Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.

Que terá esta ortografia, ainda em vigor, de tão dogmaticamente divino que não pode ser alterada?

É estranho tanto apego, até porque nenhum, das muitas centenas de escritores que publicaram as suas obras durante séculos, até 1945 (nem Gil Vicente, nem Camões, nem Vieira, nem Camilo, nem Eça, nem Pessoa...), escreveu nesta «intangível» ortografia que, aliás, sucedeu a outras, e teve uma guerrilha semelhante à de 1990. Além disso, a de 1990 já foi ratificada e decretada pelo presidente d...

Na Assembleia da República, foram apreciados e aprovados os mecanismos legais da entrada em vigor do Acordo Ortográfico nos países signatários.

Como referi no texto anterior, não é o primeiro acordo nem a primeira simplificação ortográfica a que se assiste a propósito da Língua Portuguesa.

Após a aprovação do II Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico de 1990, quase por unanimidade pela Assembleia da República (com abstenções de política partidária e votos contra mínimos), a querela sim ou não deixou de se justificar; mas, a verdade é que, no rescaldo, alguns opositores ao acordo não ficaram bem, nos seus argumentos inconsequentes. Muitos usaram as meias verdades que têm desacreditado o contraditório político; outros, parecia desconhecerem em pormenor o texto do novo acordo.

E depois do Acordo

No dia da aprovação  pelo parlamento português do II Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico, o jornal "Público" dedica espaço alargado a este assunto, dando conta, entre outros aspectos, de como alguns editores, numa primeira fase, pensam lidar com as alterações gráficas.

 

Deputados dão hoje "luz verde" a acordo controverso

Quem vai começar a aplicar o acordo?

«Acordo Ortográfico é uma medida pragmática», diz Malaca Casteleiro

O "pai" do Acordo Ortográfico defende que a unificação do português é uma medida de pragmatismo que visa acima de tudo promover a língua portuguesa no mundo. Para Malaca Casteleiro, «no plano da lusofonia interna é lamentável que não exista um acordo», contribuindo para situações que não passam uma boa imagem. «A língua portuguesa é a única com duas variantes que têm que ser traduzidas nas Nações Unidas», refere.

A partir do momento em que o Acordo Ortográfico for aprovado, ratificado pelo Presidente da República e publicado em Diário da República, o que é que esperamos para o aplicar? Muito depende das instituições do Estado — sistema de ensino e documentos oficiais. Mas a sociedade civil também tem um papel. Editoras e jornais, o que farão?

Como será nas escolas?

Com os votos de PS, PSD, Bloco e CDS, e a abstenção do PCP, o acordo tem aprovação garantida; mas, mesmo assim, vão ouvir-se críticas

O Acordo Ortográfico, que será hoje [dia  16 de Maio de 2008] discutido e votado na Assembleia da República, continua longe de ser um tema consensual — mesmo no PS há vozes discordantes, a começar pela de Manuel Alegre. No PSD, Zita Seabra é a crít...

Vasco Graça Moura escreveu um poema celebrando o sexto aniversário do blogue de Pacheco Pereira, cujo título é Abrupto, e aproveitou a ocasião para lhe lamentar a queda do p pelo novo acordo ortográfico, jurando que havia de pôr luto se o abrupto ficasse abruto. É bonito, sim, senhor. Mas não é verdade: o p em abrupto não é uma consoante muda e, pronunciando-se, continuará na palavra escrita.

Deixar ao livre-arbítrio de cada cidadão a escolha da grafia é completamente absurdo

Deverá ser [dia 16 de Maio de 2008] votada na Assembleia da República uma proposta de resolução aprovada pelo Governo [português] que poderá levar o Acordo Ortográfico de 1990 a ter força de lei. Apesar de não ser o Acordo que vai ser apreciado, mas apenas os mecanismos legais da sua entrada em vigor nos países signatários, ...

Mais do que um simples aeroporto

O manifesto Em Defesa da Língua Portuguesa foi colocado em linha na Internet no dia 2 de Maio e entregue na Assembleia da República no dia 8, em audiência para o efeito concedida por Jaime Gama.

Já contava então 17 300 assinaturas, o que é um número recorde para seis dias. No momento em que escrevo, domingo, 11 de Maio, pelas 12:00, já foram ultrapassadas as 25 500!

Convém, por isso, explicar as razões por que o documento continua e continuará em linha para recolha de assinaturas: