DÚVIDAS

CIBERDÚVIDAS

Textos publicados pelo autor

Consultório

Talvez e os modos verbais

Pergunta: Acabo de ler uma frase em que se diz «talvez dois seguiram com os estudos». Não seria mais correto dizer «talvez dois tenham seguido com os estudos»? A pergunta, num sentido mais genérico, prende-se com a questão de saber qual a construção verbal que deve seguir uma hipótese desde género. Obrigado.Resposta: A frase correta é como diz. Ou seja, «talvez os dois tenham seguido com os estudos», porque, depois do advérbio talvez, os verbos passam ao modo conjuntivo. Celso Cunha e Lindley Cintra, na sua...

Consultório

«Ele disse que me ama»
vs. «ele disse que me amava»

Pergunta: Na frase «ele disse que me ama», fico confusa sobre a harmonia dos tempos verbais usados. Acredito que o correto deveria ser usar os dois verbos no passado: «Ele disse que me amava.» Mas, neste caso, isso mudaria o sentido da frase. Gostaria de saber se há algum problema em frases como a do meu primeiro exemplo. Obrigada.Resposta:  As duas frases são possíveis, dependendo do que se pretende dizer. No primeiro caso: «Ele disse que me ama», a intenção do enunciador é que o sentimento que ele nutre...

Consultório

Pensar + indicativo ou conjuntivo

Pergunta: Tenho uma dúvida quanto às seguintes frases: «"Pensei que estavas a falar sobre...» «"Pensei que era o único...» «Pensei que era mais simples.» As frases estão gramaticalmente correctas? Sempre ouvi «pensei que estivesses/fosse», daí os exemplos acima soarem mal. Que regras gramaticais se aplicam a estes exemplos? Obrigado.Resposta: Depois do verbo pensar, podem registar-se formas quer do conjuntivo quer do indicativo. É verdade que se recomenda o conjuntivo quando uma ação ou...

Consultório

«Passar para a frente»

Pergunta: Na frase «não deixe nada passar para a frente» há um pleonasmo?Resposta: Não é um pleonasmo. Este, segundo o Itinerário Gramatical de Eunice Barbieri de Figueiredo e Olívia Maria Figueiredo, Porto, Porto Editora de 1988, p. 167, «consiste na manifestação da redundância. Esta existe quando as manifestações tomam a forma, a nível semântico, da repetição do mesmo significado por dois significantes diferentes na mesma expressão: descer para baixo, prever de antemão». Se algo passa, pode passar à...

Consultório

«Para que» em frase interrogativa

Pergunta: Gostaria de saber se a expressão «para que» corresponde a uma conjunção adverbial final na frase: «E para que serve originalidade, se você não pode produzir em massa?»Resposta: Não é uma conjunção nem uma locução adverbiais. No contexto em questão, a expressão «para que» é equivalente a «para que coisa», atendendo a que o verbo servir é seguido da preposição para seguida de oração, como em 1, ou de um sintagma nominal, como em 2: 1. «Isto serve para limpar o...
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa