Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Discurso/Texto
Marta Silva Estudante Santarém, Portugal 36K

Gostaria de saber como se classifica morfologicamente «era uma vez...»

Obrigada!

Cristóvão Soares Estudante Póvoa de Lanhoso, Portugal 5K

Gostava saber como é que se usa a palavra pletora no sentido de «abundância». Em concreto, queria saber se necessita de uma preposição, ou se funciona só.

A parte da frase problemática é a seguinte:

«Oferecer-lhe pletora bebidas espirituosas.»

Agradeço desde já pela resposta.

Débora Lessa Técnica de serviços administrativos São Paulo, Brasil 7K

Gostaria de saber se o uso da palavra absolutamente empregada como negativa (a um questionamento) é correto e se corresponde à norma culta. Ex.:

– Você vai almoçar conosco hoje?

– Absolutamente.

Cecília Aguiar Investigadora Lisboa, Portugal 6K

Numa interacção diádica, cada parceiro de interacção tem a sua vez. No entanto, a construção de frases com o substantivo vez dá origem a orações algo peculiares. Por exemplo, se eu contabilizar o número de vezes de cada interacção, é mais correcto dizer «uma interacção constituída por quatro vezes» ou posso utilizar alternativas como «uma interacção constituída por quatro tomadas de vez»?

Agradeço imenso a vossa atenção.

Ana Figueiredo Estudante Póvoa de Varzim, Portugal 9K

Gostaria que me tirassem a seguinte dúvida (e que me esclarecessem): Qual destas duas palavras, manuseio ou manuseamento, é mais correcto empregar na seguinte frase: «(...) alguns alunos ainda não apresentam grande desenvoltura no manuseio da tesoura»?

João Loureiro Estudante Porto, Portugal 7K

Fernando Pessoa comete aqui erro gramatical?

«Quem quer passar além do Bojador/ Tem que passar além da dor.»

Carla Neuman Contadora Duque de Caxias, Brasil 4K

Gostaria de saber qual a origem da expressão «a tesoura está cega» quando queremos dizer que a tesoura não está cortando.

Eduardo Neves Compositor e letrista Belém – Pará, Brasil 1K

Gostaria de saber se o verso em destaque de minha música «Na Bandeira Nacional brilhas Belém na primeira estrela» está correto, uma vez que tive a intenção de dizer que Belém brilha na estrela, e NÃO que Belém é aquela estrela. Minha música foi gravada e apresentada como homenagem à cidade pelos seus 391 anos, e este verso foi muito criticado por um colunista local. Gostaria de saber se meu verso está correto.

Só a título de esclarecimento, a estrela em cima da faixa «ordem e progresso» representa o Pará, por ser a última província a aderir à república.

Raul Saraiva Estudante Leça da Palmeira, Portugal 2K

Em resposta a Sobre a «despenalização da interrupção voluntária da gravidez»:

Cara Edite Prada,
A minha questão é puramente linguística e, se não a entendeu, foi certamente porque eu não a explicitei correctamente.
Citando a sua resposta à minha questão inicial: «Na frase em causa, todas as expressões nominais que se seguem à palavra despenalização veiculam informação que se relaciona directamente com esta palavra. A expressão "da interrupção voluntária da gravidez" restringe o que vai ser despenalizado.»
Assim sendo, tal como disse inicialmente, a título de exemplo, a expressão «em estabelecimento de saúde legalmente autorizado» está directamente vinculada à expressão «despenalização». Por ser intuitivamente impossível acontecer a despenalização num hospital público (a despenalização é um acto jurídico, alheio ao sistema de saúde nacional, como certamente concorda), volto a perguntar se será legítimo considerar que esta frase/pergunta apresenta uma incongruência sintáctica, na medida em que a frase se desenvolve referindo-se à «interrupção voluntária da gravidez» (restringindo prazo, local, etc.), mas, estando, num ponto de vista sintáctico, a referir-se à «despenalização», tornando a frase sem nexo.
Esperando que agora tenha conseguido expressar-me correctamente,
Cumprimentos.

Raquel Medeiros Professora Ponta Delgada, Portugal 17K

Na frase que se segue, a palavra até deve ser considerada um advérbio (de inclusão)? – «O Filipe e até o João vão chegar tarde.»

De acordo com a definição de advérbio que encontrei em várias gramáticas, a palavra em destaque não me parece pertencer à classe gramatical dos advérbios, uma vez que, de acordo com a leitura que faço, não modifica um adjectivo, um verbo ou outro advérbio.

Parece-me que a frase apresentada tem um sentido diferente desta: «O Filipe e o João até vão chegar tarde.» Nesta segunda, penso que é mais evidente que a palavra até seja um advérbio (de inclusão), pois está a modificar o verbo chegar. Ou seja, para além de lhes acontecer outras coisas, ou para além de fazerem outras coisas, o Filipe e o André vão chegar tarde.

Gostaria que me elucidassem sobre a questão que vos coloco e que me corrigissem, caso o meu raciocínio não esteja correcto.

Obrigada pela atenção.