As regências do substantivo tendência
Queria saber qual é a forma exacta para utilizar correctamente «ter tendência»:
«Os jovens têm a tendência a criar amizades», «Os jovens têm a tendência de criar amizades» ou «Os jovens têm tendência a criar amizades».
Obrigada.
Senão e «que não»
Gostaria de saber se, na frase «a delimitação dos objectivos não tem outra função que não...», fica melhor «que não» ou «senão».
Eu acho que o correcto é senão, mas gostava de saber a vossa opinião.
Obrigada.
A expressão «tantos quanto possível»
«Os maiores peixes de água doce estão desaparecendo. O biólogo Zeb Hogan identifica e protege tantos quanto possível.»
A expressão «tantos quanto possível» na frase acima está correta?
Obrigado.
Particípio passado e voz passiva
As frases abaixo se apresentam na voz ativa ou passiva?
1) «Há estudos feitos em ambiente natural...»
2) «... o que nos é contado pelo biólogo Salten...»
Ainda «ligar com»
Obrigado mais uma vez pela vossa resposta, e mais uma vez peço desculpa por insistir:
A situação é esta: ouço com frequência, numa das nossas estações de rádio públicas, a seguinte frase:
«Obrigado por se ligar connosco!» O locutor agradece pelo facto de eu, ou outra pessoa, ter ligado telefonicamente para aquela estação. Pergunto: O locutor não deveria dizer: «Obrigado por se ligar (ou se ter ligado) a nós»?
Muitíssimo obrigado.
«Ligar com» – II
Tenho dúvidas sobre a correcção da frase «Obrigado por se ligar connosco».Quem se liga... liga-se "com" alguma coisa, ou liga-se "a" alguma coisa?
Os meus agradecimentos.
Determinantes, quantificadores e pronomes
Ensinamos aos alunos que pertencem à mesma classe as palavras que se podem substituir entre si no eixo paradigmático, mantendo a gramaticalidade da frase. Ora, o critério distributivo não é aplicável à classe dos quantificadores, uma vez que se podem comportar como determinantes (quantificadores existenciais, universais e interrogativos), mas também podem ter um comportamento misto, precedendo o nome ou substituindo o grupo nominal (quantificadores numerais). Se a distinção determinante/quantificador tem apenas uma base semântica, como evitar a mera memorização de definições (e de listas de palavras) no trabalho de explicitação com os alunos?
Já em relação aos pronomes indefinidos, o DT não fixou qualquer alteração relativamente à tradição gramatical, ao associar na mesma subclasse o uso pronominal dos determinantes indefinidos e dos quantificadores existenciais, universais e interrogativos. A base semântica, relevante para fixar a quantificação nominal, não foi aqui considerada.
Tenho, pois, as maiores dúvidas sobre a condução de um processo de observação que permita tirar conclusões e sistematizar as propriedades das classes e subclasses em apreço:
Determinante indefinido vs. pronome indefinido
Vieram [outros] alunos./Vieram [outros].
Mas... quantificador (existencial/universal) vs. pronome indefinido
Vieram [alguns] alunos./Vieram [alguns].
Vieram [todos] os alunos./Vieram [todos].
Sempre... quantificador numeral
Vieram [dois] alunos./Vieram [dois].
Espero ter conseguido explicar as minhas dúvidas. Obrigada pela atenção.
«Uma vez que» + indicativo ou conjuntivo
«Uma vez que já estamos em Março», ou «uma vez que já estejamos em Março»?
Os dois são correctos?
Interrogativas negativas orientadoras de resposta afirmativa
Na frase do tipo interrogativo «Não vais comigo à biblioteca?», o advérbio de negação não tem uma ideia de negação; penso que será apenas um intensificador que dá à frase uma forma enfática, pois na sua forma neutra a frase apresentar-se-ia: «Vais comigo à biblioteca?» Assim sendo, a minha questão é se a frase se classifica, em termos de forma, como afirmativa ou negativa.
Obrigada.
O uso de «próxima vez»
Quais as diferenças semânticas e/ou de utilização de «a próxima vez», «da próxima vez» e «na próxima vez»?
Muito obrigado
