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Pelourinho // Mau uso da língua nos media

Ai o "à séria"!...

... e logo sobre um tema tão sério

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«A iniciativa de trazer pessoas com Parkinson para este ambiente recreativo no Jumpyard Lisboa, em Carnaxide – um centro que se anuncia como sendo de “diversão à séria” –, resulta da tese de doutoramento de Josefa Domingos, que há 15 anos se juntou a Catarina Godinho no intuito de tornar as intervenções fora do ambiente clínico mais abrangentes.»

 “'A minha terapia', ou como os trampolins também podem ajudar na doença de Parkinson", Público, 16/09/2024

 
 
Na oralidade, como se vai ouvindo frequentemente nas televisões, o tropeção no "à séria", volta e meia, lá estatela o mais inadvertido. Não é o caso em cima ilustrado: um artigo, por sinal excelentemente, sobre um inovador projeto à base da ginástica e do desporto para doentes com Parkinson, especialmente afetados com a perda de mobilidade e de equilíbrio. Se a diversão e o ambiente recreativo, como se escreve na peça, é um pressuposto essencial neste tipo de intervenção fisioterapêutica, de facto, não poderia ser menos a sério esse desaustinado "à séria" na sua caracterização...
 
P.S. — No texto fala-se da «diferença abismal» na melhoria da mobilidade e capacidade de equilíbrio de um dos pacientes envolvidos nestes treinos. É outro tropeção vocabular recorrente, em vez do adjetivo abissal.
 
 
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa