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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

   Cursos de Português, no verão, para estrangeiros, em Lisboa, sempre os houve. Basta lembrar os mais antigos e conhecidos, como os ministrados pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua. Fora os muitos outros de âmbito privado, como é o caso dos do CIAL. Mas, que se saiba, não havia ainda nenhum que juntasse a língua, a cultura e Lisboa - só e apenas para turistas que a querem calcorrear fora dos roteiros mais… “turísticos”. É esta a original proposta de Ciranda, à volta do português. Ainda por cima, com uma suplementar particularidade de os seus cursos e atividades culturais procederem da… Galiza, Santiago de Compostela.

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A pergunta – e a resposta subsequente – é do deputado português José Ribeiro e Castro, no artigo-reflexão que, com data de 31 de maio p .p., publicou no Diário de Notícias. Fica igualmente disponível na rubrica Controvérsias, conjuntamente  com outros seus textos e iniciativas1 sobre «o último acto de um dossiê deplorável»:

«Portugal [aceitou] desqualificar o Português na União Europeia, pela imposição de uma troika linguística no regime europeu de patentes: Inglês, Francês e Alemão. É o Acordo relativo ao Tribunal Unificado de Patentes, há semanas aprovado pela Assembleia da República, que abortou a discussão para impor o inaceitável.

A coisa não tem defesa possível. Ninguém surge a defendê-lo com argumentos transparentes, que façam sentido. E os agentes da coisa apressaram-se a amordaçar e interromper o processo parlamentar, não fosse a coisa desandar.

O sector é contra. A indústria é contra. Não temos vantagens económicas – um estudo da DeLoitte demonstra os inconvenientes e riscos. O acesso à Justiça fica mais desigual e caríssimo. Os linguistas são contra. O sistema é de tal tipo, que podemos beneficiar dele sem sermos parte, isto é, mantendo as patentes em Português em Portugal. Em suma: não temos vantagem; não temos interesse; e os nossos direitos fundamentais são atropelados. Então, como é que isto sucede? Deve haver certamente alguns cheios de dores nas pernas e costas de tanto andarem de cócoras.»

1 Entre essas iniciativas, avulta o apelo-petição ao Presidente da República portuguesa, Em defesa da Língua Portuguesa na União Europeia. Ver ainda Cidadãos recorrem a Cavaco para defender a Língua Portuguesa.

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Como já anteriormente anunciámos, a necessidade de acertos na presente reestruturação gráfica e informática do Ciberdúvidas forçou à interrupção do seu consultório e demais rubricas – sem prejuízo das regulares atualizações de relevância informativa, que ficam sempre devidamente assinaladas no campo dos Destaques, em baixo.

É o caso presente, nomeadamente com uma curiosidade à volta da palavra machimbombo, caída em desuso em Portugal, desde que, em 1913, deixou de se chamar assim ao que passaria a ser o que é hoje o lisboeta elétrico 28. Ou, ainda, esta outra curiosidade constante num dos dois novos episódios do programa Mambos da Língua – O tu-cá-tu-lá do português de Angola, emitido na Rádio Nacional de Angola: o coletivo de pessoas em... 22  variantes1.

 1 Trata-se do 61.º episódio, tendo o 62.º como tema a confusão muito comum no uso da palavra grama.

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Como já aqui foi exposto, o serviço prestado pelo Ciberdúvidas estendeu a habitual pausa nas férias de verão, em Portugal, para acertos indispensáveis na sua mais recente reestruturação gráfica e informática. A quantos nos consultam regularmente, voltamos a agradecer que nos remetam os reparos a quaisquer anomalias eventualmente detetadas, por este endereço de correio eletrónico: ciberduvidasdalinguaportuguesa@gmail.com.

Voltaremos com as atualizações regulares no dia 1 de setembro, mantendo-se, naturalmente, o livre acesso a todo o vasto e diversificado arquivo do Ciberdúvidas – e, sempre que for caso disso, com notícias e qualquer outro tipo de informações relevantes sobre a língua portuguesa. É o caso das mais recentes, aqui.

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«O incremento de formas de expressão quase guturais como os SMS e o Twitter apenas dá expressão a um problema mais de fundo que é a desertificação do vocabulário, fruto de pouca leitura, e de um universo mediático muito pobre e estereotipado.» Assim se refere o político e historiador português José Pacheco Pereira à linguagem contemporânea, para depois escalpelizar as opções lexicais semanticamente ocas do discurso político vigente, numa crónica publicada no jornal Público e disponível também na rubrica O nosso idioma.

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Como temos vindo a assinalar, prossegue a reestruturação do Ciberdúvidas, agora com especial atenção dedicada a vários acertos informáticos. Enquanto procedemos a tais correções e alterações, é natural que o portal fique por vezes temporariamente inacessível, situação para a qual pedimos, desde já, a compreensão dos nossos consulentes. Procuraremos retomar a normalidade o mais rapidamente possível, mas, entretanto, muito agradeceremos também que todas e quaisquer anomalias eventualmente detetadas por quem nos consulte por estes dias sejam comunicadas por este endereço de correio eletrónico:

ciberduvidasdalinguaportuguesa@gmail.com .

