Textos publicados pelo autor

Ainda as respostas a quem diz «obrigado»
«Os agradecimentos portugueses não têm fim – é uma prova da nossa cortesia. Dizem os povos mais brutos que somos uns fingidos e uns hipócritas. Ainda bem que somos. O que seria da boa educação sem o fingimento e a hipocrisia?» – reflete o escritor Miguel Esteves Cardoso em crónica saída no jornal Público em 22 de junho de 2022, na sequência de uma outra, de 20 de junho, à volta de maneiras de formular respostas a um agradecimento. ...
O uso de «de nada», «não tem de quê» e «ora essa»
«O “ora essa” nem tem de ser pronunciado com o costumeiro ponto de exclamação. Há o “ora essa” com reticências, comido e descrente. E até há o “ora essa?” com ponto de interrogação, tipo “mas este gajo está a agradecer-me porquê?”.» Crónica de Miguel Esteves Cardoso incluída no jornal Público em 20 de junho de 2022, com considerações sobre a importância dos usos populares, a propósito das formas de responder em português a um agradecimento. ...
A expressão «come-se» referida a restaurantes
«[O] comentário mais frequente quando alguém se pronuncia sobre a qualidade de um restaurante é "come-se". Alguma vez leu "come-se" num comentário sobre um restaurante? Pois, eu também não.» Crónica do escritor Miguel Esteves Cardoso incluída no jornal Público em 5 de abril de 2022. O autor comenta, à volta da comida e da restauração, a expressão «come-se», que faz parte de uma série de expressões usadas em Portugal que ocorrem coloquialmente e só raramente afloram na expressão escrita. Respeitou-se a...