Gostaria de saber, por favor, se o pronome oblíquo átono o está correto na seguinte frase:
«Não queria discutir minhas reflexões. Na verdade, ainda não sei se o quero.»
Estaria correto omiti-lo, de acordo com a norma culta, como normalmente fazemos na linguagem coloquial? Se puderem me explicar, eu ficarei agradecido.
Muito obrigado pela ajuda.
Até mais.
Tendo em conta que o verbo testar é transitivo directo, isso não faz de «positivo» em «testar positivo"»o complemento directo?
Não me parece fazer sentido. Testa-se a pessoa, não o resultado, diria eu. Soa-me a um decalque do inglês "test positive for", mas encontram-se tantos exemplos na imprensa, que fico na dúvida.
Ficaria muito agradecido se pudessem clarificar esta questão.
O consulente escreve segundo a norma ortográfica de 1945.
Gostaria que me esclarecessem, por favor, a seguintes dúvidas, por falta de consenso, sobre a análise sintática [dos constituintes] da frase seguinte: «A lua é como barca perdida.»
«barca perdida» –- predicativo do sujeito; «perdida» – modificador restritivo do nome. [...]
Tenho pesquisado em diferentes fontes linguísticas e não encontrei um único exemplo semelhante que me convença que «perdida» é um '«modificador restritivo do nome» inserido no predicativo do sujeito «como barca perdida».
Se o predicativo do sujeito é uma função sintática interna ao grupo verbal e que pode ser desempenhada por um grupo nominal, cujo núcleo do grupo é um nome, que o define, sendo neste caso «barca», e se o predicativo do sujeito está relacionado com o sujeito e completa o sentido do verbo copulativo ser, por que razão o segmento «barca perdida» não é apenas predicativo do sujeito, dado que predica a «A lua»?
Por outro lado, «barca perdida» está antecedida por «como», que introduz o segundo termo de comparação nesta frase. Então a «lua» é comparada a «barca perdida». Caso «perdida» seja um modificador restritivo do nome, restringe [o] quê, «barca»?
Se omitirmos o hipotético modificador restritivo do nome, o sentido do grupo nominal fica completo sem este? Considero que não! A frase fica agramatical: «A lua é como barca.» O modificador não é selecionado pelo nome «barca», pelo que [«perdida»] não pode ser um modificador restritivo do nome, ao contrário do complemento do nome, que é selecionado por um nome.
Por último, será que «perdida» é modificador restritivo do nome de «A lua», dado que completa o sentido do verbo copulativo ser e está relacionado com o sujeito «A lua»? Julgo que não! Mais uma vez a frase fica sem sentido: «A lua é como perdida.»
Face ao exposto, considero que os elementos da expressão «como lua perdida» são indissociáveis e, por isso, constituem o predicativo do sujeito de «A lua». [...]
Obrigada.
Agradeço que me expliquem como analisar a frase «Ainda bem que tiveste uma boa classificação nas provas de apuramento.»
Quais as funções sintáticas de «ainda bem» e de «que» nesta frase?
Relativamente a esta frase «na primeira vez, Ana julgou ouvir alguém pedir ajuda.", pedia-vos que me esclarecessem se podemos dizer:
a) "Ana julgou ouvir alguém A pedir ajuda."
b) "Ana julgou ouvir alguém pedir ajuda."
Quanto à expressão "Na primeira vez", ela é legítima?
Muito obrigado.
A minha questão é relativa à correta conjugação do verbo "Ser" quando em conjunto com verbos como "Julgar", "Imaginar", "Supor", "Acreditar" ou "Crer". Atente-se nas seguintes hipóteses:
«Quando somos jovens, julgamos ser eternos.»
«Quando somos jovens, julgamos sermos eternos.»
Qual é a frase correta? Ou estarão ambas certas?
Desde já, muito obrigado.
Relativamente ao verbo implorar, perguntava-vos se podemos aceitar esta construção: «Ele implorou para a mãe o levar dali.»
Obrigado.
Tenho uma dúvida acerca dos pronomes oblíquos. Posso ocultar tais pronomes?
Vou exemplificar: «Quando você chegar, avise-me»
Poderia refazer essa oração assim: «Quando você chegar, avise»?
Esse tipo de construção é possível dentro das normas do português do Brasil?
Grato!
Sou estudante de Línguas, Literaturas e Culturas e, numa disciplina da área da linguística, surgiu a questão de como é que se poderá explicar diacronicamente a possibilidade da mesóclise.
Assim, qual é a história da mesóclise, desde o latim clássico até ao português contemporâneo?
Durante a tradução dum texto deparei-me com a frase «enquanto crianças, não tivemos opção.» e fiquei na dúvida se o correcto não seria mais «Em crianças, não tivemos opção».No entanto, esta segunda não me soa tão bem como a primeira.
Alterar para «Enquanto éramos crianças (...)», parece-me um pouco rebuscado. Podem esclarecer, por favor?
Um grande obrigado pelo vosso excelente trabalho!
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