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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

De repente, a música popular põe na moda certas expressões: é o caso do angolanismo jajão, «conversa para enganar ou convencer» – ou seja, o mesmo que lábia ou palavrório. A palavra foi agora convertida em título de uma canção cuja letra suscita ao jornalista angolano Edno Pimentel mais um comentário sobre os usos linguísticos do seu país, o qual se pode ler em crónica disponível na rubrica O Nosso Idioma (texto original publicado em 11/05/2015 no jornal angolano Nova Gazeta). No consultório, três novas questões mostram que, para falar e escrever bem, jajão não serve: que significa «troca por troca»? A locução «à parte» usa-se com preposição? Qual o plural de pequeno-burguês?

Nesta atualização, são igualmente de salientar:

– na rubrica Acordo Ortográfico (Notícias), a entrevista dada por Marisa Mendonça, diretora-executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, ao programa Fórum África (10/06/2015), da RTP África, a respeito do Vocabulário Ortográfico Comum, dos trabalhos com os vocabulários nacionais e da aplicação do Acordo Ortográfico;

– e, em O Nosso Idioma, a referência a um novo tutorial do projeto Scriptorium – Centro de Escrita Académica em Português, da Escola Superior de Educação de Lisboa, desta vez, sobre o uso de vírgulas com conjunções e conetores.

– finalmente, uma chamada de atenção, de novo, ao erro recorrente na prolação do plural da palavra acordo. Voltou a ouvir-se /acórdos/ em vez de /acôrdos/. Foi o que se ouviu nas notícias televisivas, em Portugal, sobre a privatização da transportadora aérea nacional TAP – como foi o caso concreto do ministro da Economia Pires de Lima e o do secretário de Estado dos Transportes Sérgio Monteiro. Como se pode ouvir/ver aqui e aqui.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

A partir desta data, o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa volta a estar acessível, com todas as suas rubricas ativas, incluindo o consultório, em novos servidores – os do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL). Sendo assim, à parte os anteriores e tradicionais endereços do Ciberdúvidas, que se mantêm (www.ciberduvidas.pt e www.ciberdúvidas.com), o alojamento em novo servidor, do ISCTE-IUL, acrescentou um terceiro: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt.

A mudança é considerável, tendo exigido a alteração do visual gráfico, o aperfeiçoamento da pesquisa quer de respostas quer dos textos das demais rubricas e a criação de novas funcionalidades, sempre no intuito de facilitar a consulta destas páginas. Há 18 anos dedicado a esclarecer, divulgar e debater temas da língua portuguesa, este serviço gracioso regressa, portanto, com renovada energia ao convívio de quantos querem conhecer melhor a língua que falam para a utilizar com critério e adequação.

Encontrando-se ainda esta reestruturação do Ciberdúvidas em fase de acertos informáticos, todas e quaisquer anomalias eventualmente detetadas por quem o consulte por estes dias, muito agradecemos nos sejam comunicadas por este correio eletrónico: ciberduvidasdalinguaportuguesa@gmail.com .

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Podemos anunciar o regresso do consultório no dia 10 de junho, data que também marca a passagem destas páginas para os servidores do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL). Como já explicámos, esta mudança implica alterar o visual gráfico do Ciberdúvidas, melhorar a pesquisa de respostas e artigos, bem como apresentar novas funcionalidades, no intuito de servir cada vez melhor quantos, por esse mundo fora, querem e gostam de saber sempre mais sobre o idioma partilhado, hoje, por oito povos.

Como sempre, fica, entretanto, disponível para consulta todo o vasto arquivo de respostas do consultório, a que se juntam os perto de 4 mil textos das demais rubricas. E, para assuntos que não digam respeito a dúvidas linguísticas, recomendamos a utilização dos contactos aqui indicados.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Conforme já assinalámos, o envio de questões ao consultório encontra-se suspenso e, pedindo desde já a compreensão de todos os nossos consulentes, assim ficará durante mais alguns dias, de maneira a possibilitar que o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa volte de "cara nova", mais de acordo com a energia dos seus 18 anos de atividade. Vamos atravessar, portanto, uma grande transformação, que é a de muito em breve este portal ficar alojado nos servidores do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL). Trata-se de um processo que determina alterar o visual gráfico destas páginas, melhorar a pesquisa de respostas e artigos, bem como apresentar novas funcionalidades, no intuito de servir cada vez melhor quantos, por esse mundo fora, querem e gostam de saber sempre mais sobre o idioma partihado, hoje, por oito povos. A conclusão de todo este trabalho está muito próxima, aguardando nós a todo o momento a oportunidade de podermos anunciar a data precisa da colocação em linha do  renovado Ciberdúvidas.

