Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.
Enquanto combatemos o novo coronavírus, <br>o velho “ortogravírus” não pára
«...Só em Portugal é que há “infetados” em vez de infectados»

 

«Sabem o que é o “impato” da pandemia? Ou a propriedade “inteletual”? Ou os “artefatos” que a PJ encontrou? Ou a “seção” do talho? Ou o “fato de não irem” sabe-se lá onde? Ou alguém ter ficado “estupefato” com alguma coisa? Se não sabem, deviam saber. São alguns dos recentes efeitos de um vírus que se instalou na escrita portuguesa (mas também na fala: esta semana, na televisão, alguém falou em “adetos” de um clube) e não há maneira de ser erradicado. Está um pouco por todo o lado, desde o oficialíssimo Diário da República aos jornais e à televisão.»

[Artigo* do jornalista português Nuno Pacheco, crítico recorrente do Acordo Ortográfico de 1990 – cujo contraponto, "Sebastianismo ortográfico", da autoria  jurista Vital Moreira, deixamos igualmente transcrito, aqui. Cf. "O Acordo Ortográfico em tempos de pandemia".]

*in Público no dia 16 de abril de 2020.

 

Sebastianismo ortográfico
A propósito da escrita de infeção no português europeu

 «Confesso que não deixo de admirar a pequena tribo de opositores ao Acordo Ortográfico, os quais, passados mais de dez anos sobre a sua vigência e a sua aplicação generalizada – o que o torna irreversível –, continuam a pugnar pelo regresso à antiga ortografia, com a mesma convicção com que os sebastianistas esperavam o regresso de D. Sebastião.

O caso é tanto mais de admirar, quanto eles insistem sem desfalecimento num pequeno menu de argumentos, em geral de uma enorme fragilidade, como se deduz de mais uma peça de um dos seus mais empenhados ativistas, Nuno Pacheco, no Público, um dos poucos periódicos que se mantém fiel à antiga ortografia.»

[Texto* do autor, rebatendo o artigo "Enquanto combatemos o novo coronavírus, o velho "ortogravírus não pára". Cf. "O Acordo Ortográfico em tempos de pandemia"].

* Publicado no dia 17 de abril de 2020 no blogue Causa Nossa.

 

Várias lusofonias, uma grafia
A urgência de um entendimento

«Não existe apenas uma lusofonia, mas várias. Grafar as palavras da mesma maneira (...)  não impede a expressão dessa diversidade: consolida-a e expande-a» – escreve neste artigo o jornalista, escritor e ex-ministro da Comunicação Social angolano João Melo, em texto publicado em 15 de fevereiro de 2020 no Diário de Notícias.

 

A avaliação do parlamento português ao Acordo Ortográfico de 1990

Texto de D'Silvas Filho sobre a Avaliação do Impacto do Acordo Ortográfico de 1990, do Grupo de trabalho da Assembleia da República. O texto completo está disponível na página pessoal do autor.

Iniciativas dilatórias de aperfeiçoamento no A090
Sobre a I Reunião do COLP

Comentário de D´Silvas Filho à primeira reunião do Conselho de Ortografia da Língua Portuguesa (COLP)

Será possível aperfeiçoar o novo acordo?
7 pilares para uma boa e adequada ortografia
A lexicógrafa portuguessa Ana Salgado reúne, neste artigo de síntese*, um conjunto de propostas que visam o aperfeiçoamento do Acordo Ortográfico de 90, que se vêm juntar às que têm sido apresentadas por especialistas. As reflexões e as alterações que daí poderão advir terão, necessariamente, de ser feitas no âmbito de ação do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), dado o cariz multilateral que enquadra a nova reforma da escrita do português
 
 *crónica  assinada pela autora no número de julho de 2019 da revista Gerador e também disponível na versão eletrónica desta publicação (rubrica Afiar a Língua, em 31 de julho de 2019).
Angola pode adotar o Acordo Ortográfico em 2024
Ratificação entre os projetos da política linguística angolana

Angola projeta a elaboração de um vocabulário ortográfico nacional e da terminologia da administração pública, para um horizonte temporal de cinco anos, segundo declarações da responsável pela Comissão Multissectorial para a Ratificação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Fonte: notícia publicada em 30 de julho de 2019 no Jornal de Angola.

A questão ortográfica e a política de língua em Angola
Duas visões divergentes

Serão as tendências de evolução do português falado e escrito em Angola compatíveis com o Acordo Ortográfico de 1990? Duas respostas à questão que estão longe da convergência.

Na imagem, a Assembleia Nacional angolana.

O acordo errográfico
A questão da norma do português em Angola

A situação linguística de Angola revela especificidades que inviabilizam a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, daí que, em vez de o discutir constantemente, o melhor será pensar primeiro em definir uma norma angolana da língua portuguesa, capaz de ser ensinada nas escolas e usada pela administração. Tal é a posição que o jornalista e escritor José Luís Mendonça defende no artigo que assinou em 18/06/2019 no Jornal de Angola.

 

[vide o contraponto a esta tomada de posição: "A urgência na ratificação do Acordo Ortográfico", da autoria de Jonuel Gonçalves.]

 

Na imagem, a serra da Leba e a estrada sinuosa que a percorre (província de Huíla, Angola).

A urgência na ratificação do Acordo Ortográfico
O caso de Angola

Em Angola, tem força a corrente de opinião que encara com muitas reservas, se é que não recusa, a adoção do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 (AO). Contrariando esta posição, o professor, escritor e pesquisador histórico Jonuel Gonçalves, em artigo publicado no dia 20 de janeiro de 2019, no Jornal de Angola, considera que o AO 90 é um instrumento de aproximação entre países, que no caso angolano traz até vantagens para o registo da toponímia e demais onomástica angolana de origem banta.  

[Vide o contraponto desta tomada de posição: "O acordo errográfico", da autoria de José Luís Mendonça.]