O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
O português a saque
O escrever mal e o falar pior nos media portugueses

« [U]ma novilíngua orwelliana parece querer substituir o português. É uma mistura de chavões, tiques de linguagem, modismos e palavras contrabandeadas do inglês aprendido à pressa.» Um diagnóstico do jornalista Rui Cardoso relativamente à qualidade linguística da oralidade e da escrita em ambiente universitário ou na comunicação jornalística. Artigo publicado na "Revista E" do semanário Expresso em 1 de abril de 2021.

«Quão expectável é?»
As construções «é suposto» e «é expectável»

«Em inglês tem de se dizer we're supposed to go to the theatre. Mas, por retroacção sintática do «é suposto», ouço portugueses a dizer em inglês, erradamente, "it's supposed that we go to the theatre".» Em crónica incluída na edição de 30 de março de 2021 do jornal Público, o escritor Miguel Esteves Cardoso  debruça-se criticamente sobre a moda do «é suposto» e do «é expectável».

 

Apóstrofo’s vadio’s
Um uso erradíssimo nos plurais das siglas

O apóstrofo tem regras simples em português, mas aparece erradamente associado às siglas para marcar o plural, ao que parece, imitando um mau uso do inglês. Uma carta  do tradutor Elysio Correia Ribeiro a dar contada situação deixa o escritor português Miguel Esteves Cardoso perplexo, porque é «muito fácil colocar correctamente o apóstrofo» e «nem é preciso comprar livros». Crónica incluída no Público de 25 de junho de 2020, que adiante se transcreve com a devida vénia (manteve-se a ortografia do original).

 

Explique por palavras suas
Falar ou escrever para não se fazer entender

Na comunicação social, na esfera académica ou na vida administrativa, circulam muitos textos pouco ou nada inteligíveis. Será problema de quem lê, por ignorância, ou de quem fala ou escreve, para disfarçar incompetência e esconder propósitos inconfessáveis? A linguista Ana Sousa Martins, coordenadora da Ciberescola da Língua Portuguesa, critica a falta de clareza de linguagem em crónica difundida na rubrica "Cronigramas", do programa Páginas de Português, emitido no dia  de 7 de julho de 2019.

Saber escrever antes e depois do Acordo Ortográfico

«Saber escrever e falar português – lembra neste texto a professora Lúcia Vaz Pedro – é uma obrigação de qualquer falante minimamente escolarizado e respeitador da sua própria imagem perante terceiros – siga a norma ortográfica que seguir.»

É Natal, é Natal, mas a língua leva a mal
Cinco erros recorrentes em tempo natalício

Pais Natal, filhoses, bolos-rei, perúglicémia: cinco exemplos de erros de português muito comuns nesta época do ano – apontados pela professora Sandra Duarte Tavares, em artigo transcrito da edição digital da revista Visão do dia 12 de dezembro de 2018. 

Errar é humano e fácil

«A língua portuguesa é um terreno fácil para erros ortográficos. São esses os que mais se notam, mas não são os únicos que os portugueses cometem com facilidade.» Os mais comuns é o que se aponta neste artigo da jornalista Carolina Reis, com infografia de Carlos Estves. publicado na Revista do semanário "Expresso" do dia 14 de outubro de 2017.»

Português, língua estrangeira?
«(...) Os atropelos à língua, a falada pelos leitores de teleponto e a escrita nos rodapés da televisão, provocaram-me maiores agonias do que as queixas hepáticas motivadas pelos excessos festivos. Não foram só os erros ortográficos e o mais absoluto desprezo pelas regras de concordância de género, número, tempo ou modo. (...)»
 
[artigo publicado no diário português "i" de 06/01/2017]
Até que o vós me doa

Crónica do humorista Ricardo Araújo Pereira sobre o desuso em Lisboa – e não só... – da segunda pessoa do plural, do imperativo e conjuntivo... substituídos por «uma mixórdia linguística».

Caça ao homem

«Se a expressão "passar tudo a pente fino" é inócua, embora repetida por tudo e por nada, e “desactualizada” face a outros modos de procurar minuciosamente alguém ou algo, já «a caça ao homem» me parece, em tese, uma asserção indecorosa, feia, indigna, seja qual for o tipo de “caça” e seja quem for a pessoa, mesmo que, presumivelmente, assassina e cruel. Há outras formas de dizer o mesmo, como sejam busca, procura ou até perseguição. (...)»

 

[António Bagão Félix, "Público" do dia 21 de outubro de 2016]