Licenciada em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa; mestrado em Ciências da Educação, pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e doutoranda na mesma; professora na Escola Secundária José Falcão, em Coimbra; larga experiência pedagógica no ensino politécnico (Escola Superior de Educação de Coimbra) onde lecionou várias disciplinas na área da Língua Portuguesa. Autora (ou em coautoria), entre outros livros, de Cuidado com a Língua!, Assim é que é falar! 201 perguntas, respostas e regras sobre o português falado e escrito, A Gramática – Português – 1.º Ciclo, A Gramática – Exercícios – 2.º ano, A Gramática – Exercícios – 3.º ano e A Gramática – Exercícios – 4. ano e Eu não dou erros!
«Para além do estado dos dentes ou da falta deles, examina-se também as gengivas», ouviu-se há dias no “Telejornal” da RTP-1. «Examinam-se também as gengivas» é como devia ter sido dito. É uma situação semelhante a «vendem-se casas» ou «arrendam-se apartamentos», em que o verbo, usado com a partícula apassivante se, concorda com o plural que se lhe segue.
«O emprego do infinitivo é um dos pontos críticos da Língua Portuguesa. Quando é que se deve utilizar o infinitivo não flexionado (publicar) e quando o flexionado (publicar eu, publicares tu, publicar ele, publicarmos nós, publicardes vós, publicarem eles)? Por exemplo, no programa <a href="http://www.rtp.pt/wportal/sites/tv/notas_solta...
«Uma médica à séria!», lia-se no jornal “24 Horas” do passado dia 9 de Outubro, repetindo o modismo, a contramão do português padrão. O termo a sério é o adequado. Significa «seriamente», «com ponderação», «com gravidade», «sem gracejos», «verdadeiramente», sendo também antónimo de «a brincar» (ex.: «Estás a falar a sério ou a brincar?»).
«O primeiro-ministro [português, José Sócrates] não respondeu nem fez qualquer comentário aos apupos, que se prolongaram durante todo o percurso que o primeiro-ministro e a sua comitiva fez entre a entrada do palácio onde decorrera a reunião ministerial e a camioneta que aguardava a equipa governamental».2 O verbo fazer tem de ir para o plural: «O primeiro-ministro [português, José Sócrates] não respondeu nem fez qualquer comentá...
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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