Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: pronome
Sandra Maibeque Professora Beira, Moçambique 73K

O que são pronomes clíticos na perspectiva de Mira Mateus et al.?

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 4K

Na resposta sobre o tema suprarreferido, afirmou-se:

«c) mas, se articularmos duas orações, sem que estas se encaixem numa frase matriz para aí desempenharem a função de sujeito (p. ex., «Eles cometeram pecados e têm vícios»), não falamos em sujeito composto, porque cada oração tem o seu próprio sujeito, eventualmente indeterminados, apesar de correferentes, como ocorre em «pensa-se e diz-se», cujos sujeitos são indeterminados.»

A frase comentada é a seguinte: «Pensa-se e diz-se que é possível que haja vida noutros planetas.»

Penso que não haja aí sujeitos indeterminados, mas sujeitos oracionais representados pela frase «que é possível», sendo «que haja vida noutros planetas» também sujeito oracional de «é possível».

Trata-se, em meu entender, de um interessante encadeamento de orações com vínculo sintático com «pensa-se» e «diz-se».

Peço ao professor Carlos Rocha a fineza de comentar.

Obrigado.

Maria José Sola Professora Ponte Vedra, Galiza 15K

Um aluno meu perguntou-me quando se deve usar «alguma coisa» e quando «qualquer coisa» e, sinceramente, não soube responder. A meu modo de ver, a diferença é unicamente relativa ao uso, e não ao significado, muito semelhante. Quer dizer, o normal é ouvir, por exemplo, «desculpe qualquer coisa» ou «há qualquer coisa de errado», e nesses contextos seria menos frequente usar «alguma coisa», embora não seja errado.

Agradecia que algum dos vossos especialistas me desse a sua opinião sobre o assunto.

Obrigada.

André Cunha Funcionário público Funchal, Portugal 4K

Li, com muito interesse, a peça de Sandra Duarte [intitulada "Apresente-se sem nódoas linguísticas!"].

Apesar disso, no final, fiquei com dúvidas sobre a regência de preocupar-se e sobre a colocação do pronome reflexo em «se apresentar»: «Por conseguinte, preocupe-se não só em construir um bom CV, mas também em se apresentar com rigor e sem nódoas linguísticas!»

Agradecia a vossa prestimosa opinião.

Obrigado.

Sílvia Rocha Professora Serra, Brasil 6K

Conheço muitos portugueses que falam com redundâncias, também na TV, como: «a mim ninguém me fala»; «já te falei-te a ti»; «mandou-me a mim».

Estão certos?

Gílson Celerino da Silva Filho Músico/professor Recife, Brasil 5K

Já faz algum tempo que tenho curiosidade a respeito da evolução das formas de tratamento na língua portuguesa. Em que época e por quê, por exemplo, surgiu o tratamento por vós para apenas uma pessoa. Como aparecem as formas encabeçadas pelo possessivo vosso(a)? Como algo remanescente disso, na liturgia da Igreja Católica, Deus e os bem-aventurados ainda são interpelados por vós, no Brasil e em Portugal (penso que também nos outros países lusófonos); não conheço a existência desse fenômeno noutros idiomas, especialmente nos de origem latina, em que os fiéis se dirigem a Deus e aos santos fazendo uso do pronome de segunda pessoa do singular tu.

Peço-lhes, pois, uma explanação — se possível mais detalhada — sobre este assunto.

Muito grato deste então.

Gílson Celerino da Silva Filho Músico/professor Recife, Brasil 6K

Já faz algum tempo que tenho curiosidade a respeito da evolução das formas de tratamento na língua portuguesa. Em que época e por quê, por exemplo, surgiu o tratamento por vós para apenas uma pessoa. Como aparecem as formas encabeçadas pelo possessivo vosso(a)? Como algo remanescente disso, na liturgia da Igreja Católica, Deus e os bem-aventurados ainda são interpelados por vós, no Brasil e em Portugal (penso que também nos outros países lusófonos); não conheço a existência desse fenômeno noutros idiomas, especialmente nos de origem latina, em que os fiéis se dirigem a Deus e aos santos fazendo uso do pronome de segunda pessoa do singular tu.

Peço-lhes, pois, uma explanação — se possível mais detalhada — sobre este assunto.

Muito grato deste então.

Giovanni Saponaro Estudante Lisboa, Portugal 5K

Gostaria de saber se estas frases estão ambas corretas. «Eu vou descansar agora, que a aula cansou-me.» «Eu vou descansar agora, que a aula me cansou.» Agradeço desde já e congratulo-me com o vosso trabalho tão útil para quem ama a língua portuguesa.

Maria Azevedo Professora Coimbra, Portugal 9K

Sou "frequentadora" assídua do vosso site e quero dar-vos os parabéns pelo serviço que prestam.

Tenho uma dúvida que não consigo esclarecer nem em gramáticas nem no vosso site. É a seguinte: em «O rapaz declarou-se à menina», qual é a função sintática de se e em que classe de palavras se insere?

Desde já grata pela vossa resposta.

Raquel Dias Estudante Lisboa, Portugal 8K

«É uma mulher controladora cujos os objectivos de vida são muito limitados.»

A frase está correcta?