DÚVIDAS

As horas, a humidade e a temperatura
Tenho um pequeno aparelho com três mostradores, um que mostra a humidade do ar, outro é um relógio, e o terceiro, a temperatura ambiente. Não sei se existe nome específico para este engenho, mas eu costumo chamá-lo de "termocronohigrómetro", talvez por me soar melhor. No entanto, talvez todas as combinações sejam possíveis como "higrocromotermómetro", "relógio higrotérmico", etc. O Ciberdúvidas poder-me-á esclarecer? Se de facto for viável "termocronohigrómetro", é mesmo assim, ou o h no meio da palavra desaparece (o que também me faz lógica)?
O género dos nomes científicos em latim
Na minha profissão são frequentemente usados nomes científicos em latim para designar grupos taxonómicos, como os de filo, classe, ordem, família, género ou espécie. Exceptuando o caso dos dois últimos grupos, há geralmente termos em português que podem ser usados em alternativa aos latinos (por exemplo, Cordados em vez de Chordata). No caso do género e da espécie (e também da subespécie), este aportuguesamento não é utilizado, mas é frequente a atribuição de género aos respectivos termos. Com efeito, é, por exemplo, comum dizer-se ou escrever-se "o" Homo sapiens, ou apenas "o" Homo, "o" Cerastoderma (género a que pertence o berbigão-vulgar), "a" Sardina pilchardus (nome científico da sardinha), ou "o" Gadus morhua (nome científico do bacalhau-do-Atlântico). No meu curso de licenciatura conheci um professor que dizia ser incorrecta esta atribuição de género aos nomes científicos escritos em latim, mas, o que é facto é que é muito frequente, tanto no meio científico português, como no de outros países. Podem esclarecer esta questão? Já agora, podem também esclarecer como se deve pronunciar o "ch" no nome em latim pilchardus acima referido (x ou c)? Muito obrigado pelo vosso excelente trabalho.
O uso do futuro e do condicional para indicar suposição
Um amigo brasileiro disse-me que não entendia a utilização do futuro do verbo ter para indicar uma suposição. Por exemplo, neste excerto: «(...) foi no quarto onde terá acontecido o acidente que (...)», o verbo ter aparece aqui como verbo auxiliar, com esse sentido. Gostaria de saber mais em pormenor que caso gramatical é este, e se é, de facto, uma diferença entre a norma linguística portuguesa e a norma brasileira.
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