Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Discurso/Texto
Pablo Ferreira Médico Goiânia, Brasil 4K

Mais uma vez os parabenizo pela riqueza que é esse site.

Segundo a gramática normativa, verbos dicendi são aqueles que aparecem nos discursos diretos e têm a função declarativa (ou «sensitiva», segundo alguns linguistas). Os dicendi tradicionais são transitivos diretos como dizer, afirmar, exclamar, perguntar, responder, redarguir.

Porém, encontramos na literatura brasileira verbos intransitivos e transitivos indiretos atuando como dicendi. Exemplos retirados de Dom Casmurro, de Machado de Assis:

«– Tem razão, Capitu – concordou o agregado» (página 160).

«– Mas eu tinha pedido primeiro – aventurou Pádua» (página 44).

«– Coitado de Manduca! – soluçava a mãe» (página 122).

E, por último, a que mais me impressionou:

«Depois de lhe responder que sim, emendei-me: – Deus fará o que o senhor quiser» (página 41).

Gozam os autores do direito de «licença poética», sabemos bem. Mas existe algum padrão do que é certo ou errado nesses casos?

Karina K. Fisioterapeuta Itu, Brasil 17K

No meu convite de casamento, que vou imprimir, está escrito:

«Karina e Rodrigo convidam para a celebração do seu casamento.»

Ficam em dúvida na utilização do pronome seu.

Ficarei muito grata se puder me ajudar.

Obrigada.

C. Cacau Estudante Belo Horizonte, Brasil 5K

Gostaria de esclarecer uma dúvida. Qual é a maneira correta de falar a seguinte expressão: «isso são problemas seus», ou «isso são problemas de vocês», «esse grito de guerra seus», ou «esse grito de guerra de vocês»?

Qual seria a forma mais correta e o porquê?

Manuela Bailão Funcionária internacional Genebra, Suíça 3K

Uma dúvida para a qual não consigo encontrar reposta adequada: o verbo amar utiliza-se para pessoas e para coisas?! E também para situações?! Tenho visto ultimamente escrito «amei este quadro», «amei esta viagem», «amo poesia», e isto perturba-me.

Maria Pereira Professora Lisboa, Portugal 15K

Na frase a seguir, a conjunção nem foi bem empregada? Não deveria ligar orações de igual natureza, no caso, negativa (não... nem)?

«Como eles se convenceram de que este novo federalismo fiscal será indolor nem implicará austeridade, ninguém percebe.»

Mauro Pindula Estudante Maputo, Moçambique 7K

Gostaria, antes de mais, de felicitá-los pelo excelente trabalho desenvolvido neste sítio. Tenho-me valido muitas vezes dos vossos esclarecimentos a outros consulentes e leio sempre com muito interesse os artigos aqui publicados.

Escrevo para pedir que me expliquem, por favor, que significado possui a preposição a na expressão «às vezes». Procurando a resposta em esclarecimentos anteriores prestados nesta mesma página, li algures que, por vezes, as preposições perdem o seu conteúdo nocional. Será este o caso?

Margarida Estudante Estarreja, Portugal 16K

Queria perguntar se na seguinte frase deveria usar o infinitivo pessoal do verbo sentir sentirmos ou o infinitivo impessoal sentirmo-nos: «Ao lermos um livro, tendemos a sentirmos/sentirmo-nos na pele de uma personagem.» Estou mais inclinada para o infinitivo impessoal, mas ainda assim queria saber a vossa opinião.

Sónia S. Jurista Coimbra, Portugal 5K

Estando a escrever um artigo e querendo fazer as referências bibliográficas, à luz do novo acordo, também tenho de mudar os títulos dos livros e artigos, sempre que as palavras tenham sofrido alteração?

Obrigada.

Teresa Domingos Professora Faro, Portugal 12K

Gostaria de saber qual a diferença entre expressões populares e expressões idiomáticas, se possível com exemplos.

Carlos Pinto Santos Jornalista Lisboa, Portugal 3K

Uma amiga minha, jornalista e tradutora uruguaia, consultou-me sobre a expressão finca-ratunha («Até parece que é por finca-ratunha!»). Confesso o meu desconhecimento. Podem ajudar?