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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. A arrastada crise financeira e política da União Europeia (UE) tem sido terreno fértil para os neologismos. Em 2015, era recorrente o nome Grexit ou seja, a fusão de Greek exit, o mesmo que «saída grega» – em referência às dificuldades da Grécia em satisfazer o pagamento da dívida, a ponto de se equacionar a sua saída da zona do euro. Nos últimos meses, o protagonista da crise é o Reino Unido, que realiza um referendo em 23 de junho p. f., para decidir se sai da UE ou não. Circula assim a amálgama Brexit (ou Brixit), formada em inglês com elementos truncados de «British exit» («saída britânica»), ou de Britain («Grã-Bretanha») e exit («saída»); e, por contraste, para referir a decisão favorável à permanência, surge Bremain, um jogo do mesmo tipo, associando segmentos de Britain ou British ao verbo remain, «ficar, permanecer». Também em Portugal, o discurso mediático não resistiu às novas palavras, mas convém observar que, como criações inglesas que são, devem escrever-se em itálico ou entre aspas*; e não será descabido recordar que, em português, «saída (britânica)» e «permanência (britânica)» são alternativa recomendável às amálgamas do inglês, podendo omitir-se o adjetivo britânica, se o contexto suprir a informação necessária.

* Mais uma vez acompanhando o que se faz noutras línguas irmãs do português, leia-se, sobre Grexit e Brexit, a recomendação para o espanhol da Fundación para el Español Urgente – Fundéu BBVA. Note-se, porém, que, ao contrário do que se preceitua em espanhol, não se afigura necessária a minúscula inicial em português, porque, sendo Brexit um estrangeirismo assinalado em itálico ou entre aspas, dispensam-se outras adaptações ortográficas. Esclareça-se que, em inglês, os adjetivos relativos a nacionalidade têm maiúscula inicial.

2. As Controvérsias recebem um novo apontamento de Isabel Casanova, que retoma a questão da sintaxe do verbo perdoar: diz-se e escreve-se «quero perdoá-lo/la», mas, na norma-padrão, perdoam-se só gestos e ações, ou também é possível perdoar os seus autores?

3. Na rubrica Acordo Ortográfico, fica disponível uma entrevista a Pedro Santana Lopes, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e político português que há mais de duas décadas, sendo secretário de Estado da Cultura, teve um papel decisivo na negociação e assinatura do Acordo Ortográfico de 1990 (trabalho publicado no semanário português Sol em 15/06/2016).

4. No consultório, ficam disponíveis algumas respostas que aguardavam publicação: como se pronuncia pleno? Para quê as regras de concordância? Como se usam as palavras latinas sic e verbatim? O que fazer com uma frase ambígua? Que valor semântico se associa no discurso à locução «por outro lado»? Diz-se «ter pena de...» ou «ter pena por...»?

5. Lembremos os programas produzidos pelo Ciberdúvidas na rádio pública portuguesa:

– No Língua de Todos de sexta-feira, 24 de junho (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 25 de junho, depois do noticiário das 9h00*), a professora Edleise Mendes, da Universidade Federal da Bahia, no Brasil, fala sobre "O Português na diversidade: pluricentrismo e multilinguismo no ensino e na formação de professores", comunicação apresentada na III Conferência Internacional Sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, que decorreu em Dili de 15 a 17 de junho p.p.

– O Páginas de Português de domingo, 26 de junho (Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte às 15h30*), entrevista o professor e poeta Fernando Pinto do Amaral, responsável em Portugal pelo Plano Nacional de Leitura, que faz um balanço positivo das atividades dos últimos anos e perspetiva programas futuros, como o Ler Mais..., dirigidos a adultos.

 * Hora de Portugal continental.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Como anunciado, a atividade do consultório do Ciberdúvidas vai ter uma pausa, coincidente com as férias escolares de verão em Portugal. Prolongando-se até ao mês de setembro, fica por isso indisponível o formulário para o habitual envio de perguntas. Abranda, portanto, o ritmo das nossas atualizações, muito embora a Abertura continue a dar conta de notícias sobre temas da língua portuguesa e de conteúdos cuja atualidade e interesse justifiquem serem postos em linha nas demais rubricas. Para outros assuntos fora do âmbito gramatical e linguístico, ficam os contactos indicados aqui. A quantos nos consultam por esse mundo fora – na ordem de 1,5 milhões de visitas regulares por mês –, os agradecimentos da equipa que assegura a continuidade deste serviço sem paralelo, na sua natureza, funcionamento e diversidade, em todo o espaço de língua oficial portuguesa.

