O uso intransitivo de caber numa oração subordinada
No período «[são] estes os esclarecimentos que nos cabia(m?) prestar...», o verbo caber é flexionado, ou não? O sujeito é o que?
Obrigada.
«Melhor do que» = «melhor que»
A RTP tem um novo programa intitulado A minha mãe cozinha melhor que a tua. Não devia ser "A minha mãe cozinha melhor do que a tua"?Obrigada.
«Dizer não» e «dizer que não»
Eu queria saber se o verbo dizer no infinitivo é regido de que:
«Se tu queres assim, quem sou eu para dizer que não», ou «se tu queres assim, quem sou eu para dizer não»?
O uso do conjuntivo e/ou o indicativo
em orações relativas
em orações relativas
Veja-se a seguinte frase:
«Esta não é notícia que se possa nem se deva divulgar.»
Veja-se esta outra (em que se altera a posição do advérbio não):
«Esta é notícia que não se possa (pode) nem se deva (deve) divulgar.»
Minha dúvida se situa justamente sobre a aparente necessidade de se empregar o tempo no indicativo (que me parece soar melhor) em virtude da simples modificação da posição do advérbio na frase.
Gostaria de um esclarecimento, o qual desde já agradeço.
A sintaxe do verbo desaparecer
Na frase «a imagem desapareceu do espelho», a expressão «do espelho» desempenha a função de complemento oblíquo, ou de modificador do grupo verbal?
Muito obrigada.
«Consta que....»
A frase «O Secretariado faz constar, pelo presente aviso, de que pretende contratar três funcionários» está correta?
A construção «de tanto que...»
No Brasil é muito comum usar expressões como: «De tanto que estudei, consegui ser aprovado»; «de tanto que apanhei da vida, aprendi a lição».
Entretanto, não consegui descobrir em livro nenhum se [primeiro] a expressão «de tanto que» pode ser considerada locução conjuntiva causal e se [segundo] seu uso é coloquial ou não.
«Que nem» = como
Uma dúvida me assola: no Brasil, é muito estendido o uso da expressão «que nem» no lugar de como. Ex.: «Ele cozinha que nem o pai» / «o teclado se toca que nem piano». Há anos procuro entender a origem dessa expressão, pois me parece estranha e até mesmo incongruente. Na canção "Sebastiana", de Gal Costa (1969)[*], há a frase «(...) pulava que nem uma guariba». Mas em outras gravações se substitui a expressão por «que só», o que para mim soa mais lógico, no sentido de "como apenas". Seria esse o caminho etimológico da expressão? Existem registros históricos de maior importância? Por favor ajude-me a solucionar esse mistério!
[*] N. E. – "Sebastiana" é uma composição de Rodil Cavalcanti (1922-1968) e foi interpretada pela primeira vez, em 1953, por Jackson do Pandeiro (1919-1982), com enorme êxito .
«Onde», «em que», «no qual»
No exemplo, devemos escrever «no qual desenvolve», «onde desenvolve», «em que desenvolve»?
Ex.: Friedrich Froebel (1782-1852) funda os “jardins de infância” (1840), aplicando um novo método educacional, essencialmente antiformalista, onde desenvolve recursos didáticos também aplicáveis a crianças deficientes mentais, que ainda hoje se mantêm atuais.
Orações relativas com orações completivas encaixadas
Durante as férias, enquanto lia Kafka, deparei com esta frase que me deixou sobressaltado, não se desse o caso de que não soubesse que fazer, sequer dizer, quanto à concordância. Senão, vejamos: «As crueldades que está na sua natureza eles cometerem.» A fim de que resolvesse esta incongruência, primeiro, elaborei outra frase que pretendia análoga: «Está na sua natureza eles cometerem crueldades.» Não considerei pertinente, pois, introduzir o determinante artigo definido feminino plural.
Obrigado.
