«Era uma vez», novamente
Em resposta de 23 de março de 2007 (https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/era-uma-vez/19978), diz-se que «era uma vez» “pode ser classificada sintacticamente como complemento circunstancial de tempo” e dá como exemplo «Era uma vez um gato que tinha duas botas pretas».
Ora, sendo «que tinha duas botas pretas» uma oração subordinada, se «era uma vez» é complemento, não existe verbo para uma oração subordinante!
Quer-me parecer que mais lógico é considerar «era» núcleo do sintagma verbal, e apenas «uma vez» complemento circunstancial.Se for assim (e também se não for), resta saber a função de «um gato».
Dado que nós também diríamos «era uma vez dois gatos» (e não «eram uma vez dois gatos»), «gato» ou «gatos» pode ser o sujeito?
Ou teremos de admitir que temos aqui um uso de especial de ser equivalente a haver? «Havia uma vez dois gatos» não levanta dúvida nenhuma.
Grato pela vossa atenção e serviço à comunidade.
A expressão «como o quê»
Gostaria de conhecer a origem da expressão «como o "que"» (ou «como que», não sei ao certo já que o som das duas expressões é muito próximo), muito utilizada em algumas regiões do Brasil no final de algumas frases.
Exemplos: «O chá está quente como o "que"»; «Corri como o "que"».
Obrigado.
Provérbio: «cobra que quer morrer à estrada vai ter»
Que significa o provérbio «cobra que quer morrer à estrada vai ter»?
Obrigada.
Conotação e denotação nos programas de ensino em Portugal
Os conceitos de conotação e denotação integram-se nos conteúdos gramaticais [estudados em Portugal]?
Nos manuais surgem associados a exercícios de gramática, mas tenho algumas dúvidas. Podiam esclarecer-me?
Muito obrigada.
«Porco e gado de bico não fazem o dono rico»
Qual o significado do seguinte provérbio: «porco e gado de bico não fazem o dono rico»?
A origem de «não poder com uma gata pelo rabo» e «bicho de sete cabeças»
Qual a origem e qual o significado das expressões idiomáticas «não poder com uma gata pelo rabo» e «bicho de sete cabeças».
«Hipocrisia tão santa» (Padre António Vieira)
Na expressão «hipocrisia tão santa», retirada do cap. V do Sermão de Santo António aos Peixes [do Padre António Vieira], está presente uma ironia?
Se sim, porquê?
«Meter o Rossio pela Betesga» numa obra de A. Garrett
Pretendia saber o sentido da expressão inserida na obra Falar Verdade a Mentir de Almeida Garrett:
«José Félix – Ora adeus! O senhor seu pai com efeito... ele ainda é parente, bem se vê, há-de ter sua costela espanhola... O seu projecto é outra espanholada também... Querer impedir que um rapaz do tom, da moda pregue a sua peta!... isso é mais do que formar castelos em Espanha, é querer meter o Rossio pela Betesga.»
Gostaria muito que a professora Lúcia Vaz Pedro explicasse o que significa a expressão.
Sobre o que não é a dêixis
Na frase «Em boa verdade, de nada importará dizer-se que o ser humano é livre e que possui plena autodeterminação, se as condições básicas da sua subsistência não estiverem garantidas», podemos considerar a existência de que tipo de dêixis?
Poder-se-á considerar dêixis pessoal em sua e dêixis temporal em estiverem?
Citações, aspas e itálico
Quando uma citação em bloco tem mais de três linhas, dispensam-se as aspas e podemos/devemos (?) usar itálico. Aplica-se o mesmo no caso de poemas, por exemplo, citando apenas parte dos mesmos?
Nesse caso, os poemas podem ficar centrados em relação ao texto?
Desde já agradeço a vossa ajuda.
