Quando o infinitivo simples pode substituir o infinitivo composto
O uso de um infinitivo simples no lugar de um infinitivo composto marca uma simplificação dos tempos verbais, depende do grau de formalidade ou possuem uma intercambialidade plena, sem comprometer o significado ou sentido da frase?
«Depois de correr até a esquina, voltou sem fôlego», ou «depois de ter corrido até a esquina, voltou sem fôlego??
«Depois de ser soldado nunca deixou de ser», ou «depois de ter sido soldado nunca deixou de ser»?
Agradeço antecipadamente.
«Seria que...» e «será que...»
Estou a rever um livro em que os tradutores usam várias vezes a expressão «Seria que» em vez do «Será que», mais habitual. Por exemplo: «Seria que me pode dar um copo de água?». Esta construção faz algum sentido?
Obrigado.
«Tratar de que...»
Já existem duas respostas acerca do verbo tratar, mas julgo que nem uma nem a outra respondem a esta questão: devemos escrever «tratarei que te deem uma lição» ou «tratarei de que te deem uma lição»?
Obrigado.
O termo gramatical frase matriz
«A Sofia estuda todas as noites até à meia noite e a Rita estuda até à 1h.»
Na presença de duas orações ligadas pela conjunção coordenativa copulativa e, posso descrever a primeira oração como sendo a oração matriz, ou esse termo só pode ser usado na presença de uma oração subordinada?
Muito obrigada.
A regência do verbo reclamar
numa interrogativa indireta
numa interrogativa indireta
«Depois quero ver se vão reclamar do quê...»
Esta frase está gramaticalmente correcta?
Obrigado.
Examinardes
(2.ª pessoa do plural do infinitivo pessoal)
(2.ª pessoa do plural do infinitivo pessoal)
«– Mui distintos cavalheiros, tenho eu já escutado a interessante conversação que tendes entabulado. Forçoso é, no entanto, que agora vos interrompa para oferecer-vos algo que seria de bom alvedrio examinardes.»
Na frase acima, está correto o infinitivo flexionado examinardes?
Obrigado.
Os pronomes relativos o que e que em orações relativas apositivas
«Imaginemos, não o diálogo, que esse já aí ficou, mas os homens que o sustentaram, estão ali frente a frente como se se pudessem ver, que neste caso nem é impossível, basta que a memória de cada um deles faça emergir da deslumbrante brancura do mundo a boca que está articulando as palavras,...» José Saramago, Ensaio sobre a Cegueira, pág. 180
Gostaria muito que me dissessem se o que da proposição «que neste caso nem é impossível» no texto de Saramago faz parte da locução o que, e ipso facto, equivale a isto, e essa mesma construção poderia ser vista como relativa apositiva, ou, se se trata de um que causal segundo pensa o gramático brasileiro Napoleão Mendes de Almeida.
Agradeço-vos, desde já, não só a minha resposta mas também o vosso trabalho monumental.
Muito obrigada!
O verbo obrigar + infinitivo flexionado (ou não)
Como se diz:
«Famílias obrigadas a pedirem ajuda» ou «famílias obrigadas a pedir ajuda»?
«Mandar buscar» e «mandar construir» na voz passiva
Com vista à corroboração da conformidade de frases passivas que integrem o verbo mandar com a norma-padrão, proponho a análise sintática de um período de um romance coetâneo, As Viúvas de Dom Rufia, de Carlos de Campaniço: «Uma cadeira foi mandada buscar para a prima Joaquina, (...)».
Por norma, quase todos os verbos transitivos diretos permitem uma formulação ativa e passiva. Contudo, estou em crer que, a despeito da elaboração romanesca, estejamos, provavelmente, perante uma inapropriada identificação, ensaiada pelo narrador, do complemento direto, como se este correspondesse a «cadeira», no lugar de uma oração subordinada substantiva completiva não finita, conforme pode ser ilustrado por uma construção ativa da mesma frase «Ela mandou ir buscar uma cadeira», em que «ir buscar uma cadeira» desempenha a função sintática de complemento direto, podendo ser substituído por isso ou, eventualmente, permutada por uma conjunção subordinativa completiva, procedendo-se, então, às alterações necessárias. Não obstante, não tenho a certeza de que estas cogitações da minha parte sejam completamente consentâneas, pelo que peço o vosso parecer.
Obrigado.
Como reconhecer o futuro do conjuntivo
Tenho a seguinte dúvida e lhe agradeço a ajuda. Na frase «depende de onde você morar», esse «morar» seria infinitivo pessoal ou futuro do subjuntivo?
Obrigada.
