Rui Ramos - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Rui Ramos
Rui Ramos
7K

Rui Ramos, jornalista angolano, nascido em Luanda em 1945.

 

 

 
Textos publicados pelo autor
Por Rui Ramos

Já venho tarde, mas não queria deixar de saudar a boa nova. Não me refiro à baixa do IVA, anunciada pelo ministro das Finanças, mas à nossa "expansão", prevista pelo ministro da Cultura. É verdade: vamos expandir-nos. Está para chegar um Portugal maior. Talvez a sua população e riqueza até venham a diminuir, mas que importa? Temos uma arma secreta para conquistar o mundo: aquela que Fernando Pessoa insinuou maliciosamente ser a "pátria" dele — a língua portuguesa. É o que nos prometem os cren...

Por Rui Ramos

 

A
ananasi (ananás)

B
batisimu (baptismo)
bendele (bandeira)

F
felo (ferro de engomar)
fulele (flor)

K
kamela (camelo)
kaminyo (camião)
kazaka (casaco)
kopo (copo)
koyekola (estudar)
Kristo (Cristo)
kuruse (cruz)

L
lomingo (domingo)
loso (arroz)

M
makako (macaco)
manga (manga/fruto)
makuta (dinheiro)
manteka (manteiga)
matabisi (matabicho, gorjeta)
mesa (mesa)
mosantu/basantu (santo/santos)
mosikitele (mosquiteiro)

P
pilipili (piri-piri)

Por Rui Ramos

O kimbundu é a língua da região de Luanda, Catete, Malanje e as áreas de fronteira no Norte (Dembos - variante crioula kimbundu/kikongo) e no Centro (Kuanza Sul - variante crioula kimbundu/umbundu). É falada por mais de um milhão e meio de pessoas.
Faz parte da grande família de línguas africanas a que a partir do século passado os europeus convencionaram chamar Bantu (bantu significa «pessoas», e é plural de muntu. Em Kimbundu mutu designa «pessoa», com o plural ...

Por Rui Ramos

Foi sem dúvida através da língua mbundu (vulgarmente «kimbundu»), falada na savana luandense, que os portugueses enriqueceram a sua língua com mais um vocábulo: imbondeiro.

Naquela língua africana a grande e grossa árvore produtora de «mukuas» designa-se «mbondo». O «m» serve só para nasalar o som inicial, é como se o «b» tivesse um til.

Por Rui Ramos

No Verão de 1982 eu chefiava a equipa da Cruz Vermelha de Angola (CVA) encarregada da operação de socorros às populações deslocadas pela guerra no planalto central de Angola. Nessa qualidade, integrei-me no trabalho do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que actua nas regiões em guerra.