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Palavras que Falam por Nós

À descoberta das raízes da nossa língua e das histórias que as palavras contam

Para escolhermos  a palavra certa, apropriada ao que queremos dizer e à situação concreta a que ela diga respeito, importa conhecer as suas raízes históricas – é o  foco central desta obra da autoria do professor universitário português  Pedro Braga Falcão, sob a chancela da editora Clube do Autor.

E é nesse mergulho do que nos chegou do latim, do grego ou do indo-europeu que vamos sendo lembrados do poder das palavras, de que elas nos podem enganar, ou das que melhor exprimem estados de alma, como o amor  e  o desamor, a alegria e a tristeza. Ou as palavras, que também as há, «com mau carácter» e «educadas»...

Das muitas histórias que as palavras nos contam, Pedro Braga Falcão descreve a do verbo atrair, com o sentido de humor e a leveza de tom q.b, que caracteriza este seu livro: «Se pensarmos bem,  (...) é  deixarmos que a pessoa venha até nós, ou irmos ao encontro de alguém, mas sempre com a ideia de que há algo que se arrasta, que se força. Portanto, não é por acaso que por vezes a atracção é tão violenta: deste mesmo verbo trahere, do seu partícipio tractus, deriva, por exemplo, o inglês tractor, o nome dado ao invento de Elisha Perkins, o tractor – uma máquina que de facto leva tudo à sua frente»*. Descreve ainda a etimologia do substantivo calão «um termo que esconde na sua etimologia na sua etimologia um preconceito xenófobo. Na verdade, caló é o termo que os próprios ciganos da Península Ibérica usavam para se referir a si mesmos (a palavra quer dizer "preto" neste dialecto do romani), e designa para os Espanhóis e Portugueses a língua própria desta etnia. Passou depois a significar, por extensão de sentido, "língua de um grupo determinado de pessoas, gíria", e deu origem ao sentido de "calão" enquanto jargão, uma espécie de  código linguístico de um determinado grupo da sociedade, e também ao sentido de "língua ou palavra grosseira ou ofensiva".»*

Palavras que Falam por Nós está organizado em dez  partes temáticas: o amor e a paixão (capítulo I); o amor que corre mal (capítulo II); os elogios (capítulo III); o desamor (capítulo IV); as ruas (Capítulo V); a escola e a cultura (capítulo VI); as ciências (capítulo VII); a política (capítulo VIII); a religião (capítulo IX); e a cristandade (capítulo X).

 

 * respeitou-se a grafia do original.

 

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