Miguel Esteves Cardoso - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Miguel Esteves Cardoso
Miguel Esteves Cardoso
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Nasceu em Lisboa em 1955. É doutorado em Filosofia Política, pela Universidade de Manchester, Inglaterra. Desde 2009 escreve diariamente no Público e, em 2013, passou a ser autor da Porto Editora, a quem confia a obra inteira. Publicou entre outros: A causa das coisas (1986), O amor é fodido (1994), A vida inteira (1995), Explicações de Português (2001). Mais aqui.

 
Textos publicados pelo autor
«Estar a acrescentar»*

«Uma das particularidades mais engraçadas é o prolongamento dos verbos através do acrescento de "estar a" – nota nesta cónica* o colunista e escritor português Miguel Esteves Cardoso. «Está dentro da regra geral de usar um máximo de vocábulos para ocupar um máximo de tempo porque obviamente no jogo da conversa ganha sempre quem fala mais.»

* in jornal "Público" do dia 6 de julho de 2018.

Os papa-sílabas

Crónica do escritor português Miguel Esteves Cardoso sobre um processo fonético típico do português de Portugal, em especial, da modalidade lisboeta de pronunciação, cada vez mais difundida por todo o país. Trata-se da extrema redução das vogais em sílabas átonas, sobretudo do e átono, que, na prática desaparece (benefício soa "bnfício"), fenómeno que leva, segundo o autor, qualquer falante do chamado "lisboetês" a transformar-se num "papa-sílabas".

Venha o zangativo

Crónica irónica do autor no jornal Público de 1/03/2017, apelando à consagração adjetivo "zangativo": «É pena não existir. (...) Já não há paciência para alternativas rebuscadas como insuportável ou encanitante. A pessoa que não se irrita nem se enfurece continua a ter o direito de se zangar, muito simplesmente. (...)»

Calem-se!

O escritor Miguel Esteves Cardoso critica a expressão «portuguesas e portugueses», que atualmente substitui com frequência o uso genérico de «portugueses», tido por sexista. Crónica publicada no jornal "Público", em 12/02/2016.

«Falar ao calhas»

Crónica do escritor português Miguel Esteves Cardoso sobre uma locução sinónima de talvez e muito característica do estilo coloquial em Portugal (texto publicado no jornal Público, em 13/12/2015). Que significam hoje «se calhar» e outras expressões em que entra o verbo calhar?

 

[Manteve-se a norma ortográfica anterior ao AO, seguida no jornal português.]