Controvérsias // Género As “fake news” na linguística A categoria de género no funcionamento das línguas «O que ocorreu na verdade, como já expus várias vezes, é que o latim tinha três gêneros, masculino, feminino e neutro. E podia, eventualmente, fazer a concordância plural no gênero neutro. Só que, por razões meramente fonéticas, o gênero neutro e o masculino se fundiram no latim vulgar ainda antes da passagem do latim ao português. Portanto, o gênero masculino assumiu as funções que antes eram do neutro.» Apontamento do linguista brasileiro Aldo Bizzocchi, publicado na sua páginna no Facebook, Diário de um Linguista, com a data de 24 de maio de 2023. Aldo Bizzocchi · 2 de junho de 2023 · 2K
Controvérsias // Género Sobre a linguagem e as identidades LGBTQIA+ Um inicial artigo no jornal Público do político e historiador português José Pacheco Pereira (Porque é que “todes” não é todos, nem todas?), questionava «a selva de classificações e as respetivas gavetas [da] obsessão pelas identidade» da chamada linguagem LGBTQIA+. Respondeu-lhe a psicóloga clínica e psicoterapeuta Joana Cabral (Mais categorias não nos excluem, aumentam-nos), com réplica no texto intitulado "Anjos, arcanjos, querubins e serafins". E, depois, a socióloga portuguesa Cristina Roldão (Ainda sobre o debate em torno da linguagem inclusiva). Toda esta controvérsia aqui, aqui, aqui e aqui. 21 de julho de 2022 · 1K
Controvérsias // Género Ainda sobre o debate em torno da linguagem inclusiva A importância da palavra nas lutas étnico-raciais e LGBTQIA+ «Na crítica à linguagem inclusiva — escreve neste artigo * a socióloga portuguesa Cristina Roldão — reiteradamente se acusa o movimento antirracista e LGBTQIA+ de um suposto esquecimento das desigualdades socioeconómicas, mas depois nada se avança sobre elas. Ora, uma real preocupação com as desigualdades socioeconómicas que tocam as vidas das pessoas racializadas e LGBTQIA+ deveria tornar evidente o porquê da importância da luta pelas palavras.» *in jornal Público do dia 21 de julho de 2022 Cristina Roldão · 21 de julho de 2022 · 2K
Controvérsias // Género Anjos, arcanjos, querubins e serafins O discurso do excesso identitário, «censório e intimidatório» Réplica* do político e historiador José Pacheco Pereira aos artigos que contestaram o que escreveu no jornal Público, no dia 9/07/2022 — e aqui transcrito —, intitulado Porque é que "todes" não é todos, nem todas? Sobre esta polémica suscitada à volta da linguagem inclusiva decorrentes, entre outros, dos termos «não binária», queer, trans, LGBTI-Fobia, gay e «expressão de género», cf., em contraponto, o artigo Mais categorias não nos excluem, aumentam-nos, da autoria psicóloga clínica e psicoterapeuta Joana Cabral. * in jornal Público do dia 16 de julho de 2022. O autor escreve segundo a norma ortográfica de 1945. José Pacheco Pereira · 18 de julho de 2022 · 2K
Controvérsias // Género Linguagem não-binária: pró e contra A propósito emprego do termo "todes" A polémica nasceu no Brasil com a adoção, pelo recém-reaberto Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, do pronome neutro (sem género) nos seus perfis nas redes sociais, com um post em que aparece grafado o termo "todes", em vez de todos ou de todas. Cf. Linguagem não-binária: o reconhecimento de um grupo dentro da língua portuguesa vs. Identitários são pequenos tiranos e negacionistas da cultura e da língua portuguesa. 11 de agosto de 2021 · 3K
Controvérsias // Género Linguagem não-binária: o reconhecimento de um grupo dentro da língua portuguesa Sobre a palavra “todes", em vez dos pronomes «todos» e «todas» A reabertura do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, trouxe à tona discussões sobre a adesão do espaço cultural à linguagem não-binária. Artigo transcrito, com a devida vénia, do jornal brasileiro Folha de Pernambuco do dia 9 de agosto de 2021. Manteve-se a especificidade ortográfica do original. Cf. Vide, como contraponto deste ponto de vista, o artigo Identitários são pequenos tiranos e negacionistas da cultura e da língua portuguesa cultura e da língua portuguesa + Secretário especial da Cultura do governo de Bolsonaro critica o emprego de "todes" no Museu da Língua Portuguesa + Linguagem não-binária: pró e contra Bruno Vinicius · 10 de agosto de 2021 · 3K
Controvérsias // Género Identitários são pequenos tiranos e negacionistas da cultura e da língua portuguesa Sobre o termo "todes" usado no Museu da Língua Portuguesa «A obsessão pela busca de uma língua “neutra”– escreve o autor, neste artigo transcrito do portal brasileiro R7, do dia 9 de agosto de 2021 – frequentemente esbarra no ridículo – e na mais absoluta inutilidade. Na verdade, querem contemplar questões de gêneros – que não param de se multiplicar.» Cf. Vide, como contraponto deste ponto de vista, o artigo Linguagem não-binária: o reconhecimento de um grupo dentro da língua portuguesa + Linguagem não-binária: pró e contra + Secretário de Estado da Cultura brasileiro diz que Museu da Língua Portuguesa vandaliza cultura ao usar 'todes' Marco Antônio Araújo · 10 de agosto de 2021 · 3K
Controvérsias // Género «A gramática não tem sexo, não é inclusiva nem exclusiva» Linguista mexicana contesta as teses sobre sexismo linguístico A linguagem inclusiva tem concentrado as preocupações de organismos governamentais na maior parte dos países de línguas românicas. Contudo, ouvem-se críticas até de linguistas, como a que a linguista mexicana Concepción Company Company desenvolve numa entrevista à revista Zeta em 25/02/2019. Enrique Mendoza Hernández/Concepción Company Company · 3 de abril de 2019 · 4K
Controvérsias // Género Os sem palavras A neutralidade linguística de termos e expressões é uma posição que tem sido procurada em muitos meios, sendo comum a diversas línguas. Estará esta opção a forçar o aparecimento de perífrases e de expressões redondas, que procuram evitar ferir qualquer suscetibilidade em qualquer domínio? Neste texto, a comentadora política portuguesa Helena Matos deixa-nos a dúvida. (Artigo originalmente publicado no jornal original Observador, que aqui se reproduz com a devida vénia) Helena Matos · 13 de janeiro de 2019 · 2K
Controvérsias // Género Senhora Presidente O caminho que vai do erro à norma é longo e irregular, tão longo e irregular como a história dos povos. No sistema não unitário que é uma língua, entrecruzam-se diversos subsistemas resultantes de situações sociais, históricas, culturais e geográficas também diversas. Lindley Cintra e Celso Cunha, na Nova Gramática do Português Contemporâneo, distinguem «três tipos de diferenças internas que podem ser mais ou menos profundas: Teresa Álvares · 8 de agosto de 1997 · 6K