2. No Consultório, pergunta-se se «alta tecnologia» é o mesmo que «tecnologia de ponta». Outro consulente quer saber se, numa descrição, é correto falar numa «pessoa com óculos». Outro interroga-se sobre a concordância verbal com «um milhão de portugueses». E o que significará a palavra jeca-tatu? Finalmente, no Correio, deixamos registado um contributo mais sobre o tema dos  anglicismos, tratado na Abertura do dia 8 p.p.: «Até já já, imagine-se, perfumes low cost!!»

3. Graves e preocupantes desacatos provocados por grupos de hooligans têm marcado o Campeonato Europeu de Futebol – Euro 2016, em curso em França até 10 de julho p. f. Na atualidade mediática, torna-se, portanto, recorrente o anglicismo, que acaba por pesar no estilo jornalístico, já tão saturado de palavras inglesas. Porque não encontrar uma expressão mais portuguesa? Uma resposta em arquivo aponta as soluções possíveis – por exemplo, «adepto desordeiro», «apoiante violento» ou «torcedor arruaceiro». E recorde-se sempre a recomendação de Manuel Rodrigues Lapa (1897-1989), na sua tão preciosa Estilística da Língua Portuguesa, sobre os estrangeirismos: «[...] «Os povos que dependem económica e intelectualmente de outros não podem deixar de adoptar, com os produtos e ideias vindas de fora, certas formas de linguagem que lhes não são próprias. O ponto está em não permitir abusos e limitar essa importação linguística ao razoável e necessário. Contido nestes limites, o estrangeirismo tem vantagens: aumenta o poder expressivo das línguas, esbate a diferença dos idiomas, tornando-os mais compreensivos, e facilita, por isso mesmo, a comunicação das ideias gerais. Uma coisa é necessária, quando o estrangeirismo assentou já raízes na língua nacional: vesti-lo à portuguesa

4. Sobre os programas produzidos pelo Ciberdúvidas na rádio pública portuguesa:

– A presença da língua portuguesa em África é significativa, seja nas variantes cada vez mais nacionais dos países que integram a CPLP, seja por via da presença da emigração histórica, lusitana e moçambicana, sobretudo na África do Sul. Mas falta quase tudo o que devia acontecer: intercâmbio cultural, política do livro, tradução, esteio que interligasse as singularidades nacionais dos países da CPLP na sua articulação com o francês, o inglês, os crioulos e as línguas nacionais. O Língua de Todos de sexta-feira, 17 de junho (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 18 de junho, depois do noticiário das 9h00*), conversa com o professor Paulo Serra, leitor do Instituto Camões no Botsuana.

– Terminaram, no fim de maio, as inscrições para o programa O Ser e Saber da Língua Portuguesa 2016 – Curso de Verão em Portugal, organizado pelo Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) de Macau, com o apoio do Instituto Português do Oriente (IPOR). O programa de formação visa enriquecer os conhecimentos dos estudantes do ensino superior de Macau sobre a língua e a cultura portuguesas, aumentar o seu interesse na aprendizagem do português, reforçar a capacidade do português destes estudantes e promover a formação de quadros bilingues qualificados, bem como desenvolver a singularidade de Macau na fusão entre o Ocidente e o Oriente. O Páginas de Português de domingo, 19 de junho (Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte às 15h30*), entrevista o diretor do IPOR, João Laurentino Neves.

 * Hora de Portugal continental.

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1. Duas notícias contrastantes protagonizadas pela língua portuguesa e pela sua vária sorte – do interesse ao desleixo das próprias entidades oficiais:

–  No contexto da visita oficial que, de 10 a 12 de junho p. p., o presidente da República e o primeiro-ministro portugueses fizeram a Paris para assinalar o Dia de Portugal, o presidente francês, François Hollande, comprometeu-se a alargar a presença do ensino de português neste país, esperando-se, para o efeito, a marcação «rapidamente» das reuniões de um grupo técnico luso-francês (ler mais aquiaqui e aqui).

– Em Portugal, conforme informação veiculada pelo Jornal de Notícias do dia 13 p. p. (ler reprodução do texto no Pelourinho), os erros ortográficos da lista de devedores ao fisco permitem que os incumpridores se eximam ao pagamento das dívidas (os chamados calotes). Embora criada para reprimir a fuga aos impostos, pressionando os contribuintes devedores pela estratégia da «vergonha pela exposição pública», acontece que a lista em causa torna vários nomes próprios e apelidos impossíveis de detetar porque os regista com erros ortográficos básicos (falta de til ou cedilha, por exemplo). A presidente da Associação de Professores de Português, Edviges Ferreira, lembrando outro caso de incúria oficial – o de carros de algumas polícias municipais exibirem a forma incorreta "policia", sem acento gráfico –, comentou a situação: «É uma falta de cuidado, o que é grave, porque se trata do Estado» (ler também aqui e aqui).

