Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Concordância
Carolina Ferreira Jurista Lisboa, Portugal 5K

Como está correcto, «Metade-de-homem montado em metade-de-cavalo», ou «Metade-de-homem montada em metade-de-cavalo»?

Obrigada!

Roberto Resende Cirurgião-dentista/professor de jud{#o|ô} Brasília, Brasil 3K

A dúvida é sobre as graduações mais altas do judô, onde o praticante recebe uma faixa rajada de vermelho e branco: «Uma faixa vermelho-e-branca»?

Não creio que seja "vermelha-e-branca". Conforme a fonte consultada, o plural varia. Já vi «faixas vermelho-e-brancas». Como são dois adjetivos, há uma regra que manda flexionar os dois: «faixas vermelhas-e-brancas». E há recomendações até de não se flexionar: «faixas vermelho-e-branca».

O que recomendam?

Filipa Rodrigues Coordenadora Braga, Portugal 4K

Nas frases a seguir, a minha dúvida não reside na palavra estrutagado, pois já sei o que é. É uma expressão oral muito usada pelas gentes de Soito da Ruiva, aldeia de Arganil, distrito de Coimbra. Dizem que vão «curar o estrutagado», isto é, um pé ou uma mão torcida.

Mas como referi, a minha dúvida não se refere ao uso da palavra e ao seu significado, mas à sua conjugação enquanto sujeito com o verbo, seguido de umas palavras no plural:

«O estrutagado são as linhas torcidas, os tendões», ou «O estrutagado é as linhas torcidas, os tendões»?

«A primeira coisa que fizeram foram uns pontões…», ou «A primeira coisa que fizeram foi uns pontões»?

«O nosso calçado eram as tamanquitas», ou «O nosso calçado era as tamanquitas»?

Aguardo um resposta vossa. Mesmo que não encontrem a solução para estas questões em específico, pelo menos tentem encontrar resposta para as outras dúvidas:

1. «Ele sabia que eu levava a carta na algibeira e não me deixava ler...», ou «... e não ma deixava ler»?

2. «Umas cozíamos, outras assávamos, outras deitávamos nuns caniços, secávamos e ficavam as castanhas piladas...», ou «Umas coziam-nas, outras assavam-nas…»? Neste segundo caso não há repetição do sujeito? Pois, umas e outras referem-se às castanhas, assim como o "-nas". Como devo escrever?

3. «Havia aí umas penedas que não se podiam passar...», ou «Havia aí umas penedas que não se podia passar»?

4. «Apenas jogava uma ou duas pessoas», ou «Apenas jogavam uma ou duas pessoas»?

5. «Gostava de lá estar, porque me tratavam bem», ou «Gostava de lá estar, porque tratavam-me bem»?

Francisco Dantas Professor João Pessoa, Brasil 5K
Qual o certo? «Maria e seus pares», ou «Maria e suas pares», em se tratando só de mulheres?
Rafael Silva Desempregado Vila Nova de Gaia, Portugal 5K

Gostaria de saber qual a melhor tradução para substituir o anglicismo pack. Encontrei em dicionários traduções como «pacote», «fardo», etc. Por exemplo, como devo dizer para substituir pack numa frase como: «Comprei um pack de cervejas»?

Desde já, obrigado. E continuem com o vosso (ou deveria ser "seu"?) bom trabalho.

Jorge Sitoe Técnico de informática Maputo, Moçambique 6K

Os cursos nocturnos são designados por «Cursos pós-laboral». Será que é correcto dizer-se: «Curso laboral», para referenciar aos cursos leccionados no período da manhã ou da tarde nas escolas secundárias e superiores?

À primeira me parece um pouco estranho, contudo fico aguardando vossas sugestões sobre o assunto.

Cumprimentos de Maputo.

Daniel Silva Estudante Lisboa, Portugual 8K

Qual é a classe e a subclasse da palavra estudante?

Vítor Manuel Correia Jornalista Lisboa, Portugal 4K

Trago-vos um dúvida sobre concordância sujeito/predicado. Deve dizer-se «Silas e José Pedro foram alvos de treino específico», ou «Silas e José Pedro foram alvo de treino específico»?

Gilson Celerino Estudante Hanôver, Alemanha 21K

Minha pergunta alude ao emprego dos pronomes de tratamento você/vocês. Já me venho questionando há bastante tempo sobre a mistura que os brasileiros fazemos de você com os clíticos correspondentes a tu [te, ti (com pouca freqüência), contigo]. Cheguei inclusive a invejar os portugueses, e a elogiá-los, pelo uso conseqüente de tu (e seus derivados) e você [se, si, consigo, o(s), a(s), lhe(s)]. Contudo, tenho observado que também em Portugal se faz essa "confusão pronominal", quando se usa vocês e, em seguida, pronomes que se referem à segunda pessoa do plural — vós.

Imagino que seja mais fácil explicar através de exemplos. No Brasil: «O que "você" vai fazer hoje à noite, querida? Posso ir(-)"te" visitar?» (por «Posso ir visitá-la?»). Em Portugal (recortes de uma mensagem enviada por um português e publicada pelo Ciberdúvidas): «Antes de mais, os meus parabéns pela continuação do "vosso" sítio e pela ajuda...» (por «do "seu" sítio»); ao final da mesma postagem: «Agradeço antecipadamente qualquer luz que "me possam" dar» (ou seja, empregou vocês).*

Peço-lhes que me esclareçam: como se posiciona a norma-padrão a respeito disso? Como se chamaria esse fenômeno gramatical? Há algo a que possamos chamar "Concordância Pronominal"? De antemão o meu muito obrigado.

* Ao citar os exemplos acima, não quis generalizar, pois sei que há um grande número pessoas que usam as formas regulares.

Rita C. Mendes Estudante Lisboa, Portugal 4K

Olá a todos e obrigada pelo vosso trabalho.

Gostava também de saber se é possível traduzir a expressão inglesa «larger than life» por «maior do que a [própria] vida» sem que se caia num anglicismo gritante (desta feita não apenas de uma palavra, mas de uma expressão inteira).

Grata pela atenção.