DÚVIDAS

A formação de pró-activo
Consultei as várias mensagens sobre os termos "proactivo" e "proactividade" e tenho a seguinte dúvida: sempre me pareceu mais correcto escrever "pró-activo" e "pró-actividade" e não as formas anteriores. Isto porque julgo que tais palavras são formadas através da junção do prefixo acentuado "pró" e activo/actividade. O prefixo “pró-”, por ser precisamente acentuado, exige o hífen. Estou correcta? Por este prisma, "proactivo" e "proactividade" não são incorrectas? Ou considera-se que vieram directamente do inglês (proactive/proactivity?) e por isso não há hífen nem acento? Gostaria muito de saber a vossa opinião. Desde já agradeço.
O neologismo “kayaksurf”
Parabéns pelo vosso excelente trabalho! A dúvida que me traz à vossa página já vem de longe. Confrontado com estrangeirismos como o do desporto que pratico há anos – “kayaksurf” – caio habitualmente na dúvida sobre a forma como escrever este casamento entre o “kayak” e o “surf” (“surfe”?). Lembro-me que “bodyboard” ou “kitesurf” são igualmente "estrangeiros" e são sempre escritos como uma só palavra. Agora, quando entrevisto um inglês, escrevo "kayak surf" ou, eventualmente, "surf kayak". E em relação ao português? É que há quem escreva "kayaksurf" e também "kayak surf". E quanto aos praticantes... “kayaksurfistas”? Agradecia a vossa ajuda! Bom trabalho!
O termo pentasil/pentassil
No contexto da tradução de um texto técnico de inglês para português, apareceu-me o termo inglês "pentasil", cuja tradução em português não é conhecida dos especialistas (cristalografia). Segundo pude apurar, a parte "sil" refere-se a "sílica". A fim de guardar a sonoridade "ss" de sílica, que é importante para perceber o significado do termo, parece-me mais adequado escrever em português "pentassil". Gostaria de saber o que pensam, ou se há outras regras a ter em conta na formação de novos termos.
«Hão-se de»
A expressão «Hão-se de ler nesta História...» consta do I capítulo da História do Futuro, do Padre António Vieira. Parecendo-me estranha, porque não me lembro de a ter jamais ouvido ou lido, ela parece-me todavia tão lógica como «tem-se de...», aliás mais lógica do que o hífen em «hão-de» para o qual não vejo nenhuma função e, ao que já li no vosso esplêndido "site", está já condenado à extinção. A minha questão é a seguinte: é ainda correcto aplicar aquela expressão de Padre António Vieira ou trata-se de termo eventualmente utilizado no século XVII e que já se não deve utilizar hoje?
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa