Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Polémicas em torno de questões linguísticas.
Porquê <i>jiadista</i>, e não

Versão integral da carta enviada ao semanário Expresso, que a publicou (com cortes de vários extratos) na edição de 25 de outubro de 2014 – em resposta ao que escrevera uma semana antes a colunista Ana Cristina Leonardo, no caderno Atual, sobre o Ciberdúvidas e o que aqui se recomendava quanto à grafia “jihadista"/jiadista. Acrescentou-se, no fim, uma nota a este esclarecimento.

 

<i>E pur si muove!</i>

«Burocratas lexicológicos» são os que advogam o correto aportuguesamento para a palavra jiadista, em vez da forma anglicizada "jihadista" – sustenta a autora, nesta crónica publicada no caderno "Atual" do semanário "Expresso" de 18/10/2014, visando asperamente o Ciberdúvidas.

[Cf. O contraponto desta polémica em: Porquê jiadista, e não "jihadista".]

 

 

Razões q.b. para recusarmos o barbarismo

Transcrito numa notícia do Público de 12/08/2014, o emprego do barbarismo “precaridade” (em vez da forma recomendada: precariedade) num relatório do Tribunal de Contas português, desencadeou várias intervenções, tanto no jornal em causa como no jornal i. A saber:

1) Uma referência do provedor do leitor do Público, dando conta do erro assinalado por um leitor: Pois, pois.

(...)

A crónica do autor publicada no jornal “i” do dia 23 de agosto de 2014, sobre o emprego das aspas tinha uma referência ao barbarismo “precaridade”, (mal) empregado num relatório do Tribunal de Contas português. Dicordante da crítica, o seu diretor-geral alegou a sua atestação dicionarística (ver em baixo1) – e, daí, o seu uso comum. É exatamente ao contrário, como se comprova a seguir.

 

Precariedade... por mais que haja quem a ponha em causa

«Baseado nas fontes por mim adoptadas (Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa, no S.O.S. Língua Portuguesa, da autoria de Sandra Duarte Tavares e Sara de Almeida Leite) escreveu o provedor do jornal “Público”, na edição do dia 24/08 –, malogrei na convicção de que a forma correcta era “precariedade”. Afinal, as duas formas são admitidas.»

Polémicas linguísticas

«(...) Tanto bastou para [me] caírem várias reprovações de leitores, todos eles exibindo a favor da sua “tese” imensos autores credenciados, admitindo que a única forma correcta era a de precariedade

 [Sobre esta controvérsia, ver ainda: Precariedade “versus” “precaridade”Precariedade, sem aspasPrecariedade... por mais que haja quem a ponha em causa]

(...)

Não se fala... não existe

«Desde 1976 – escreveu Vasco Pulido Valente no jornal português “Público” [“Merecidos vexames”, 26 de julho de 2014] – nenhum Governo se ocupou seriamente da defesa da língua. O Dicionário da Academia de Ciências não passa de uma triste imitação do Oxford Shorter, não há uma gramática decente e aces...

«Não têm vergonha cívica <br> de apoiar iniciativas diletantes?»

Declarações prestadas pelo linguista Ivo Castro ao mensário português “JL” de 8 de julho de 2014, no âmbito do dedicado neste número às Comemorações Oito Séculos de Língua Portuguesa (“Comemorar para dar visibilidade”), a pretexto da celebração dos 800 anos do Testamento de D. Afonso II, terceiro rei de Portugal. Transcrição, com a devida vénia,  do formato, em entrevista, pergunta/resposta, colhido no Facebook do professor universitário Fernando Venâncio.

A língua portuguesa tem mais de 800 anos!

Artigo da principal dinamizadora das Comemorações "8 Séculos de Língua Portuguesa", onde sublinha o que, de facto, se celebrou no dia 27 de junho de 2014 como tem sido repetidamente referido, aqui, no Ciberdúvidas.

 

 

A velhíssima mãe e os seus diferentes filhos

Reflexões do jornalista Nuno Pacheco a propósito da celebração da passagem de oito séculos sobre o primeiro documento oficial em português, o testamento de D. Afonso II, retomando a sua frontal discordância com o Acordo Ortográfico de 1990.

 

É sempre ingrato falar de algo tão usual como a língua, mas talvez seja por muito falarmos dela, com euforia e sem tino, que a ela sempre voltamos, como náufragos sem madeiros que nos valham num mar imenso. Vamos, pois, à língua e aos seus futuros.