O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
História das línguas de Lisboa
Do Terramoto ao século XXI

 «A cidade [de Lisboa] tem camadas – vestígios fenícios reutilizados em ruínas romanas, um castelo medieval reinventado no século XX, avenidas traduzidas do francês, a Baixa de ideias iluministas – como as tem a língua: também o português se ensopou das várias línguas com que foi contactando.»

Artigo do professor universitário e tradutor Marco Neves publicado no blogue Certas Palavras em 15 de maio de 2022, a respeito da história linguística da cidade de Lisboa, do Terramoto de 1755 até à atualidade.

 

História das línguas de Lisboa
(antes de Portugal)

«Há 7000 anos, quem vivesse à volta do estuário do Tejo ouviria palavras de viajantes de outras zonas da Ibéria, que falariam [várias] línguas antigas. Não seria impossível encontrar falantes do basco da época, do tal ibérico, de línguas mais próximas que hoje não têm nome — e ainda palavras das línguas do Norte de África. Não se ouviria, certamente, uma só língua. É difícil reconstruir a paisagem linguística desses tempos. Temos apenas vislumbres.» 

Texto do tradutor e professor universitário Marco Neves, dedicado à história das línguas que se falaram em Lisboa, das mais remotas, pré-indo-europeias, até à implantação medieval do galego-português na cidade que veio a tornar-se a capital do reino de Portugal. Transcreve-se com a devida vénia o artigo publicado no blogue Certas Palavras em 6 de março de 2022, mantendo-se a grafia do original, que segue a norma ortográfica de 1945.

 

Latim nosso que estais na Terra!
Uma língua que assentou arraiais na nossa vida

«O latim está na génese da nossa língua e de tantas outras línguas novilatinas (italiano; castelhano; galego; francês; provençal; catalão; romeno, corso, sardo, rético). Daí a semelhança entre muitas das palavras destes idiomas, como podemos observar no verbo perdoar» – sublinha a autora deste artigo, Cristina Fontes, publicado no dia 21 de novembro de 2021, no Correio do Minho, onde reflete sobre a importância e a presença do latim nos dias que correm.

 

Qual é a origem da linguagem humana?
Reflexão sobre a linguagem da espécie humana.

Ainda a propósito da comemoração do Dia Europeu das Línguas, transcreve-se um excerto do capítulo 4 («2 000 000 a. C. | A origem das línguas») do livro História do Português desde o Big Bang (Guerra e Paz, 2021) de Marco Neves, em que se reflete sobre se a linguagem da nossa espécie é diferente de todas as outras e acerca do modo como surgiu.

Fernão de Oliveira: a «primeira anotação da língua portuguesa»
Sobre a Grammatica da Lingoagem Portuguesa de 1536

«Na Grammatica da Lingoagem Portuguesa [publicada  em 1536] Fernão de Oliveira [1507-1567] descreve a língua da época, o português clássico, que se caracteriza pela normalização e estandardização do idioma, em flagrante contraste com o período antecedente, o do português arcaico, que corresponde a uma fase de intensa evolução.» Apresentação da linguista Maria Clara Barros (Faculdade de Letras da Universidade do Porto), marca assim o lançamento da edição fac-similada da primeira gramática da língua portuguesa na Colecção Tesouros das Bibliotecas, uma iniciativa do jornal Público no ano de 2021.

CfGrammatica da Lingoagem Portuguesa, na Montra de Livros

Quem deu o nome ao português?

Apontamento do professor universitário, escritor tradutor Marco Nevestranscrito, com devida vénia na página do Facebook Língua e Tradição, com a data de 31 de agosto de 2021. Manteve-se a norma ortográfica de 1945 do original.

 

 

Como pôde o português castelhanizar-se, e sobreviver?
A dinâmica da língua a partir do século XV

Vídeo da sessão da Classe de Letras da Academia de Ciências de Lisboa (ACL) que, intitulada "Como pôde o português castelhanizar-se, e sobreviver", se realizou em 14 de janeiro de 2021 e teve como orador o linguista e crítico literário Fernando Venâncio.

Deturpações populares
Erros com colesterol, vistoria e casa geminada, entre outros casos

«Há algumas deturpações populares que são fáceis de perceber, embora com uma irreprimível vontade de rir quando as ouvimos na presença de quem as diz sem pestanejar» – começa assim este apontamento do professor João Nogueira da Costa a respeito de certos termos – colesterol, vistoria e casa geminada – alterados por ação de falantes menos conhecedores, que os distorcem por analogia e alteração fonética.

Publicação do mural do autor no Facebook, em 8 de agosto de 2019.

Entre o Céu e o Inferno
Etimologia e visões religiosas

«Em termos da nossa tradição judaico-cristã, há uma Terra, um Céu e um Inferno (o Cristianismo considera uma quarta instância, o Purgatório)» – diz o linguista Aldo Bizzocchi num apontamento dedicado à etimologia não só das palavras céu e inferno em português mas também dos termos correspondentes noutras línguas.

Artigo publicado no blogue Diário de um Linguista em 2 de fevereiro de 2021.

Os luso-africanos
Descolonização, relações interétnicas e terminologia

«(...) A Senegâmbia abrange uma zona cultural importante, compreendendo os atuais SenegalGâmbia e Guiné-Bissau, com foco central na Casamance, onde contactos intercomunitários foram frequentes. Os luso-africanos mencionados por Jean Boulegue integraram-se ao longo do tempo nas sociedades da região e hoje a sua presença histórica aparece em nomes de algumas famílias, da própria Casamance (do português Casa Mansa) e, mais para norte, da localidade de Joal-la-portugaise, onde nasceu Leopold Sedar Senghor [1906-2001], principal teórico da negritude e primeiro presidente do Senegal (...).»

[Artigo do economista e escritor Jonuel Gonçalves incluído em 21 de julho de 2020 na edição eletrónica do jornal Público, à volta do colonialismo português em África, da descolonização, de relações interétnicas e da terminologia associada.]