Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Mariana Alvarez Professora Porto, Portugal 2K

Gostaria de perguntar porque é que na seguinte frase: «Quando foram dizer a Hagrid que lhes abrisse a janela para poderem falar com ele», o verbo abrir vem no conjuntivo.

Sei que há mais construções de Quando + Verbo + Conjuntivo para além desta, como é o caso de: «Quando quiserem que vos diga o que sei, peçam!»

Mas também há outras construções similares em que isso não acontece, como é o caso de: «Quando disserem que não querem isso...» . No entanto, se mudarmos a frase um pouquinho, já vem no conjuntivo outra vez: «Quando disserem ao Francisco que vos abra a porta...»

Porquê estas diferenças?

Agradecia esclarecimento.

Maria Cordeiro Professora Chaves, Portugal 1K

Na frase

«Ironicamente, são os partidários da rainha quem começa por nomeá-lo " Mexias de Lisboa.."»

consideramos que «os partidários da rainha» seria o sujeito da frase.

Contudo, alguns alunos destacaram «quem começa por nomeá-lo...» como sujeito, sendo «partidários da rainha» o predicativo do sujeito.

Agradecíamos (sou a porta-voz dos meus colegas!) os vossos claríssimos esclarecimentos!

Paulo Manuel Sendim Engenheiro Brasília, Brasil 1K

Como devemos fazer a análise sintática da seguinte frase: «É só não roubares, que não vais para a cadeia.»?

Tenho sérias dúvidas.

Considerar «que não vais para a cadeira» como o sujeito da frase parece-me muito acomodatício. Parece-me mais razoável considerar essa oração como uma oração coordenada explicativa como seria na frase: «Não roubes, que não vais para a cadeia».

Mas neste caso onde está o sujeito da oração «É só não roubares»? Será aqui o verbo "ser" impessoal como em «É meio-dia agora.»?

Podem-me ajudar?

Djavan Vieira do Nascimento Estudante Recife, Brasil 1K

Uma questão de importância; corrija-me se estiver errado.

«As obras e seu respectivo valor haviam de ser avaliados» (avaliadas as obras, como também o valor; não havendo ambiguidade na sentença)

ou

«As obras e seu respectivo valor haviam de ser avaliadas» (avaliadas só as obras)?

Nesse caso, havendo a possibilidade de se subentender que seriam avaliadas as obras e o valor, haveria então ambiguidade, cabendo ao leitor interpretar o contexto? ) [creio que nessa sentença o termo «avaliadas» só pode se referir a «obras»].

Uma questão de importância do termo a concordar, ou uma restritiva de concordância?

Agradeço logo pela resposta. E parabenizo mais uma vez esse belíssimo trabalho do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa.

Jan Duran Professor Barcelona, Espanha 14K

«A próclise é de rigor quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (ainda, , sempre, , talvez, etc), ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe.»

A minha dúvida é esse etc. Quais são os advérbios que atraem os pronomes?

Felicidades pelo vosso trabalho!

Obrigado!

Maria H. Sousa Formadora Ponta Delgada, Portugal 3K

«Fazes mal em provocar-me.»

Gostaria de saber, na frase acima:

1. como se classifica sintaticamente o constituinte «mal» e a oração «em provocar-me»;

2. a que subclasse pertence o verbo fazer.

Parabéns pelo vosso trabalho.

Obrigada.

Djavan Vieira do Nascimnto Estudante Recife, Brasil 2K

O professor Pasquale Cipro Neto aponta duas possibilidades de concordância com o verbo na segunda pessoa do plural: «Quais de vós podem» e «Quais de vós podeis».

Não acredito na primeira possibilidade; o verbo não ficará, de regra, na segunda pessoa do plural (podeis)?

A. H. Verissimo Reformado Ponta Delgada, Portugal 1K

Frases a ter em conta:

(1) Faltavam alguns dias para a Ana casar.

(2) Só lhe falta ser benzida para que a ponham num altar.

Vi, num trabalho em linha, os constituintes «alguns dias» (frase (1)) e «ser benzida» (frase (2)) classificados como «complemento direto». Não serão antes o «sujeito» do verbo «faltar»?

No mesmo texto, classificava-se como subordinadas adverbiais finais as orações introduzidas por «para», nas frases acima transcritas. Afigura-se-me equívoca esta classificação, porque:

1. as orações iniciadas por «para» não me parecem ser modificadores da oração subordinante;

2. é o verbo «faltar» que rege a preposição «para» (à semelhança de esforçar-se para),.

As orações «para a Ana casar» (frase 1)) e «para que a ponham num altar» (frase 2)) não são antes subordinadas substantivas completivas, com a função de complemento oblíquo?

Parabéns pelo excelente serviço público, que é o vosso trabalho no Ciberdúvidas.

Obrigado. AHV

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 3K

Deverá ser «cumprimentos do Brasil» ou «cumprimentos desde o Brasil»?

Como é que se deve empregar a preposição desde?

Muitíssimo obrigado!

Carlos Costa Professor Covilhã, Portugal 2K

Congratulo o sítio pelo trabalho extraordinário que tem vindo a realizar e agradeço antecipadamente qualquer comentário e informação sobre o que apresento.

É correto dizer «gravitar em redor / à volta desta história», ou trata-se de um pleonasmo desnecessário, uma vez que gravitar significa «à volta de»?

Será mais adequado «gravitar nesta história»?