Maria Regina Rocha - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Maria Regina Rocha
Maria Regina Rocha
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Licenciada em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa; mestrado em Ciências da Educação, pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e doutoranda na mesma; professora na Escola Secundária José Falcão, em Coimbra; larga experiência pedagógica no ensino politécnico (Escola Superior de Educação de Coimbra) onde lecionou várias disciplinas na área da Língua Portuguesa. Autora (ou em coautoria), entre outros livros, de Cuidado com a Língua!, Assim é que é falar! 201 perguntas, respostas e regras sobre o português falado e escrito,  A Gramática – Português – 1.º Ciclo, A Gramática – Exercícios – 2.º  anoA Gramática – Exercícios – 3.º ano e A Gramática – Exercícios – 4. ano e Eu não dou erros!

 
Textos publicados pela autora

     «O Suécia-Inglaterra – lembrava no próprio dia do jogo o apresentador do “Jornal da Tarde” da RTP-1 – começa às 20 horas. Os nórdicos ainda não garantiram o apuramento, mas têm a tradição como aliado.» E, de seguida, lá veio o escusado e recorrente espanholismo: «O outro jogo do mesmo grupo [do...

Sílvia Alberto, apresentadora do concurso “Dança Comigo”, da RTP-1 1, referindo-se ao professor de dança e a ela própria: «... o mestre e a sua aprendiz...»
     Sendo certo que a Sílvia não deve ter dúvidas quanto ao seu género, conclui-se que é melhor ...

   A propósito da estreia mundial do filme O Código da Vinci, voltou a ouvir-se a troca do género do nome Opus Dei. É o Opus Dei, e não “a” Opus Dei. Preferindo-se em português, então, sim, é a Obra de Deus.

     Outro erro recorrente é o infinitivo (mal) flexionado.
     Veja-se este exemplo, do mesmo jornal: «Os dois demoraram mais de seis horas a arranjarem-se
     Deveria ter sido escrito «os dois demoraram (…) a arranjar-se. O infinitivo «arranjar-se» está ligado à forma verbal «demoraram» pela preposição «a». Nestes casos, o infinitivo não flexiona: «Eles demoraram a descer», «elas andam a ler»,...

     «Por que é que não se realça a beleza das senhoras de uma forma verdadeira (…)?», lia-se no jornal “24 Horas” de 15 de Junho p. p.
     Na construção «porque é que», a palavra porque é sempre um advérbio de interrogação, constituído, portanto, por uma única palavra: «Porque é que não se realça a beleza das senhoras (…)?»