2. Entretanto, realiza-se em Díli, de 15 a 17 de junho p.p., a III Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial. Com organização da Comissão Nacional de Timor-Leste para o Instituto Internacional da Língua Portuguesa, os trabalhos deste encontro subordinam-se a quatro eixos de discussão: português, língua pluricêntrica do século XXI; ensino e formação em língua portuguesa em contextos multilingues; o potencial económico da língua portuguesa; português, língua de cultura, ciência e inovação. Pormenores na nota informativa disponibilizada pela página da CPLP.

3. No consultório, respostas às seguintes perguntas: qual a diferença entre oferta e promoção? Qual a origem da palavra jangada? Constança é variante de constância?

4. Regressamos na sexta-feira, 17 de junho, com novas perguntas e artigos. Esta data marca, na atividade do consultório, também o começo de uma pausa  que se prolongará até ao próximo mês de setembro. Durante esse período, no entanto, continuaremos a dar conta aqui, na Abertura, de notícias sobre temas da língua portuguesa e de conteúdos eventualmente postos em linha nas demais rubricas.

5. Fundado há quase 20 anos, este espaço depende do apoio de quem o procura para esclarecer e debater temas da língua portuguesa na sua diversidade. Relembramos, por isso, a campanha SOS Ciberdúvidas, criada precisamente para garantir que o serviço aqui prestado possa continuar gracioso e sem fins comerciais, indo ao encontro de quantos falam e escrevem português por esse mundo fora. Agradecimentos antecipados pelos contributos que nos fizerem chegar.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Em França, começa neste dia, prolongando-se até 10 de julho, o Campeonato Europeu de Futebol de 2016Euro 2016, usual na imprensa portuguesa, Eurocopa no Brasil, ou, na sua denominação internacional, UEFA Euro 2016. Com a intensa cobertura mediática que os jornais, rádios e televisões lhe vão dar, serão, pois, dias cheios do chamado futebolês à solta... no melhor da sua criatividade, mas também na repetição de muitos disparates que lhe estão associados. Uma boa oportunidade, então, é o que propomos, para uma viagem por alguns desses termos e expressões da linguagem própria do que é hoje considerado o maior espetáculo do mundo*.

* Do chamado futebolês, encontram-se no arquivo do Ciberdúvidas, entre outros apontamentos: "Ludopédio = futebol"; "O plural da palavra futebol"; "O vocábulo coletivo em relação a uma equipa de futebol"; "Péssimo futebol falado", "O hífen em termos de futebol"; "Incidências do futebolês"; "Amarrar a bola"; "A origem da expressão roubo de igreja"; "Já sabe o que é um zagueiro?"; "A sorte do jogo podia ter ficado decidida..."; "Futebolês", "Futebolês, outra vez", "Viva o futebolês!"; "A intensificação da linguagem do futebol"; "O dialeto luso em futebolês"; "A ciência do esférico"; "Lesionar", "A sorte do jogo podia ter ficado decidida", "Ninguém corre atrás do prejuízo", "Jogo de palavras", "Viagem pelo futebolês mais desregrado", "O futebol falado diferentemente no Brasil e em Portugal".

2. A estrela maior deste espetáculo futebolístico, o jogador Cristiano Ronaldo, propiciou um "caso linguístico" curioso. Na reação cautelosa à goleada da seleção portuguesa no encontro particular contra a representação da Estónia, uma equipa de facto de qualidade inferior, apelou para a necessidade de se ter «os pés bem assentes na terra», conforme se pode verificar nestes registos áudio e vídeo. Destinatários óbvios: os adeptos e a própria comunicação nacional portuguesa, facilmente propensos. Muitos jornais citaram fielmente o futebolista, que empregou a expressão consagrada (nestes registos áudio e vídeo). Mas outros preferiram escrever «ter os pés assentes no chão» (por exemplo, aqui), numa escusada hipercorreção** – nada comum, antes pelo contrário, noutros casos que bem justificariam um maior rigor com a língua. A começar na prolação do nome do próprio Ronaldo, por exemplo. 

** A forma mais usual é na verdade como a referida pelo futebolista português, mas ambas têm sustentação dicionarística. É o caso do dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, que regista, como subentrada de , a expressão «ter os pés bem assentes na terra/no chão», com o significado de «ser objetivo e realista». Idem em Novos Dicionários de Expressões Idiomáticas, de António Nogueira Santos (Lisboa, Edições João Sá da Costa, 2006): «ter os pés (bem) assentes na terra/ ter os pés fincados na terra», como quando se diz «de pessoa realista, com forte sentido prático».

