Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: substantivo
Lucas Tadeus Oliveira Estudante Mauá, Brasil 1K

Estava ouvindo a música Tempo Ruim de Mandi e Sorocaba, cantores paulistas da segunda década do século XX.Eis um trecho:

Eu pegava em dez mirréis
E surtia a minha casa
Pagava tudo vendeiro
Em nada eu atrasava
Quando era fim da sumana
Mantimento sobejava.

Vejam que semana está pronunciado como "sumana". Queria saber se é algo específico do Brasil ou se encontra – ou, no caso, já se encontrou –algo semelhante em Portugal.

Miguel Faria Bastos Advogado Luanda, Angola 2K

Sobre dióspiro, três questões:

1)   Há duas grafias dicionarizadas – dióspiro e diospiro?

2)   Diospiro é um regionalismo?

3)   O étimo da palavra portuguesa é grego ou latino?

Gregório Antunes Trolha Porto, Portugal 3K

Ando pela rua e depois oiço a juventude a dizer  «ó guna, como é que estás?».

Fico intrigado com o que eles dizem e gostava que me esclarecessem a minha dúvida.

Obrigado.

Gonçalo Elias Formador Castelo de Vide, Portugal 1K

Gostaria de saber se existe o termo mandarina como feminino de mandarim.

Obrigado.

Armando Graça Reformado Frielas, Portugal 1K

Tenho vindo a encontrar a expressão «Fricativa (a) surda a) Variantes: Uvular, Velar, Lateral, Dental, Palatal».

Creio tratar-se de alguma terminologia gramatical que desconheço. Podem ajudar-me?

Já agora e falando a sério, com os 74 anos que tenho, será que devo voltar aos "bancos de escola" para me actualizar?

Grato pela vossa simpatia.

 

N.E. – O consulente adota a ortografia de 1945.

Lucas Tadeus Oliveira Estudante Mauá, Brasil 1K

Gostaria de saber se donzela pode ser usado como sinônimo de senhorita, que é uma mulher jovem solteira.

Sempre tomei donzela como «mulher frágil», mas recentemente li em José Lins do Rêgo o seguinte: «Depois do ensaio ficavam conversando na rua. O presidente ia levar as donzelas em casa.»

E pergunto do masculino donzel: pode ser usado como sinônimo de senhorito?

Sei que, para designar um homem solteiro, não existe este vocábulo, mas a questão fica em pé.

Isabel P. Oliveira Professora Setúbal, Portugal 4K

Face ao nome de uma série da Netflix sobre xadrez agora em voga, e à divergência quanto à acentuação da palavra, venho solicitar a seguinte informação: deve usar-se o termo "gambito" ou "gâmbito"?

Luiz de Lima Office Boy Brasil 2K

Enquanto recitava Os Lusíadas, dei-me conta de que em alguns versos a sexta e décima silabas poéticas nem sempre são mais fortes, há versos em que a quarta, a sétima ou oitava, e a décima é que são mais fortes.

Mas há versos d'Os Lusíadas em que parecem ter métrica irregular.

Eu aprendi sobre metro sozinho lendo gramáticas (minha escola passou longe de poesia e fonética), e quando leio poesia, faço a coisa mais de ouvido e lembrando alguns conselhos gerais das gramáticas. Ex: «De Áfrico e de Noto a força, mais se atreve» Canto I, verso 212 o No também é pronunciado com certa intensidade, mas ficaria estranho: 5.ª, 6.ª e 10.ª.

Há alguma recomendação para o estudo correto de métrica e recitação (principalmente d'Os Lusíadas)?

Rute Oliveira Estudante Évora, Portugal 3K

Qual a origem do nome das refeições e respectiva etimologia? Qual a história de cada nome?

 Obrigado.

Antonio Silva Analista informático Almada, Portugal 2K

Sou um apaixonado pela linguística, nomeadamente no que diz respeito à língua portuguesa. Nesse âmbito, um dos temas que mais me intriga é o betacismo.

Gostaria de obter um esclarecimento (se possível) sobre um subtema (julgo eu) dentro desse fenómeno:

1) A nossa língua numa determinada fase, “recuperou” o uso da sua componente fonética “v” nas palavras com a letra “v”, contrariamente ao que ocorreu nas restantes línguas da península. Seguem exemplos (português, latim, castelhano): vinho = vinum, vino; veterano = veteranus, veterano; voar = volare, volar, etc.

2) Por outro lado, numa outra (!?) vertente desse fenómeno parece ter havido total conversão do “b” em “v” tanto na sua componente fonética como na escrita. Ex: livro, liber, libro; olvidar, oblitare, olvidar; palavra, parabola, palabra,  etc..

Se o primeiro me parece lógico no contexto do dito fenómeno dentro na evolução do latim, como se explica o segundo ponto desse fenómeno (se é que estão relacionados) ?

Provavelmente a questão será absurda, mas se considerarem que merece algum tipo de resposta…

Grato pela atenção.