Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Lucas Tadeus Oliveira Estudante Mauá, Brasil 884

Estava lendo uma análise do soneto «Transforma-se o amador na coisa amada» e vi um cacófato no final do terceiro terceto.

«Assim co'a alma minha se conforma.»

Pensei no diminutivo de mama («peito de mulher, seios»), mas um amigo meu pensa no corte de carne.

Seja como for, gostaria de saber de duas coisas:

1) Possivelmente, era já um cacófato no tempo de Camões? Existia o corte de carne ou o uso de mama/maminha para designar seios de mulher?

2) Agora, em Portugal ele ocorre também?

Lucas Tadeus Oliveira Estudante Mauá, Brasil 1K

Estava eu assistindo ao filme O Pai Tirano, de 1941 [com realização de António Lopes Ribeiro], e ouvi um personagem dizer ao outro «Cê tá maluco»*.

Pensei que era só o Brasil que usava a redução.

Portugal também a usa, mas em que escala?

*Em 1:36:42 do filme.

Wesley Pimentel Informático Maceió, Brasil 7K

Na frase «Joaquim! O carteiro tem uma carta para si.» Está certo esse «para si», o correto não seria «para você»?

Há duas pessoas distintas na frase acima. Essa frase tirei de um livro de aprendizado de línguas estrangeiras de uma famosa editora francesa, só mudei o nome.

Fiz essa pergunta numa famosa rede social de perguntas e respostas, quando me convenci de que o uso do si está correto, uma pessoa responde-me isso e fico a pensar novamente se está correto ou não:

«O uso do si na frase é um coloquialismo gramaticalmente incorreto praticado em Portugal sem base na gramática. Lembrem-se de que o português é uma língua regulamentada internacionalmente e tem regras. No caso, independentemente de onde se fale, seja em Portugal, no Brasil ou alhures, a regra gramatical só permite o uso do si como pronome reflexivo (ou reflexo), como se vê [aqui].»

Nilma do Valle Noval Professora Duque de Caxias, Brasil 4K

Se o cotexto é a divisão do texto em partes para explicação do próprio contexto, podemos nos referir à palavra que se quer destacar, para ser analisada num contexto (frase, oração, período), como sendo o cotexto?

O cotexto pode ser visto como a «menor unidade» dentro de um texto, contexto?

Adilson Ricardo de Lima Dantas Professor Marília SP, Brasil 8K

As palavras mãe e não e similares são monossílabos tônicos ou átonos?

Eduarda Fernandes Professora Lavra, Portugal 2K

Na expressão «Oh, não, que pouca sorte a minha!» a que classe e subclasse pertence a palavra que?

Obrigada.

Miguel Jesus Estudante Setúbal, Portugal 2K

Pergunta bastante simples. Nos nomes «Padre António Vieira» na linha 2 e «jesuíta» na linha 5, temos presente coesão lexical ou coesão gramatical referencial, ou correferência não anafórica?

«Mais do que um livro de pregação, que o próprio

não quis fazer, os Sermões do padre António Vieira

estão cheios de referências biográficas. A inveja e a ingratidão

da pátria, a defesa dos índios e dos judeus, a missionação

e a diplomacia exercidas pelo jesuíta do século XVII estão

presentes ao longo desta obra, que a partir de hoje terá

uma nova edição crítica a Sermão de Santo António

aos Peixes, Sermão do Bom Ladrão, Sermão da Sexagésima.»

Solange Loures Estudante Lisboa, Portugal 1K

A paráfrase é um recurso expressivo/estilístico?

Francisco Neves Estudante universitário Porto, Portugal 2K

Gostaria de saber se a expressão «cair a cabeça aos pés a», que, segundo as minhas pesquisas, apenas se encontra dicionarizada no dicionário da Porto Editora, pode também expressar a ideia de entusiasmo, isto é, sendo o significado da expressão «ficar estupefacto», gostaria de saber se tal estupefacção pode também transmitir a ideia de estar entusiasmado, empolgado, animado.

Grato pela atenção

Lucas Tadeus Oliveira estudante Mauá, Brasil 1K

É certo afirmar que, em «Agora, o que não pode é esculhambar a gente, assim na cara dura», «agora» é conjunção? É correto esse uso?