Entretanto, deixamos disponível para consulta cerca de 40 mil textos, entre respostas e os textos mais variados das demais rubricas. E, para assuntos que não digam respeito a dúvidas linguísticas, recomendamos a utilização dos contactos aqui indicados.

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Reagindo à maneira como, na televisão pública portuguesa, o Jornal 2 (RTP2) tratou em 11 de maio p. p. o tema da entrada em definitivo da nova ortografia no país – com uma peça jornalistica emitida também nos demais canais da RTP, eivada de imprecisões factuais e muita confusão sobre o objeto concreto do Acordo Ortográfico –, a professora universitária Margarita Correia (vice-presidente do Centro de Estudos de Linguística Aplicada-Instituto de Linguística Teórica e Computacional), entrevistada nessa em direto nessa mesma emissão, reclamou junto do provedor do Telespetador da RTP, Jaime Fernandes, que a ouviu no programa Voz do Cidadão, de 30 de maio p.p.1 Aqui  fica (e na rubrica Acordo Ortográfico) o registo das suas críticas e reparos à referida peça.

Disponível aqui.

1 Nos reparos à peça em causa, segundo a qual só Portugal aplicava o Acordo Ortográfico e apenas quatro países o tinham ratificado até à presente data (outro erro, porque se trata de seis: Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste), Margarita Correia incorreu num lapsus linguae, ao falar em ratificação,  em vez de assinatura. Foi o que aconteceu, de facto, no ato oficial, ocorrido em Lisboa a 22 de setembro de 1990, com a assinatura da aprovação do Acordo Ortográfico pelos representantes dos então sete países lusófonos (Timor-Leste, ainda não independente, só o subscreveria posteriormente, em 2004) – e não a ratificação propriamente dita. Ainda sobre esta contestação, leia-se o comentário Sobre pessoas que nunca mais devem pôr os pés na RTP. no blogue A Lâmpada Mágica, de Jorge Candeias.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Continuamente se apresenta o inglês como a língua franca da atualidade, mas o ciberespaço tem maior diversidade linguística do que poderia calcular-se e são muitas as línguas que aí se afirmam, entre elas, o português. Com efeito, um artigo – intitulado The digital language divide, ou seja, a A barreira linguística digital – do jornal inglês The Guardian revela que, no conjunto das línguas mais utilizadas no universo digital, a língua portuguesa ocupa o quinto lugar, com mais de 121 milhões de utilizadores. Essa posição corresponde a um perfil de utilização que não se confunde com o de outras línguas concorrentes; contudo, o acesso à informação pode ser deficitário, levando a lusofonia a recorrer ao inglês e a outras línguas para obter ou difundir o conhecimento em linha não recoberto pelo português. E, na verdade, revela ainda o mesmo artigo, quem escreve em português no Twitter também o faz em inglês. O multilinguismo é, portanto, uma dimensão incentivada na Internet, mas até que ponto esta capacidade não acaba por beneficiar as línguas hegemónicas e enfraquecer ainda mais o uso de línguas com menos falantes e menor capacidade de afirmação cultural e tecnológica? E que futuro terá o próprio português num espaço digital tão disputado?

