Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa
Antigamente é que se escrevia bem!
Um mito da língua portuguesa

«Olhamos para o passado e, de todos os textos de quem escrevia (e eram poucos os que sabiam fazê-lo), só vemos os textos que sobreviveram ao turbilhão do tempo, só nos lembramos dos bons textos.» A propósito de certos mitos sobre o uso da língua, um artigo de Marco Neves incluído no blogue Certas Palavras em 5 de abril de 2021. Texto que se transcreve com a devida vénica, mantendo a ortografia original (a do acordo de 1945).

 

«Falta uma autoridade da língua em Portugal»
Entrevista a José Mário Costa, cofundador do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

«Nascido no início da popularização da internet – nem tivemos dúvidas quanto ao título… –, o Ciberdúvidas assume-se logo como um serviço gratuito e sem fins lucrativos, adotando uma estrutura e uma linguagem jornalísticas, o que, passados 25 anos, ainda o diferencia de todos os demais espaços na área do português surgidos, entretanto, nomeadamente no Brasil.»

Considerações do jornalista José Mário Costa, cofundador do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, em entrevista concedida à revista EntreCampus (n.º 4, maio de 2022), para assinalar os 25 anos de atividade do Ciberdúvidas. Além de se referir à história do Ciberdúvidas, aos objetivos e à natureza dos conteúdos do portal, José Mário Costa faz uma apreciação das medidas de política linguística adotadas por Portugal neste último quarto de século.

Ciência em Portugal? <i>The show must go on</i>!
Ciência, universidades e financiamento

«É iniludível o facto de que [o] florescimento científico [veriifcado em Portugal] se fez, e faz, à custa de trabalho precário e minguadamente gratificado de bolseiros e investigadores contratados a prazo» –observa a linguista e investigadora Margarita Correia, em crónica  publicada no Diário de Notícias em 30 de maio de 2022, com críticas à política de financiamento das ciências em Portugal, com resultados gravosos para os investigadores e o seu futuro profissional.

Paulina Chiziane: «No momento da guerra entre o preto e o branco, onde é que fica o mulato?»
Escrever sobre a realidade de Moçamique

«No momento da extrema dor, no pensamento mais profundo, aquele que vem na madrugada, não é em português. É o bantu. Numa primeira fase, o português acaba sendo como uma língua de trabalho e não uma língua de afecto. Depois uma e outra misturam-se.»

Entrevista conduzida por Isabel Lucas Santos a Paulina Chiziane, escritora moçambicana galardoada com o Prémio Camões de 2021. Entre vários tópicos, a autora fala da sua relação com a língua portuguesa e com a poesia de Camões, bem como acerca da experiência de abordar temas sociais numa recriação literária em contexto bilingue, em permanente contacto com as línguas bantas de Moçambique. Texto transcrito com a devida vénia do suplemento Ípsilon do jornal Público, em 27 de maio de 2022. Mantém-se a antiga ortografia de 1945, que é a adotada pelo original.

Professores(as) de Português para o século XXI
Desafios do século XXI

«Uma das políticas linguísticas mais importantes de fortalecimento e de promoção de uma língua é justamente o investimento na formação de seus professores, porque eles são agentes privilegiados, capazes de modificar a realidade que os cerca através do seu ofício de ensinar.»

Crónica que a linguista Edleise Mendes (Universidade Federal da Bahia) elaborou e leu para o programa Páginas de Português em 29 de maio de 2022.

A língua da verdade
Simplismo e propaganda sobre a guerra da Ucrânia

«Não sei. E tenho muitas dúvidas. A peculiaridade da sociedade actual é que estabelece dogmas inquestionáveis sobre incertezas extremas, porque responde em obediência absoluta às consciências nacionais e à consciência europeia. Na época que atravessamos, não entrar na política é coisa impensável.»

Artigo de opinião do professor e escritor António Jacinto Pascoal, a propósito da guerra da Ucrânia e de como a visão simplista deste conflito – democracia vs. autocracia, bem vs. mal – é condicionada pela história de ingerência política e colonização cultural movida pelos Estados Unidos, desde o final da 2.ª Guerra Mundial, na Europa e na América Latina. Transcreve-se com a devida vénia o texto saído no Público em 30 de maio de 2022, mantendo a ortografia de 1945 adotada pelo autor.

Assédio, poder e sistemas de oportunidade
Conceitos de assédio

«O assédio na Universidade [em Portugal] é de espectro largo e em alguns casos de assédio moral corresponde ao sentido da palavra no discurso militar, i. e., o que verdadeiramente o que se faz é cercar, sitiar. São casos de perseguição que duram, muitos deles, anos a fio.» – escreve o professor universitário Carlos A. M. Gouveia refletindo sobre o conceito de assédio e os seus tipos na realidade universitária. Texto incluído no jornal Público em 23 de maio de 2022 e aqui transcrito com a devida vénia.

O ensino de <i>ser</i> e <i>estar</i> em Português <br>como Língua Estrangeira
Tratamento dos diferentes usos destes dois verbos nos materiais didáticos

«O acesso a materiais autênticos produzidos na língua alvo é extremamente importante, pois auxilia o aprendente a perceber e assimilar padrões linguísticos disponíveis na linguagem do quotidiano» – alerta Inês Gama, neste apontamento sobre o ensino dos verbos ser e estar em Português como Língua Estrangeira (PLE). 

O Dia Mundial do Portinglês
Protestos contra atropelos à língua portuguesa

«Em 2019, a UNESCO decidiu proclamar o dia 5 de Maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa.[...] É, portanto, natural que nesse dia tenha aumentado o número de leitores que, confrontados com palavras estrangeiras e com as rasteiras por vezes aplicadas ao português em alguns textos do Público, enviam o seu protesto ao provedor.»

Artigo do jornalista José Manuel Barata-Feyo, provedor do Público, onde o assinou em 21 de maio de 2022, dando conta dos protestos dos leitores deste jornal contra a profusão de anglicismos nos conteúdos publicados. Texto transcrito com a devida vénia, mantendo a ortografia de 1945, seguida pelo autor.

 

 

Conto & Crônica
Fronteiras e delimitações... possíveis

Apontamento humorado do arquiteto, escritor e cronista brasileiro Eduardo Affonso na sua página do Facebook, com a data do dia 9 de abril de 2022. Transcrito a seguir, com a devida vénia, conforme o original.