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Em português, se faz favor

Em português, se faz favor apresenta-se como não sendo «... uma obra para especialistas...» mas, sim, para «... todos os falantes comuns que querem, e precisam, exprimir-se melhor em português...»1. Entre muitas outras questões, o leitor encontra esclarecidas dúvidas quanto à pontuação, à regência verbal, à ortografia e à formação do plural. Nada de novo, tratando-se, pois, de mais um livro de alguns dos erros e confusões mais comuns, no seguimento daquilo que tem vindo a ser publicado mais recentemente em Portugal (vide Textos Relacionados, ao lado).

A diferença em relação aos trabalhos já anteriormente editados está na génese da análise das reflexões do autor, organizadas em verbetes ao longo de 11 capítulos, a partir de um «caso real, certo ou errado, mas habitualmente errado, para concluir com o que é correto»2. Nestas conclusões do que é certo e errado, o livro vai sendo polvilhado de citações e referências bibliográficas que, além de avalizarem os respetivos esclarecimentos, convidam, naturalmente, à curiosidade do leitor mais interessado na consulta dessas obras. Pena que essa informação fique seriamente prejudicada com a inexistência de uma bibliografia minimamente estruturada, que nem o exaustivo índice alfabético e remissivo atenua. Só dois exemplos: quais foram as fontes consultadas para as abonações de José Neves Henriques, sobre a grafia da numeração romana3, e de D´Silvas Filho, no verbete mãos-largas4?

 

Sara Mourato

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1 Pág. 21.

2 idem, ibidem.

3 Pág. 107.

4 Pág. 217.

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