3. Simultaneamente com a Eurocopa, que começa agora em Paris, está a disputar-se nos Estados Unidos a Copa América 2016, com a participação de muitas seleções da América Latina de expressão castelhana (e também do Brasil). A respetiva cobertura mediática traz também para o primeiro plano o jargão próprio do meio futebolístico no que se vai lendo e ouvindo nessas transmissões. Daí a atenção da Fundação del Espanhol Urgente (Fundéu) para com os respetivos tiques, excessos e descuidos de linguagem, com as suas recomendações ultimamente muito focadas quanto ao bom uso, também aí, do idioma de Cervantes. Com a devida e necessária avaliação das diferenças com o português, vale a pena acompanhá-las. As mais recentes estão disponíveis aqui e aqui.

4. O consultório responde a três dúvidas: é erro empregar a expressão «fazer sentido»? A palavra leitura é simples, ou complexa? Que relação haverá entre o nome comum concubina e o nome próprio Amélia?

5. Relativamente aos programas produzidos pelo Ciberdúvidas na rádio pública portuguesa, lembramos que o Língua de Todos de sexta-feira, 10 de junho (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 11 de junho, depois do noticiário das 9h00*), inclui, entre outros tópicos, o significado de cafuné, explicado pela professora Sandra Duarte Tavares. No Páginas de Português de domingo, 12 de junho (Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte às 15h30*), o tema em foco é a situação da língua portuguesa no Luxemburgo.

* Hora de Portugal continental.

6. Devido à comemoração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em 10 de junho, e ao feriado de Santo António, festejado em Lisboa, em 13 junho, as atualizações do Ciberdúvidas regressam na terça-feira, 14 de junho. Fica desativado o formulário para envio de questões, mas, para outros assuntos que não o uso e a gramática do português, estamos contactáveis neste endereço.

7 (11/06/2016). Morreu José Manuel Paquete Oliveira (1936-2016), primeiro e muito respeitado provedor do telespectador da televisão portuguesa, na RTP, entre 2006 e 2011. Professor emérito de Sociologia do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, Paquete de Oliveira, que atualmente era o provedor do leitor do jornal Público, coordenou numerosos projetos científicos e publicou ainda vários estudos na área da Sociologia da Comunicação. Tanto como provedor da televisão pública portuguesa como no Público, várias foram as suas recomendações sobre questões à volta da língua portuguesa. No Ciberdúvidas, podem ser (re)lidos dois textos da sua autoria: "Polémicas linguísticas" e "A 'maldição' dos erros e gralhas".

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1. Em Portugal, acumulam-se os anglicismos na promoção das mais variadas iniciativas. A Câmara Municipal do Porto apoia um festival de música com um nome luso-inglês Primavera Sound – «som de... primavera» –, onde até haverá uma área de street food, expressão da moda que substitui a mais prosaica «comida vendida na rua». Noutro quadrante, anunciam-se incentivos fiscais nas chamadas startups (num encontro que contou até com a presença do primeiro-ministro português) e uma Road 2 Web Summit, «concurso destinado a startups portuguesas que se queiram apresentar naquele que é considerado o maior evento de empreendedorismo e tecnologia da Europa» (ler – com paciência – aquiaqui e aqui). Não faltando à língua portuguesa recursos e engenho para nomear qualquer tipo de atividade ou empreendimento, vale a pena lembrar que start-up é uma «empresa emergente»*, e uma web summit, uma «cimeira na rede».

Nesta matéria, justifica-se sempre acompanhar o que se faz nas outras línguas românicas. É o caso do espanhol – e o sentido estratégico que no país vizinho de Portugal se dá às questões do idioma nacional e, em particular, ao seu abastardamento pelo uso desregulado dos estrangeirismos, seja na comunicação social ou no espaço público em geral. Vale por isso a pena acompanhar as sempre tão oportunas recomendações diárias promovidas pela Fundación del Español Urgente (Fundéu BBVA). Quanto ao que, aqui no Ciberdúvidas, se tem abordado sobre o tema na língua portuguesa, (re)vejam-se, entre outros, os seguintes apontamentos: Anglicismos desenfreados; A vuvuzela dos anglicismos; Anglicismos escusados e sem traduçãoDesamor pela língua portuguesa; Reflexões sobre a linguagem hodierna; Web Summit, start-up e feature: como usar em português?; Por uma campanha de alfabetização de economistas, gestores e deputados; Acerca dos estrangeirismos; Lisbon South Bay; É o lifestyle, stupid; Estrangeirismos sem freio; O recurso desnecessário aos estrangeirismos e o tremendismo verbo «arrasar»; Estrangeirismos, neologismos, tecnicismos e vulgarismos na linguagem do jornal; Campeão português. Logo, em inglês.; Excessiva utilização de anglicismos; E o humor foi também em inglês?; Estrangeirismos nos jornais; Modas & IgnorânciaEm português... macarrónicoE falar em português, vai desejar?; Porquê Panama Papers... em Portugal?Falar português – uma língua que une pátriasEstrangeirismos; «Em bom português?»: Défice de conhecimento da sua própria língua; Um cool nada fixeMy Bus porquê?E se pensassem, antes, nos leitores... portugueses?Porquê Dunkirk, em vez de Dunquerque?; A mania de se pronunciar à inglesa tudo e nadaA Champions de José MourinhoWelcome!?Contra a "ditadura" do inglês na produção científica.

