deficiente conhecimento da...
Inovações lexicais em Moçambique, palavras inexistentes e uma viagem histórico-linguística no Cuidado com a Língua!
1. Em Moçambique, têm lugar, em 15 de outubro, as eleições gerais e das assembleias provinciais. No plano linguístico, a campanha que decorreu ao longo de 43 dias não foi alheia à inovação lexical, como o comprova o uso do termo showmício para designar os eventos que fecharam a campanha (cf. notícia). Esta expressão designa uma "reunião pública de cidadãos em que se combina música e discursos de cariz político" (Dicionário Priberam) e trata-se de um termo já...
A pronúncia de rapsódia, a vírgula nas construções proporcionais, algumas questões de acentuação e sobre o termo cateterismo
1. A ortoépia é uma área que exige uma constante atenção porque as formas de pronunciar as palavras estão sujeitas a uma constante evolução. Não raro, uma mesma palavra associa-se, sincronicamente, a diferentes possibilidades de pronúncia. É o que acontece com rapsódia, cujo s tanto se pronuncia [s] como [z]. Qual será a forma correta? As diferenças verificadas na forma de pronunciar as palavras são, muitas vezes, mais evidentes quando cotejamos...
Programas anglicistas, palavras de Graça Moura, um "erro" de Júlio Dinis e conclusões da 1.ª reunião do COLP
1. Em Portugal, sente-se a sedução dos anglicismos até nas expressões mais afetivas. Na televisão, dê-se o exemplo de um programa de cozinha do canal 24Kitchen – em inglês, como não podia deixar de ser –, intitulado A Sentada, cujas competentes demonstrações de arte culinária são sublinhadas pelo enunciado «yummy and delicious» («apetitoso e delicioso»), um lema simpático que faz a diferença... à inglesa. Mas este gosto anglicista vai mais longe e chega mesmo à declaração de amor à pátria,...
A pronúncia de acordos, os géneros textuais, a palavra bolsomínion e o excesso de estrangeirismos
1. As eleições legislativas tiveram lugar em Portugal ontem, dia 6 de outubro, tendo os resultados ditado a vitória do Partido Socialista, embora sem uma maioria absoluta, o que implica que o partido terá de procurar um acordo com um ou mais partidos políticos de modo a garantir estabilidade governativa. Com efeito, na noite da contagem dos votos e da divulgação faseada dos resultados, a palavra que provavelmente mais se ouviu nos meios de comunicação social, repetida por jornalistas, políticos e...
A palavra verdade, vocábulos das eleições portuguesas e a 1.ª reunião do Conselho de Ortografia da Língua Portuguesa
1. Recorre-se à metáfora, quando se diz que esta ou aquela palavra foram "torcidas" ou "esvaziadas" de sentido para defesa de interesses obscuros, como é o caso de verdade, tantas vezes pronunciada – ou "seduzida" – em apoio de mitos e mentiras. Em O nosso idioma, Carla Marques, consultora permanente do Ciberdúvidas, deixa um apontamento em forma de diálogo, em que um dos interlocutores revela alguns dos paradoxos (e artifícios) da comunicação político-institucional. Na mesma...
O vós no Consultório, o circo no Cuidado com a língua! e o vegetarianismo de Pitágoras
1. A história da língua portuguesa é rica, diversificada e complexa. Deste processo evolutivo fazem parte pequenas histórias de palavras que nós, falantes, tanto gostamos de conhecer. Cada uma é curiosa, rica e, não raro, inesperada. Nesta atualização do Consultório, vamos ao encontro da história da utilização do pronome vós dirigido a um interlocutor singular. Por aqui passam também dúvidas geradas pela paronímia das expressões «às vezes» e «há vezes»,...
Uma crase suicida, um livro para a boa comunicação e um pouco da toponímia de Lisboa
1. Com verbos e adjetivos, é frequente hesitar quando se trata de preposições: dê-se o exemplo de rumar, compatível quer com a preposição a quer com para: «rumar a» e «rumar para»; ou o do adjetivo propício, que aparece também com ambas preposições. Nas novas perguntas em linha no consultório, apresenta-se um caso semelhante, o de adaptar: aceita-se «adaptei este romance para o cinema», ou só «adaptei este...
Uma oração no Sermão de Vieira, o adjetivo lignocelulósico, o patoá macaense e "impeachment" em português
1. Os textos de autores de literatura portuguesa motivam com alguma frequência questões apresentadas no Consultório. Desta feita, a dúvida surge a partir de uma frase retirada do Sermão de Santo António (aos peixes), de Padre António Vieira, e relaciona-se com a classificação da oração subordinada na expressão «não há nenhum tão grande que se fie do homem». Os adjetivos têm, nesta nova atualização, um papel de relevo: uma questão solicita que se ateste a existência...