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As notícias sublinham um consenso entre os participantes da conferência Português, Língua de Oportunidades, realizada pelo Diário de Notícias, em Lisboa: os líderes políticos da CPLP devem falar sempre em português perante a comunidade internacional. Pela defesa deste princípio, manifestou-se o embaixador do Brasil em Portugal, Mário Vilalva, cujo ponto de vista teve o reforço de outras intervenções; por exemplo, a do embaixador português Francisco Seixas da Costa, que considerou necessária a aposta dos países lusófonos na formação de intérpretes e na criação de instrumentos para permitir a utilização da língua portuguesa nos organismos internacionais; registem-se também as declarações de Jorge Sampaio, antigo presidente da República português, que vê urgência na inclusão do português entre o grupo de línguas oficiais das Nações Unidas. Assinale-se ainda a posição de Luís José de Almeida, embaixador angolano junto da CPLP, atribuindo ao português a função de promover a unidade e a coesão interna de norte a sul de Angola, ao mesmo tempo que pediu a Portugal e ao Brasil maior empenho na projeção da língua. Não obstante o percalço do cartaz com o programa desta conferência, sob o título genérico O futuro da língua portuguesa discutido em bom português – comentado no Pelourinho, por contraditoriamente apresentar anglicismos inúteis –, só se deseja a (breve) concretização em atos do que foi aí proferido.

Ver mais: Comunidade deve falar em português + Machete defende estudos sobre o "valor económico" da língua portuguesa + Jorge Sampaio: «Não devíamos desistir de conseguir incluir o português entre as línguas oficiais da Europa + DN prepara aposta nos países de língua portuguesa + Reformas chinesas oferecem novas "oportunidades de desenvolvimento"

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O título é do Jornal de Angola, que, algo surpreendentemente*, assim editou, na última página da sua edição de terça-feira, 26 p. p., a notícia distribuída pela agência Lusa sobre os trabalhos da X Reunião Ordinária do Conselho Científico do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), com as declarações da respetiva diretora executiva, a moçambicana Marisa Mendonça. «Em nenhum dos países» – sublinhou – «está em causa o Acordo Ortográfico. O que é diferente é o processo, as estratégias e os tempos que se prevê para a implementação plena das novas regras».

[A notícia fica disponível na rubrica Acordo Ortográfico, na íntegra, com a pormenorização, segundo a diretora executiva do IILP, do faseamento da aplicação das novas regras ortográficas do português nos países da CPLP. Nomeadamente em Portugal e no Brasil («praticamente plena», apesar da contestação de setores anti-AO num e noutro lado do Atlântico), em Cabo Verde («em processo de implementação») e em Moçambique (onde se aguarda homologação parlamentar, após aprovação governamental), enquanto em Angola ainda se está «em fase de discussão».]

* Surpreendentemente, tendo em conta algumas tomadas de posição mais virulentas dadas à estampa pelo jornal oficial angolano contra o Acordo Ortográfico mas, ao mesmo tempo, em sintonia, já, com as mais recentes declarações da coordenadora da Comissão Nacional de Angola no Conselho Científico do IILP, Ana Paula Henriques.

Por Ciberduvidas da Língua Portuguesa

Há brasileirismos que depressa se generalizam e enraízam: parece ser o caso de mesa-tenista, adotado até por certas entidades em Portugal. E outras palavras ganham significados que depois votam ao esquecimento, perdendo-se até a noção de que foram alguma vez usadas nessas aceções: é o que acontece com horizontalismo, que pode ser empregado como calão. E, quanto a espectador, que legitimidade tem a variante espetador? São estes os tópicos de mais uma atualização do consultório.

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Está de volta o programa Mambos da Língua – O tu-cá-tu-lá do português em Angola, uma parceria do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa com a Rádio Nacional de Angola, que o transmite em todos os seus canais nacionais e provinciais. Trata-se de um espaço didático de curtos apontamentos diários à volta de palavras, frases e expressões dos usos do português, escrito e falado, em Angola (ler sinopse aqui). As oito novas emissões* deste programa estão também disponíveis nestas páginas, via YouTube.

[* São estes os oito novos episódios, disponíveis desde esta data: 43.º – A origem e o significado de quinguila/kinguila; 44.º – Mulambamulemba + mukanda (três palavras angolanas parónimas); 45.º – Esquadrilha; 46.º – O plural de corrimão47.º – Sobre a crase (1) [«...ir à escola»]; 48.º – Sobre a crase (2) [a + a = à, em + a = na, etc.]; 49.º – A diferença dos plurais em português e nas línguas bantas; 50.º – Consertar ≠ concertar.]