Lembramos ainda que, não obstante o consultório ficar interrompido até ao dia 1 de setembro, damos, como sempre, livre acesso à consulta de todo o vasto  e diversificado arquivo do Ciberdúvidas, na ordem, já, dos 40 mil textos e respostas. É o caso de Com respeito às palavras, uma reflexão que deixamos disponível na rubrica O Nosso Idioma, da autoria da escritora portuguesa Hélia Correia, recém-galardoada com o Prémio Camões 2015 (ver Abertura de 22/06/2015).

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O texto já leva um ano de publicação1, mas não podia estar mais atual, nestes dias que correm do tudo-ou-nada da questão grega (ou será, antes, o do futuro da própria União Europeia?). E como foram, estão e vão ser descritos estes tempos de crise política, económica e social? Com que palavras e que sentido vão elas tomando nesta «narrativa» dominante? Que «vocabulário esmaecido» é este? Por exemplo, quando se fala de «austeridade», de «gorduras do Estado» ou de «indignação» – no caso particular, já, de Portugal –, do que se está a falar, afinal? E qual o papel de quem o reproduz, assim, tão acriticamente? Com respeito às palavras, a estas e a toda a retórica subjacente, é a reflexão que deixamos disponível na rubrica O Nosso Idioma, da autoria da escritora portuguesa Hélia Correia, recém-galardoada com o Prémio Camões 2015. Uma razão acrescida para a atualidade deste notável texto2.

1 in jornal Público de 17 de janeiro de 2014.

2 Porque vem a propósito e está igualmente muito atual, (re)leia-se também o texto A (falsa) reforma da palavra «reforma», da autoria da linguista Daniela Cordeiro.

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O consultório do Ciberdúvidas fica interrompido desde esta data, tal como fazemos sempre por esta altura do ano, férias de verão, em Portugal. E, como é também tradição no Ciberdúvidas, não deixaremos de dar aqui o devido registo do que tiver relevância noticiosa sobre a língua portuguesa, sempre que for caso disso.

Estaremos de volta, em pleno, no dia 1 de setembro – aproveitando esta pausa para alguns acertos técnicos no que ainda falta afinar na nova estrutura informática e gráfica do portal. Para eles, agradecemos desde já os reparos e as sugestões de melhoria que nos têm sido enviados para (repetimos) o endereço ciberduvidasdalinguaportuguesa@gmail.com

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Os usos da língua portuguesa têm sido fonte inesgotável para a criação de efeitos de cómico, pelo menos, desde Gil Vicente (1465?-1536?), autor que muito aproveitou a variação dialetal e socioletal para os seus autos e farsas. O sotaque e certos chavões são, por exemplo, aspetos que a generalidade de cómicos e humoristas explora – basta lembrar as muitas figuras inventadas por humoristas portugueses como Herman José ou Ricardo Araújo Pereira. Mas será possível fazer humor à volta de termos e conceitos gramaticais mais elaborados ou menos conscientes no conhecimento que temos da linguagem quotidiana? O programa brasileiro Porta dos Fundos, que o YouTube popularizou entre os falantes de português, atreveu-se a brincar com a gramática descritiva, a propósito de noções como conetor (ou conector, ou ainda, como também se diz, conetivo) e tipos de frase (declarativa, interrogativa, entre outras). O resultado foi o episódio intitulado Problemas linguísticos*, que a seguir se apresenta:

* Agradecemos ao consulente Nicolas Maia (Rio de Janeiro, Brasil) a chamada de atenção para este vídeo.

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As questões abordadas nesta atualização do consultório focam aspetos da variação inerente a qualquer língua, quer evoluindo no tempo quer diferenciando-se nos espaços que povoamos e demarcamos. Ficamos a saber, por exemplo, que amálgama já se usou apenas no masculino, mas hoje ocorre também no feminino. A propósito do topónimo Arneiroz (Ceará), descobrimos que, no Brasil, a grafia dos nomes de lugar nem sempre se subordina à regras ortográficas vigentes. Apercebemo-nos também de alguma dificuldade em emitir juízos sobre o emprego de algures e alhures, porque estes advérbios se usam raramente. Passando às demais rubricas, o Pelourinho assinala um tropeção recorrente: em lugar de meteorologia, a deturpação "metereologia", que teimosamente mancha a melhor prosa. Poderá um erro destes ser alguma vez tolerado? Menos controversa parece a mudança nas fórmulas usadas em saudações e despedidas no português falado em Portugal – é a conclusão da leitura de uma crónica que o escritor português Miguel Esteves Cardoso publicou no jornal Público e que a rubrica O Nosso Idioma igualmente acolhe.