Textos publicados pela autora
A locução «como tal» e o plural
Pergunta: Na frase: «[...] liberais, não se identificavam como tal», ou seria «[...] liberais, não se identificavam como tais»?Resposta: De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia de Ciências de Lisboa, «como tal» é uma locução adverbial1 que significa «assim sendo, por esse motivo» (Infopédia) ou «nesta ou nessa qualidade, a este título» (Dicionário Houaiss).
Ora, apesar de na Gramática do Português da Fundação Calouste Gulbenkian...
O aportuguesamento revelhão
Pergunta: É legítimo o uso de revelhão, como vou ouvindo por aí, no que se refere à festa da passagem de ano?
Obrigado!Resposta: Revelhão é o aportuguesamento do substantivo francês réveillon – «ceia da noite de Ano Novo, conjunto de festejos que costuma acompanhar a ceia e a passagem de ano, véspera de Ano Novo» (Dicionário Houaiss). Contudo, o verbete não se encontra ainda atestado nos dicionários portugueses.
À sua semelhança,...
Inundamento, inundação
Pergunta: Ouvi na rádio a locutora a proferir a palavra inundamento. Gostaria de saber se este termo é correto, pois apenas conheço inundação.
Muito obrigada.Resposta: Dicionários como o Houaiss e o Michaelis atestam o substantivo masculino inundamento.
Sinónimo de inundação, inundamento tem um uso menos frequente, de acordo com o Dicionário Houaiss. Este...
«A quantas ando» II
Pergunta: Afinal, é correta a expressão «a quantas anda»?Resposta: Os dicionários Houaiss e Aulete atestam a locução «a quantas anda/andam» com o significado de «em que estado ou situação se encontra (algo); em que pé está», pelo que é considerada correta. No Corpus da Língua Portuguesa encontramos exemplos onde a expressão ocorre, nomeadamente em Paulo, de Bruno Seabra: «[...] tão distraído tenho estado, que nem sei a quantas anda a peça.»
Apesar de legítima, é de...
A preposição de nos nomes comerciais (e outros)
Pergunta: Antes de colocar a minha dúvida, gostaria de elogiar toda a equipa do Ciberdúvidas pelo excelente trabalho!
Gostaria que me elucidassem quanto à regência da preposição "de" uma vez que me disseram que não é correto empregá-la nos seguintes casos: Toyota Portugal (e não Toyota de Portugal) Mercedes-Benz Portugal (e não Mercedes-Benz de Portugal). Porém, escreve-se Embaixada de França e não Embaixada França. Também li Igreja Católica Ortodoxa de Portugal (e não Igreja Católica Ortodoxa Portugal). Se vos fosse...
