DÚVIDAS

A definição da palavra sinalética
Ao consultar um livro sobre teatro, deparei-me com a palavra sianalética. Não consegui, nas minhas pesquisas, encontrar uma definição para este termo. Peço, pois, a vossa ajuda. Obrigada. «Função do figurino [...] O corpo sempre é socializado pelos ornamentos ou pelos efeitos de disfarce ou ocultação, sempre caracterizado por um conjunto de índices sobre idade, sexo, a profissão ou classe social. Essa função sianalética do figurino é substituída por um jogo duplo: no interior do sistema da encenação, como uma série de signos ligados entre si por um sistema de figurinos mais ou menos coerente; no exterior da cena, como referência ao nosso mundo, onde os figurinos também têm um sentido.[...]» PAVIS, Pratice, 1947 — Dicionário do Teatro; tradução para língua portuguesa sob a direção de J. Guinsburg e Maria Lúcia Pereira — São Paulo: Perspectiva, 2005 (p. 169).
A tradução de domaining e de domainer
Uma das áreas de negócio mais novas e florescentes que existem na Internet tem que ver com a compra e venda de nomes de domínio. Os ingleses chamaram a isto domaining, e a quem o pratica, domainer. Os franceses usam domaineur, a partir do termo domaines. A minha pergunta é: como será o correcto em Portugal? Mais cedo ou mais tarde, será necessário começar a usar esta terminologia, e vale mais começar pelo português correcto, enquanto ainda há tempo. Será "domineiro", como em barbeiro, costureiro, coveiro ou garimpeiro? Ou talvez "dominista", como em dentista, desenhista, economista ou electricista? Talvez "dominário", como em empresário, bancário ou ferroviário? Acredito menos em "dominólogo", como em filósofo, "dominante", como em figurante, ou "dominador", como em aviador, pois já existem e têm outras conotações. Comércio e negócio também acabam em "io". Não me digam que é "dominiante"?! Se for a partir de palavras em inglês que já existem, painter dá-me "dominior", e trainer, "dominador" de novo?! Como se chama então aquele que negocia com domínios, comprando e vendendo? E, já agora, como se denominará esta arte?
O uso do hífen em compostos de dois substantivos: acordo-quadro
Qual a forma correcta de escrita para este tipo contratual: acordo quadro ou acordo-quadro (no contexto do novo código da contratação pública, publicado no Diário da República, 1.ª s. , n.º 20, de 29 de Janeiro de 2008, e da Directiva 2004/18/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março de 2004, publicada no Jornal Oficial, L. 134 de 3070472204, sendo que no primeiro surge sem hífen e no segundo com hífen?
Ainda a palavra porta-fólio
Peço desculpa, mas volto a insistir com a mesma questão que enviei, mas que não foi respondida, penso que pelo facto de já ter sido objecto de uma resposta. Todavia, continuo com dúvidas em relação à mesma. No dicionário da Porto Editora (na Internet) encontram-se registadas as formas: portefólio, porta-fólio e portfólio do inglês portfolio. Aqui, a vossa resposta é porta-fólio. Gostava de saber se só esta é que está correcta, ou se as outras três se podem também utilizar, mas contudo dar mais preferência a porta-fólio. Quanto ao termo vernáculo de site: o mais correcto será sítio, portal ou sítio na net? Mais uma vez obrigada pela vossa atenção.
A grafia de Guisande
A minha aldeia é Guisande, do concelho de Santa Maria da Feira. Em Portugal, para além desta, existe ainda a freguesia de Guisande, no concelho de Braga. Por aqui ainda existe alguma confusão e até alguma polémica, que por vezes geram discussões e que decorrem da grafia. Será "Guisande", com S, ou "Guizande", com Z? Recordo que de há trinta anos para trás era vulgar a grafia com o Z, inclusive era usada pelo velho pároco local. Sei que a mudança para a grafia com o S ocorreu pela ideia incutida e ensinada por algumas professoras do ensino primário local. Pessoalmente entendo que se devia manter a grafia com o Z. Penso que não há nenhum motivo para a prática do contrário. Ainda hoje há exemplos toponímicos onde se preserva a grafia com o Z. Atente-se nos exemplos: Carrazeda de Ansiães; Oliveira de Azeméis; Azeitão. Para além destes, e outros haverá, existem múltiplos exemplos, como Azevedo, Gazela, Azeite, Azo, Azimute, Azelha, Azar e por aí fora. Ora se a ideia subjacente à mudança ensinada pelas professoras quanto à grafia do topónimo Guisande era de que o S entre vogais vale Z, então o porquê da existência de todos os exemplos que apontei? Pergunto, pois, qual a norma e, no caso concreto, qual a grafia correcta para Guisande? Grato pelos esclarecimentos.
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