Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Aspecto (verbos)
Clara Peralta Professora Alcobaça, Portugal 1K

A expressão «foi nesta data que me meti a viajar pelo mundo fora» assume valor iterativo ou imperfetivo?

Também ponho a hipótese de ser perfetivo. Embora tenha consultado muita informação, continuo sem ter certezas.

Muito obrigada.

Bruno Cunha Estudante Maia, Portugal 3K

Sou um aluno e encontram-me a realizar uma ficha de trabalho da disciplina de português. Entretanto, surgiu-me uma dúvida, que agradeço, humildemente, se ma conseguirem esclarecer.

Na frase «o livro está guardado num cofre», o verbo estar é copulativo ou verbo auxiliar?

Pergunto isto porque «guardado» será particípio passado, quando está presente em frases com formas verbais compostas («Eu tenho guardado os livros») e em frases passivas («Os livros foram guardados por mim»), e é adjetivo quando ocorre em frases predicativas, formadas com um verbo copulativo («O livro está guardado»). Todavia, como também temos a expressão «num cofre», receio que altere a minha suposição.

Assim, qual a função sintática de «num cofre», se «guardado» puder ser classificado como predicativo do sujeito?

Desde já agradeço a disponibilidade.

Maria João Carvalho Professora Lisboa, Portugal 4K

N[um] enunciado como «Agora ele tem vivido em Coimbra», podemos apreciar o valor aspetual iterativo ou imperfetivo?

Já li, nas vossas respostas, que os dois valores básicos são o perfetivo e o imperfetivo e que os outros – habital, iterativo e genérico são situações –, mas cada manual e cada gramática dão a sua explicação e os seus exemplos para configurar os vários valores aspetuais (que são sempre os mais flagrantes) e não consigo encontrar um consenso.

Assim sendo, os enunciados construídos com complexos verbais como «tens vivido» ou até no pretérito «tinhas feito» configuram sempre o mesmo valor aspetual ou depende do contexto específico de cada frase?

Grata,

Vinicius Penteado Professor Boston, USA 6K

O que nos permite misturar os pretéritos perfeito e imperfeito quando contamos uma estória e, ainda assim, entendermos tudo que se passa? Por exemplo:

«Quando eu era criança, eu nadei muito.»/ «Quando fui criança, eu andava de bicicleta.»

«Comi pamonha e bebia suco.»

Quando devo obrigatoriamente usar o pretérito imperfeito?

Outra pergunta: por que quando digo «Todas as vezes em que ia a Angola, gostava de passear pelas ruas» e «Todas as vezes em que fui a Angola, gostei de passear pelas ruas», na primeira frase eu tenho um sentido implícito de que já não vou mais a Angola?

Espero ter sido claro. É difícil mesmo usar a língua, e o desafio é algo fantástico.

Obrigado.

Maria Ana Aparicio Professora Valladolid, Espanha 5K

Gostaria de saber em que contextos se utiliza o gerúndio propriamente dito em Portugal, e quais são os contextos em que se substitui pela perífrase estar a + inf.

Muito obrigada e parabéns pelo site.

Patrícia Pereira Explicadora Gafanha da Nazaré, Portugal 12K

O verbo recorrer, quando transitivo indireto, rege um complemento indireto ou um complemento oblíquo?

Grata pela atenção.

Gustavo Lino Estudante São Paulo, Brasil 7K

Gostaria de saber se o verbo «escarnecer» leva ou não a preposição «de». Os dicionários que consultei, apesar de unânimes em anotá-lo como sinônimo de «fazer escárnio (de)» ou «zombar (de)», não foram claros em relação ao uso da referida preposição. Se o contexto no qual pensei for de alguma ajuda, tinha em mente uma frase semelhante a «Quando tropecei, as pessoas, rindo-se, escarneceram de mim» (ou seria «escarneceram-me»?). Há, para este caso, uma forma preferível? Se ambas forem válidas, há alguma diferença de sentido?

Grato pela atenção.

João Pereira Estudante São Paulo, Brasil 11K

A preposição que é regida pelo verbo acontecer seria "a" ou "com"?

Existe alguma diferença ou somente depende da formalidade da situação? Ex: Isso aconteceu a/com ela.

Obrigado.

Maria Manuela Salvador Cunha Professora aposentada Porto, Portugal 4K

No ensino de Português a estrangeiros como justificar o uso do pretérito perfeito numa situação passada que se prolonga no presente, como no seguinte caso: «sempre foste gordo»?

Ana Santos Estudante Porto, Portugal 6K

Gostaria que me esclarecessem sobre as diferenças que existem entre valor imperfetivo, durativo, habitual e iterativo. O valor imperfetivo pode ser simultaneamente durativo? Não consigo identificá-los claramente nas frases. A título de exemplo, no segmento «hoje os investigadores continuam a fazer perguntas (...)», o complexo verbal «continuam a fazer» que valor expressa?

Muito obrigada pela atenção dispensada.