DÚVIDAS

O uso do conjuntivo e/ou o indicativo
em orações relativas
Veja-se a seguinte frase: «Esta não é notícia que se possa nem se deva divulgar.» Veja-se esta outra (em que se altera a posição do advérbio não): «Esta é notícia que não se possa (pode) nem se deva (deve) divulgar.» Minha dúvida se situa justamente sobre a aparente necessidade de se empregar o tempo no indicativo (que me parece soar melhor) em virtude da simples modificação da posição do advérbio na frase. Gostaria de um esclarecimento, o qual desde já agradeço.
A gramaticalidade de «o quanto» e «o quão»
Sei que há uma publicação sobre este tema no vosso site, pelo que escusam de me reencaminhar para lá. O problema de se verem muitos erros escritos é que, com o tempo, começamos a duvidar. Agora com este frequente: «o quão». Sempre escrevi [...] quão sem artigo definido antecedente. Mas tenho visto, inclusive em professores de Português, a expressão «o quão»! Sempre aprendi que quão substituía «o quanto» no sentido de perguntar ou afirmar «como», «de que modo», «a que ponto». Quão errado estou!? Obrigado pela ajuda.
A sintaxe do verbo associar
Na frase «associamos aquela época a um mundo de barbárie», qual é a função sintática de «a um mundo de barbárie»? Se atentarmos na definição de complemento indireto apresentada na vossa página por Edite Prada: «[...] o complemento indireto tem, segundo a Moderna Gramática Portuguesa de Bechara, pág. 42, as seguintes características: a) «É introduzido pela preposição a ou mais raramente para»; b) a palavra que o expressa «designa um ser animado ou concebido como tal»; c) «expressa o significado gramatical de ‘beneficiário’ ou destinatário»; d) «é comutável pelo pronome pessoal objetivo lhe/lhes» (= a ele/a eles). Pela descrição de Bechara, podemos concluir que o complemento indireto é um nome antecedido de uma preposição que pode ser a ou para.» Se procedermos à substituição de «a um mundo de barbárie» por lhe, obtemos a frase: «Associamos-lhe aquela época.». Esta frase suscita-me duas questões. Por um lado parece-me que a sua aceitabilidade é discutível, por outro acho que não preenche a característica enunciada em c). Em síntese, «a um mundo de barbárie» é ou não um complemento indireto? Agradeço o vosso trabalho.
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