DÚVIDAS

Verbo no modo imperativo com sujeito explícito
Na frase «Dê Vossa Reverença lição de esgrima», a expressão «Vossa Reverença» (que não está entre vírgulas) é sujeito do verbo "dê" – no imperativo – ou é um vocativo? Se alterarmos a ordem da frase para «Vossa reverença dê lição de esgrima», talvez pareça mais sujeito do que vocativo... O vocativo poderá aparecer sem estar isolado por vírgulas? Há exceções? Grata pela vossa atenção
A regência do verbo abalroar
No dicionário de verbos portugueses da Porto Editora – 1.ª edição, de 1999, pág.687 –, a regência indicada para o verbo abalroar é com. E dão um exemplo de frase: «O navio de passageiros abalroou com a traineira». Há muito que 'adoptei' (e sou 'gozado' por isso) essa regência. Contudo, por todo o lado e especialmente na imprensa, ouvimos notícias do género: «O autocarro abalroou o táxi'» A minha questão é: não se deveria dizer , antes, «O autocarro abalroou com o táxi»? Com os meus melhores cumprimentos e antecipados agradecimentos pela resposta,    
«Pessoas a pedir/a pedirem ajuda»
Gostava de ter um comentário a estes quatro títulos de jornal, um deles, o primeiro, de hoje mesmo, no Correio da Manhã. Há menos médicos a pedirem a reforma. Há menos pessoas e empresas a entrar em insolvência. Há menos famílias sobre-endividadas a pedirem apoio à Deco. Há mais pessoas a pedir ajuda por sofrerem agressões dos filhos. A mim parece-me que o correto seria «há menos médicos a pedir a reforma». Mas numa busca na Internet parece que há títulos idênticos para vários gostos [...]. Obrigado pela atenção.
«Que nem» = como
Uma dúvida me assola: no Brasil, é muito estendido o uso da expressão «que nem» no lugar de como. Ex.: «Ele cozinha que nem o pai» / «o teclado se toca que nem piano». Há anos procuro entender a origem dessa expressão, pois me parece estranha e até mesmo incongruente. Na canção "Sebastiana", de Gal Costa (1969)[*], há a frase «(...) pulava que nem uma guariba». Mas em outras gravações se substitui a expressão por «que só», o que para mim soa mais lógico, no sentido de "como apenas". Seria esse o caminho etimológico da expressão? Existem registros históricos de maior importância? Por favor ajude-me a solucionar esse mistério! [*] N. E. – "Sebastiana" é uma composição de Rodil Cavalcanti (1922-1968) e foi interpretada pela primeira vez, em 1953,  por Jackson do Pandeiro (1919-1982), com enorme êxito .
A preposição de antes de uma enumeração de orações completivas
Qual dos trechos seguintes está correto? «De que aquela porcaria de rocim não era Málek-Adel, de que entre ele e Málek-Adel não existia a menor semelhança, de que qualquer pessoa minimamente sensata devia ter reparado nisso à primeira vista... disso tudo já não restava a menor dúvida!» «"Que aquela porcaria de rocim não era Málek-Adel, que entre ele e Málek-Adel não existia a menor semelhança, que qualquer pessoa minimamente sensata devia ter reparado nisso à primeira vista... disso tudo já não restava a menor dúvida!« Obrigado.
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