2. Na rubrica O Nosso Idioma, ainda a respeito de bife, usado no calão de Portugal como sinónimo de inglêsIsabel Casanova conta breves aspetos da história da palavra. No Pelourinho, um apontamento da mesma autora alerta para a ameaça de o verbo pôr ser suplantado pelo verbo colocar com resultados duvidosos.

3. Qual é a estrutura de um soneto? «Lume dos olhos» – é, ou não, uma metáfora? E que é o «arroz pica-no-chão»? São estas as novas questões disponíveis no consultório.

4. Sobre os programas produzidos pelo Ciberdúvidas na rádio pública portuguesa, salientam-se:

– No Língua de Todos de sexta-feira, 10 de junho (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 11 de junho, depois do noticiário das 9h00*), dá-se relevo a alguns brasileirismos: qual o significado de cafuné? A resposta de Sandra Duarte Tavares.

– No Páginas de Português de domingo, 12 de junho (Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte às 15h30*), o tema em foco é a situação da língua portuguesa no Luxemburgo, numa entrevista a António Callixto, ex-professor de português e ex-chefe da unidade de tradução portuguesa do Tribunal de Contas Europeu neste país.

* Hora de Portugal continental.

5. Para garantir a sustentação do serviço gracioso e sem fins comerciais aqui prestado há quase 20 anos, chamamos a atenção para a campanha SOS Ciberdúvidas. Desde já, o nosso obrigado pelos contributos de quantos, por esse mundo fora, visitam e utilizam este espaço de esclarecimento e debate das regras e dos usos diversificados da língua portuguesa.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Em Portugal, na sequência da extinção dos exames finais dos 4.º e 6.º anos de escolaridade, arrancam neste dia provas de aferição para os estudantes dos 2.º, 5.º e 8.º anos, com duas novidades: a oralidade será pela primeira vez avaliada em Português, e os pais receberão um relatório individual com informações sobre o desempenho dos estudantes em cada uma das disciplinas avaliadas (ver também aquiaqui e aqui). A alunos, professores e pais, desejamos boas provas – incluindo os tradicionais exames.

2. Em tempo de exames e a propósito do ensino da gramática, ocorre perguntar: existirá alguma explicação geral do funcionamento linguístico? Entre filósofos, lógicos e  linguistas, salienta-se Noam Chomsky (n. 1928) por ter criado e desenvolvido o chamado generativismo, um corpo teórico que cresceu ao longo de décadas. A sua primeira obra, Estruturas Sintáticas, publicado em 1957, tinha ele 28 anos, estabelecia já os fundamentos de uma gramática capaz formar (gerar) frases segundo regras e princípios comuns a todas a línguas do mundo. «60 anos depois, o que resta destas teorias que revolucionaram a línguística?» é o mote do artigo Noam Chomsky – à la recherche de la grammaire universelle (em português, Noam Chomsky – à procura da gramática universal), publicado em 2015 na revista francesa Sciences Humaines, que a respeito das teorias sobre a gramática universal, faz um balanço pessimista: «Depois de decénios de investigação, nenhum destes modelos conseguiu verdadeiramente impor-se, e a esperança de encontrar um modelo simples e generalizável que permitisse explicar o funcionamento profundo das línguas ainda não foi concretizada até agora.»*

* Sobre o conceito de gramática, leiam-se os seguintes artigos e respostas disponíveis no arquivo do Ciberdúvidas: "Gramática descritiva, gerativa, etc."; "O erro de Chomsky?"; "Gramática de texto, gramática de frase"; "As gramáticas + política de língua"; "A origem da gramática descritiva"; "Teorias sintáticas"; "Que gramática usar?".

3. O consultório recebe quatro novas dúvidas: homem e humano relacionam-se etimologicamente? Não haverá redundância na expressão «rumar a caminho de»? Qual o processo de formação do adjetivo preparatório? E que quererá dizer este curioso vocábulo – bifa?

