Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.

Em entrevista ao programa “Diga lá, Excelência”, do jornal “Público” e da Rádio Renascença, conduzida pelos jornalista  Maria José Oliveira e Paulo Magalhães, emitido  pela RTP 2 no dia  15 de Junho de 2008, o Prémio Nobel da Literatura José Saramago mostrou-se a favor do Acordo Ortográfico, conquanto confesse já não ter idade para deixar de escrever como escreve….

As reedições das suas obras vão ter de aplicar o Acordo ortográfico. O que lhe parece?

Uma recapitulação útil

Sendo a língua portuguesa um bem constitucionalmente protegido, quer no seu papel identitário quer no que toca ao património cultural do nosso país (art.º 9.º, e) e f) e 78.º, c) e d) da Constituição), o Acordo Ortográfico (AO) virá a causar-lhe lesões profundas, afectando-a de maneira decisiva, irreversível e inaceitável em Portugal, com a consequente violação da lei fundamental, do interesse geral e dos direitos dos cidadãos.

Uma estratégia simples

Há poucos anos contava-me um colega que tinha chegado lá ao departamento universitário um diploma brasileiro com um pedido de equivalência. Na reunião em que se falou do assunto, alguém olhou para o processo e reagiu: Universidade de Campinas?! Os brasileiros inventam com cada uma, eheheh, não sei que universidade é esta. Suponho que hoje fosse mais fácil explicar aos colegas de que universidade se tratava...

Suspendi o juízo sobre se o Acordo Ortográfico serve bem ou mal a expansão do português e fui ver o que nas cartas ao editor, nos comentários a artigos online e nos blogues se diz sobre o tema.

Encontrei um dizer dominante: assinou-se o Acordo só pelo negócio, uma motivação aviltante e ignóbil, que atinge irreparavelmente valores e princípios.

Com [este] texto, encerra-se uma breve apresentação do essencial sobre o Acordo Ortográfico, que tanta tinta tem feito correr.

Já aqui se focou um dos aspectos da simplificação da ortografia, o da supressão das consoantes mudas ou não articuladas, numa linha de continuidade com o que acontecera em 1945, mas indo mais longe, não levando em conta a influência dessas consoantes no timbre das vogais anteriores (a abertura das vogais a, e e...

O fascismo está inscrito na mentalidade portuguesa. Mal se fala da língua portuguesa, desata-se a usar maiúsculas, a falar da pátria, da expansão e só não se fala da conquista e colonização de outros povos porque nos tempos que correm isso é um bocadito excessivo. Como acontece com todas as mentalidades fascistas, ergue-se um facho não apenas para ser seguido cega e acriticamente, mas também para esconder as misérias. Itália era uma miséria europeia, quando inventou a força do fascismo e o or...

Em favor da revisão do Acordo Ortográfico:  <br> três ordens de razões

Compreendo que o Governo português tem um compromisso político-diplomático, assumido em 2004 pelo Governo de então, que dificilmente lhe permitiria não ratificar o II Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico, independentemente de discordâncias que porventura tenha quanto ao seu conteúdo. Certamente por isso, e não apenas por questões de carácter pragmático ligadas à sua implementação no terreno, a pre...

O estudo encomendado pelos Ministério da Educação e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal sobre a expansão do português no mundo [cf. 200 milhões de falantes do português aquém da sua efectiva influência internacional] justificou este artigo crítico do escritor, poeta e eurodeputado Vasco Graça Moura no Público do dia 29 de Maio de 2008. E, depois, esta esta réplica do coordenador desse estudo, o professor universitário Carlos Reis.

Insiste-se numa Ota ortográfica

 

O autor responde a Carlos Reis, coordenador de um estudo sobre a situação da língua portuguesa no mundo. Réplica da Carlos Reis aqui.

 

 

Leio no Público a notícia sobre os resultados de um estudo sobre a situação da língua portuguesa orientado pelo meu amigo Carlos Reis e noto em especial a afirmação de que «neste momento, não há muitas condições para o Português ser uma língua de ciência, e querer fazer dele uma língua de negócios também é um pouco uma miragem».

Uma vitória de Pirro

O manifesto Em defesa da língua portuguesa vai a caminho das 50 000 assinaturas. Espera-se poder apresentá-lo ao Presidente da República com este número já excedido. É altura de reflectir sobre o que significa a aprovação parlamentar do segundo protocolo modificativo do Acordo Ortográfico.