Apesar da enorme diversidade linguística que encerra, a União Europeia reconhece oficialmente apenas 24 línguas, as quais se reduzem na prática a três – o inglês, o inglês e o alemão – no funcionamento de diferentes órgãos. Esta tendência vai mais longe, com pressões para o inglês se tornar a única língua de trabalho e instrumento de um processo de unificação cultural. Assim se configura uma política linguística incentivada pela Alemanha e materializada na recomendação «língua materna mais duas», cuja concretização, parecendo ir ao encontro do multilinguismo, acaba por favorecer, para já, a adoção do inglês como língua segunda da população europeia. Que futuro tem o português em tal contexto? Qual a verdadeira implantação do inglês na população portuguesa? Será desejável dar-lhe toda a prioridade? Estes e outros aspetos constituem a visão que o economista Jorge Fonseca de Almeida propõe num artigo de opinião publicado no jornal digital O Lado Oculto em 3/01/2019, a seguir transcrito com a devida vénia (mantém-se a ortografia do original, a qual é anterior à atualmente em vigor).