4. Ainda o debate do galego "versus" a língua portuguesa e o mar de críticas à proposta do Governo português em atribuir ao Conselho da Cultura Galega o estatuto de observador na CPLP. Não haverá outras entidades mais aptas a protagonizar essa aproximação, como defende Renato Epifânio, presidente do Movimento Internacional Lusófono, no jornal Público (texto já aqui referido e disponível na rubrica Controvérsias; ver também reação dos Colóquios da Lusofonia)? Um debate com esta outra importância suplementar: finalmente, a discussão que, à volta da língua da Galiza, começa a ser feita em Portugal, com bem assinala o Portal Galego da Língua, sítio na rede promovido pela Associação Galega da Língua, no seguinte comentário a uma notícia que publicou em 3 de junho p. p.: «A questão linguística galega é cada vez menos invisível em Portugal, e textos como este do Público seriam impossíveis há poucos anos.»

5. Com a campanha SOS Ciberdúvidas, procuramos viabilizar o serviço gracioso e sem fins comerciais que aqui é prestado há quase 20 anos. Agradecimentos antecipados pelos contributos de quantos consultam regularmente este espaço para esclarecer, conhecer ou debater os temas da língua portuguesa em toda a sua riqueza e diversidade.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Da República Checa* chegam notícias de um interesse crescente pela aprendizagem do português, associado à retoma ou à criação de laços com os Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). É neste contexto que, em 31 de maio p. p., em Praga, o Ministério dos Negócios Estrangeiros checo organizou o seminário diplomático A República Checa e o mundo lusófono – passado, presente e futuro (em checo, Česká republika a lusofonní svět – minulost, současnost a budoucnost). Dois meses antes, em março do presente ano, a República Checa solicitara a participação como observador na CPLP, pedido que Ivan Jančárek, vice-assistente para colaboração extraeuropeia do referido ministério, justifica pela importância de a República Checa «[...] expandir contactos, sobretudo fora da Europa» e pelo facto de «a CPLP, como uma das grandes organizações regionais que de facto se agrupam ao redor de uma língua, [ser] para [os checos] uma das possibilidades de estabelecer contactos comerciais, económicos e políticos, porque o português no futuro terá um papel ainda maior» (fonte: jornal checo Lidové noviny; ver tradução integral na rubrica Notícias).

* Em abril de 2016, o governo checo aprovou a adoção oficial da forma curta Česko, a par de Česká republika, ou seja, República Checa. A forma portuguesa correspondente a Česko é Chéquia, mas esta ainda não tem uso firmado. Lembramos que a atual República Checa integra territórios tradicionalmente conhecidos em português pelos nomes Boémia e Morávia. Uma pequena região a norte, na fronteira com a Polónia, faz parte de uma unidade regional transfronteiriça que tem também denominação portuguesa: Silésia.

Cf.: Chéquia e o sururu toponímico da atualidade

2. O exemplo checo aumenta ainda mais a perplexidade com que se olha para a Guiné Equatorial: dois anos após a sua entrada na CPLP**, continua a não apresentar, sequer, uma versão em português da sua página eletrónica governamental – apenas disponível em espanhol, em francês e... em inglês. E muito menos integrou ainda a língua portuguesa no seu sistema de ensino, uma das condições da sua polémica adesão como Estado-membro de pleno direito na CPLP. Um incumprimento que justificou inclusive um reparo do Conselho Científico do Instituto Internacional da Língua Portuguesa como se pode ler*** no ponto 13 do comunicado final sobre a reunião realizada nos dias 9, 10 e 11 de maio de 2016, na cidade da Praia, em Cabo Verde, sem a presença de qualquer representante guinéu-equatoriano.

** A respeito da situação do português dentro da CPLP, anote-se a crítica de Guilherme d'Oliveira Martins, presidente do Centro Nacional de Cultura e administrador-executivo da Fundação Calouste Gulbenkian: «A CPLP é uma instituição muito interessante, [...] [mas] está claramente aquém das suas potencialidades e responsabilidades [na defesa da língua portuguesa]»  (fonte: Público, 15/05/2016).

*** «[Cumpre salientar a] ausência (...), sobretudo, da Guiné Equatorial, que se insta a uma maior participação e ação com vista à consolidação do uso da língua portuguesa para a sua efetiva integração na CPLP».

3. Entre a Galiza e a chamada lusofonia existem fortes vínculos, mas a promoção da língua portuguesa nessa região de Espanha continua a não ser fácil, pelas muitas e delicadas questões que envolve. Notícias recentes dão conta do fraco impacto da iniciativa Valentín Paz-Andrade, aprovada em 2014 pelo parlamento autonómico, visando incentivar a presença do português na sociedade galega. Na rubrica Controvérsias, disponibiliza-se um texto polémico publicado no jornal Público em 2/06/2016, no qual o seu autor, Renato Epifânio, presidente do Movimento Internacional Lusófono, acusa o governo galego de não mostrar vontade de dinamizar o projeto. Ainda nas Controvérsias, um apontamento de Isabel Casanova retoma a (difícil) distinção entre demais e «de mais».

4. No consultório, faz-se uma viagem até à costa balcânica do Adriático, mais exatamente, ao Montenegro, a propósito de um topónimo cuja forma portuguesa caiu em desuso – Rossiona –, para depois se comentar a expressão «de um dia para (o) outro» e rematar com a definição de termos que designam géneros literários (tragédia, comédia, epopeia).

5. Relativamente aos programas produzidos pelo Ciberdúvidas na rádio pública portuguesa, lembramos que, no Língua de Todos de sexta-feira, 3 de junho (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 4 de junho, depois do noticiário das 9h00*), o tema em foco são os aumentativos, enquanto no Páginas de Português de domingo, 5 de junho (Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte às 15h30*), se dá relevo às variedades africanas do português, com uma conversa com Ungulani Ba Ka Khosa, secretário-geral da Associação de Escritores Moçambicanos e um dos mais destacados prosadores do país do Índico.

* Hora de Portugal continental.

6. A campanha SOS Ciberdúvidas visa garantir meios para o funcionamento gracioso e sem fins comerciais do serviço aqui prestado há quase 20 anos. Agradecemos, pois, os contributos de quem, onde quer que ela se fale e seja acarinhada, não dispensa a consulta regular deste espaço de esclarecimento, informação, reflexão e debate sobre a língua portuguesa.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Uma «reunião nórdico-africana» terá o mesmo significado que um «encontro norte-africano»? E o que será um boi-corneta? E, ao contar uma história, será o pretérito mais-que-perfeito compatível com o presente histórico? Eis as novas questões em linha no consultório.

2. Comemora-se nesta data o Dia da Criança, assinalado sempre por numerosas atividades e cerimónias. Sobre a família de palavras de criança  e o campo lexical respetivo, sugerimos a leitura de alguns das resposta e dos artigos em arquivo: "Criança: etimologia"; "O nome coletivo de criança"; "Criança-soldado, crianças-soldados"; "O bebé/ a bebé"; "Petiz"; "A formação da palavra menino"; "Ainda sobre a etimologia de menino"; "Puto"; "Etimologia: moleque"; "O processo de formação de infância..."; "Infante e infanta".

3. A respeito dos programas produzidos pelo Ciberdúvidas na rádio pública portuguesa:

– Sabemos que há várias modalidades de promoção: de produtos, de pessoas, etc. Há até a promoção do «chutar para cima». Mas será que o aumentativo de promoção é "promoçãozão"? Ou será subir tão alto, que se corre o risco de cair com grande estrondo? A resposta a estas interrogações no Língua de Todos de sexta-feira, 3 de junho (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 4 de junho, depois do noticiário das 9h00*).

– A língua portuguesa está um pouco por todo o lado, embora com maior expressão, e não só numérica, na América Latina e em África. Das comunidades emigrantes, na Venezuela e na África do Sul, ao gigante demográfico e territorial que é o Brasil; de Angola a Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, já na Ásia, a língua imperial de Pessoa/Bernardo Soares tornou-se instrumento e expressão de unidade territorial e charneira de entidades nacionais plurais, que nela encontram o seu lugar geométrico. O Páginas de Português de domingo, 5 de junho (Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte às 15h30*), transmite uma conversa com Ungulani Ba Ka Khosa, secretário-geral da Associação de Escritores Moçambicanos e um dos mais destacados prosadores do país do Índico.

* Hora de Portugal continental.

