Desejo saber se é gramaticalmente aceito em Portugal «enquanto me dirigia-lhe».
Sei que é válida a soma de pronomes oblíquos como em «deparou-se-me» ou «agradecer-to-ei», coisa que não é válida no Brasil.
No entanto, a presença de enquanto antes do pronome oblíquo me exige a próclise. Assim, qual das possibilidades é verdadeira?
1. Enquanto lhe dirigia-me.
2. Enquanto lhe me dirigia.
3. Enquanto me lhe dirigia.
4. Enquanto me dirigia-lhe.
5. Enquanto me dirigia a ela.
Felicíssimo pela atenção da equipe do Ciberdúvidas. Sempre me ajudam prontamente quando necessito.
Causou-me estranheza parte dum texto com que me deparei hoje:
«Lisboa era visitada por gente de todo o mundo e para ela convergiam pessoas ilustres e foi difícil deixá-los de fora: embaixadores, aristocratas, pobres, prostitutas, amas, até um macaco. Não resisti a tornar todos eles personagens numa Lisboa protagonista absoluta.»
Não deveria ter sido usado o pronome clítico os em vez de eles como complemento do verbo tornar («torná-los todos personagens»)?
Aproveito o ensejo para parabenizar a equipe do Ciberduvidas pelo inestimável serviço que presta ao nosso querido idioma.
Se chamamos «plural majestático» ao que usamos quando nos dirigimos, por exemplo, a um rei, como podemos chamar ao plural que se usa, frequentemente, em comunicação científica?
Muito obrigada.
P.S.: Aproveito para agradecer este 25 anos de Ciberdúvidas. Recorro muitas vezes à vossa plataforma! Obrigada!
Ao ler a frase "Proteja-se a si e aos outros" fiquei com uma dúvida. Qual a razão para usar "a si" e "aos outros"?
Na frase "Proteja-se a si e aos outros" usamos "a si" porque o pronome pessoal reflexo "si" vem acompanhado da preposição "a". Logo, dizemos "Proteja-se a si" tal como dizemos "Convido-o a si". Mas qual é a lógica da segunda parte, "proteja aos outros"? Qual é o papel da preposição "a" contraída com "os outros" neste exemplo, sabendo que "proteger" não é regido pela preposição "a"?
Compreendo que digamos "Vi-o a si ontem", para reforçar o interlocutor, mas não percebo o sentido na frase que agora aparece em muitos cartazes. É que julgo que a frase "Proteja aos outros" não faz sentido.
Parece-me mais correto dizer: "Proteja-se e proteja os outros" ou talvez "Proteja-se a si e proteja os outros". Julgo que é a mesma em "Encontrei-te a ti e aos outros", pelo que deduzo que "a mim/ti/si e aos outros" seja uma fórmula que não depende do verbo que a antecede.
Obrigado pelo esclarecimento!
Qual das frases está correta? Ou estarão as duas?
«Todos os que estavam com ela sorriam e a acarinhavam.»
«Todos os que estavam com ela sorriam e acarinhavam-na.»
Nas frases «Nem sempre encontramos quem nos perceba bem» e «Raramente encontramos quem durma menos de 7 horas por noite», as orações subordinadas são substantivas relativas ou substantivas completivas?
Em «vi-os aos dois», «comprei-as a todas», qual é a função sintáctica dos termos em destaque de acordo com a Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário[1], a Nomenclatura Gramatical Portuguesa (1967) e a Nomenclatura Gramatical Brasileira (1959)?
[1 N. E. – Esta terminologia, conhecida pela sigla TLEBS e, entre 2004 e 2007, aplicada no ensino básico e secundário de Portugal, foi substituída em 2008 pelo Dicionário Terminológico, que constitui, conforme se lê na Direção-Geral de Educação, «um documento de consulta, com função reguladora de termos e conceitos sobre o conhecimento explícito da língua, de forma a acabar com a deriva terminológica». Sobre a TLEBS e a polémica que gerou, consultem-se os artigos reunidos pelo Ciberdúvidas aqui.]
Qual a forma correta: «nunca mais vais-me ver» ou «Nunca mais me vais ver»?
Gostaria de saber se as seguintes frases estão corretas:
«Agradecemos que emitam a fatura e que façam-nos-la chegar quanto antes.»
«Agradecemos que emitam a fatura e que nos a façam chegar quanto antes.»
Agradeço desde já a atenção.
«Deixa de armar em bobo!»
«Deixa-te de armar em bobo!»
«Deixa de te armar em bobo!»
«Deixa de armar-te em bobo!»
Quais são as formas aceitáveis e qual é a melhor forma de dizer?
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