Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Christos Harissis Proje{#c|}tista {#electrónico|eletrônico} São Paulo, Brasil 7K

O nosso querido — e genial — Chico Buarque não teria cometido um erro de conjugação no trecho abaixo de Fado Tropical? (Não tenho certeza se a letra é mesmo de Chico Buarque, e não de Ruy Guerra, mas isso não importa na presente questão.)

«(...)
Mas não sê tão ingrata
Não esquece quem te amou
E em tua densa mata
Se perdeu e se encontrou
(...)»

Os verbos ser e esquecer não deveriam ser conjugados como sejas e esqueças, por estarem no imperativo negativo? A "licença poética" se aplica a esses casos?

Grato.

Thiago Godoy Professor Campinas, Brasil 5K

Gostaria primeiramente de parabenizá-los, amigos portugueses, pelo excelentíssimo trabalho realizado em prol de nossa língua.

Trago-lhes uma dúvida de análise sintática. Vejamos a frase: «O fundo da piscina deu defeito.»

Suspeito de que, aqui, «deu» funciona como verbo-suporte. Está correto? Qual sua relação com «defeito»?

Desde já lhes agradeço.

Fátima Mendes Moreira Professora São Paulo, Brasil 6K

Na oração «O dia amanheceu muito bonito», o termo «muito bonito» é adjunto adverbial de modo, ou predicativo do sujeito?

Paulo Emílio Sweitzer Psicólogo Betim, Minas Gerais, Brasil 5K

No dia 27 último, os senhores responderam a uma questão que envolve a regra sobre acentuação da palavra quê. Ocorreram-me duas dúvidas:

1. Em que parte do acordo ortográfico de 1990 está escrito que essa palavra deve ser acentuada quando vier no fim da frase?

2. Por que ela não deve ser acentuada quando não estiver substantivada ou não vier no fim de uma frase?

Renata Ramos Estudante Rio de Janeiro, Brasil 4K

Quando uma pessoa liga para uma empresa, do outro lado da linha fazem-lhe a seguinte pergunta: «A quem devo anunciar?»/«Quem devo anunciar?»

Qual a maneira correta, e o que quer dizer cada uma dessas perguntas?

José Vasconcelos Estudante Rio de Janeiro, Brasil 7K

Não consigo identificar quando há um advérbio de modo ou um adjetivo em frases do tipo «Ele chegou feliz», «Ele levou triste o garfo à boca», «Ele foi descalço à praia». Ajudem-me a sanar tal dúvida de uma vez por todas.

Obrigado!

Lisolete Lima Professora Itabuna, Brasil 2K

Que vantagens o duplo conectivo e/ou apresenta em relação ao conectivo mais comum, e?

Paulo Jorge Professor Coimbra, Portugal 7K

Pedindo desculpas pela insistência, gostaria que me explicassem se na frase «Os trabalhadores ucranianos, mais qualificados, são menos bem remunerados» as vírgulas estão correctamente colocadas. A frase encontra-se aqui fora de contexto, mas julgo que a ideia original era, comparando as qualificações dos trabalhadores ucranianos com as dos trabalhadores portugueses, realçar a contradição de aqueles serem menos bem pagos, apesar das suas qualificações. Consultando professores de Português, obtive várias respostas que posso resumir do seguinte modo:

1) a utilização das vírgulas seria gramaticalmente incorrecta, por separar o substantivo do adjectivo ou da oração adjectiva;

2) apesar de não ser gramaticalmente incorrecta, seria preferível não utilizar as vírgulas, pois os sinais de pontuação deveriam ser empregados com parcimónia, não acrescentando aquelas nada à frase em causa (opinião de que discordo…).

Se em relação à primeira resposta não tenho os conhecimentos necessários para me pronunciar (parece-me ter lido algumas repostas contraditórias no Ciberdúvidas quanto a esta matéria), confesso que me sinto inclinado a discordar frontalmente da segunda. Quer parecer-me que se verifica, efectivamente, uma tendência para a simplificação dos textos escritos (talvez por influência da língua inglesa), com a redacção de frases mais curtas e com uma assinalável diminuição da utilização de vírgulas. Mas não revelará também essa tendência uma diminuição das competências linguísticas da nossa população escolarizada e o consequente empobrecimento da língua portuguesa?

Antecipadamente grato pela atenção.

António Pinheiro Professor Porto, Portugal 4K

Tenho de reconhecer que há frases que me levantam imensas dúvidas no momento de proceder à análise sintáctica. Assim sendo, gostaria que, tendo em consideração a antiga e a nova terminologia, me mostrassem qual a função sintáctica desempenhada pela expressão «um tesouro escondido» na seguinte frase: «Há um tesouro escondido nesta floresta.»

As respostas que me dão e as possibilidades por mim pensadas não me deixam verdadeiramente convencido.

Agradeço desde já a atenção dispensada...

 

Rodrigo Geraldo de Lima Concursando profissional Recife, Brasil 7K

A minha pergunta é: quando se transforma uma oração que está na voz ativa (quando esta apresenta tempo composto) em oração na voz passiva sintética, a forma verbal transforma-se no tempo simples equivalente (ex.: «tinha planejado» = «planejara»), ou a forma verbal resume-se ao verbo principal no pretérito perfeito do indicativo?

Exemplos:

(1) Eu tinha planejado uma bela festa (voz ativa).
Planejou-se uma bela festa? Ou planejara-se uma bela festa?

(2) Alguns professores têm sido procurados na escola (voz passiva analítica).
Têm-se procurado alguns professores? Ou procuram-se alguns professores.

Obrigado pela atenção.