4. Para sustentação do serviço que aqui se presta há quase 20 anos, gracioso e sem fins comerciais, promovemos a campanha SOS Ciberdúvidas. Com ela, procuramos poder contar com a generosidade de quantos, por esse mundo fora, não dispensam a consulta regular deste espaço simultaneamente de esclarecimento, informação, reflexão e debate sobre a língua portuguesa, o idioma oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Os nossos agradecimentos antecipados.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. À publicação de História Sociopolítica da Língua Portuguesa, de Carlos Alberto Faraco, no presente ano, já foi feita a devida referência aqui na Abertura e na Montra de Livros. Trata-se de um livro fundamental para pôr em perspetiva o debate à volta da história administrativa e política da língua portuguesa; tem, por isso, encontrado o eco que merece entre especialistas, como é o caso do linguista Marcos Bagno (Universidade de Brasília), que lhe dedicou recentemente uma resenha disponível na revista brasileira Cadernos de Estudos Linguísticos (vol. 58, n.º 1). Deste artigo, o relevo vai para as palavras finais: «A obra [...] é escrita num estilo objetivo, elegante sem afetações, de leitura acessível a não iniciados no tema, e favorece uma reflexão serena porém crítica das diversas tradições discursivas que têm sido gestadas e geridas em torno da língua portuguesa e de sua história. Contribui, primordialmente, para que se interprete essa história de um modo realista, sem arroubos nacionalistas nem saudosismos de glórias passadas. É leitura sem dúvida proveitosa não só para linguistas mas também para historiadores, antropólogos, sociólogos e todas as pessoas interessadas em conhecer mais e melhor este elemento importantíssimo na formação da sociedade brasileira que é a língua hoje majoritária da população.» E acrescentamos nós: «elemento importantíssimo na formação da sociedade brasileira» e de todos os países e comunidades que lhe têm dado uso, prestígio e estatuto.

2. O brasileiro Raduan Nassar (Pindorama, 1935) ganhou o Prémio Camões de 2016. O galardão, o mais importante que se destina a autores de língua portuguesa, foi atribuído neste dia ao escritor por um júri que decidiu unanimemente distinguir «o [seu] uso rigoroso de uma linguagem cuja plasticidade se imprime em diferentes registos discursivos verificáveis numa obra que privilegia a densidade acima da extensão» (ler notícia do Público de 30/05/2016 e, ainda, no blogue do IILP e na revista África 21). Raduan Nassar tem uma obra escassa – dois romances, Lavoura Arcaica (1975) e Um Copo de Cólera (1978), a que se junta o livro de contos Menina a Caminho (1994) –, mas a crítica põe-no ao mesmo nível de grandes nomes da literatura brasileira como Guimarães Rosa ou Clarice Lispector.

3. Nas Controvérsias, um apontamento da professora Isabel Casanova retoma a discussão em torno do uso de «par e passo» – expressão tida por incorreta ou menos correta do que a latina que lhe deu origem, pari passu. Da mesma autora, mas na rubrica O Nosso Idioma, um outro texto relembra a diferença entre sigla e acrónimo.

 4. Finalmente, no consultório: se um rio ou um lago têm margens, será que margem alude a água e pertence à mesma família de palavras que mar? E Saxe, em lugar de Saxónia, é forma legítima? E como surgiu o sinal §? Como se emprega nos textos jurídicos?

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. No consultório, exploram-se os seguintes tópicos:

– as convenções que enquadram a construção da rima nos textos versificados;

– a classificação sintática dos complementos do verbo responder;

– o arcaísmo «começar de...», usado em lugar de «começar a» seguido de infinitivo;

– a concordância do constituinte adjetival lesa- em compostos como lesa-pátria.

2. No mundo da restauração em Portugal, multiplica-se a oferta que facilita a encomenda pelo telefone ou pela Internet. Mas, de caminho, juntam-se duas palavras inglesas que não foram pedidas: takeaway (de procedência britânica) e delivery. Por isso, insista-se: não é preciso dizer nem escrever takeaway, porque, em português, já temos a expressão «comida para fora» ou, querendo usar um verbo, «levar (comida) para fora». Relativamente a delivery, já existe «entrega ao domicílio», ou «em domicílio», que se reduz sem problema a entrega. E acrescente-se: a comida só ganha em sabor sem os anglicismos.

3. Quanto aos programas produzidos pelo Ciberdúvidas na rádio pública portuguesa:

– O Língua de Todos de sexta-feira, 27 de maio (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 28 de maio, depois do noticiário das 9h00*), ouviu o jornalista e escritor angolano João Melo sobre a língua portuguesa no mundo e a questão do Acordo Ortográfico em Angola.

– o Páginas de Português de domingo, 29 de maio (Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte às 15h30*), transmite uma entrevista com o secretário de Estado da Educação, João Costa, sobre o ensino da língua portuguesa em Portugal, os programas e as metas curriculares.

* Hora de Portugal continental.

4. Devido ao feriado em Portugal de quinta-feira,  26 de maio – Corpo de Deus (ou Corpus Christi) –, o consultório faz uma curtíssima pausa para regressar já na segunda-feira seguinte, dia 30.

5. Promovida em apoio do serviço gracioso e sem fins comerciais aqui prestado há quase 20 anos, a campanha SOS Ciberdúvidas conta com a generosidade de quantos, por esse mundo fora, não dispensam a consulta regular deste espaço de esclarecimento, informação, reflexão e debate sobre a língua portuguesa. Agradecemos, desde já, os contributos que entenderem enviar.