Fosse eu pintor ou músico
(Pobre de sons, embora! Pálido de cor, que importa!)
Sempre haveria alguém que me entendesse
Em qualquer canto incógnito do Mundo.
Sempre haveria alguém que me dissesse:
— Músico, vem! Entra, pintor! — e abrir-me-ia a porta.
Mas da palavra eu fiz a minha ferramenta.
Sim, da palavra, como os loucos.
E quanto sinto e penso unicamente o digo em português,
Quase em silêncio, porque somos poucos.
Quase em família. E só por uma vez